Educação das Relações Étnico-Raciais e dos Povos Primitivospor Amanda Melo
1. As relações étnico-raciais e as práticas pedagógicas se apresentam de modo indissociável. Existem muitas semelhanças no desenrolar destas práticas sociais: ambas se fundamentam no poder e se desenvolvem no confronto entre os sujeitos, influenciando-os emocional e intelectualmente.
2. Diretrizes Curriculares Nacionais
2.1. Para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, o uso do termo recebe a seguinte definição: É importante, também, explicitar que o emprego da expressão étnico-racial, serve para marcar que estas relações tensas devidas às diferenças da cor da pele e traços fisionômicos
3. Campo Educacional
4. Constituição de 1988
4.1. Foi aclamada como Cidadã por incluir parte das reivindicações dos movimentos sociais. A Constituição Cidadã influenciou de forma decisiva os objetivos e fundamentos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, publicada em 1996, que lentamente foi introduzindo o debate sobre as questões étnico-raciais no currículo.
4.2. Nesse contexto, foram promulgadas leis nacionais que tornaram obrigatório o ensino multidisciplinar de História e Cultura da África, dos Afro-Brasileiros e dos Povos de Origem Afro em geral (lei n°. 10.639/2003), e de História e Cultura dos Povos Indígenas (lei n°. 11.645/2008).
5. Paulo Freire
5.1. O diálogo começa na busca do conteúdo programático, quando o educador se pergunta sobre o que irá dialogar com seus alunos. Portanto a seleção do conteúdo é parte essencial da práxis.
5.2. Afirma na “Pedagogia do Oprimido” que o diálogo ocorre no espaço de contradição entre o opressor e o oprimido, mas não existe diálogo sem solidariedade, sem fé, sem esperança, sem problematização e sem superação dos processos de invasão cultural
6. • Apesar da confirmação científica de que existe apenas uma raça – a humana –, diferenças físicas como textura de cabelo, formato do nariz e cor da pele ainda funcionam como marcadores que privilegiam determinados grupos sociais, desfavorecendo outros. Muitas pessoas imaginam que estes sinais indicam profundas diferenças biológicas, comportamentais e intelectuais. Este modo distorcido de encarar as diferenças tem gerado, historicamente, sérios processos de exclusão.
7. • Fundamentada na prática pedagógica e no debate sobre as relações étnicos- raciais, busca-se pontos de convergência ou divergência entre os dois processos, com a finalidade de articulá-los, de modo que tal conexão promova o combate às desigualdades e o fortalecimento das diferenças culturais.
8. Significado: Segundo pesquisadores do Movimento Negro, refere-se à raça em sua conotação política, e não à raça no sentido biológico do termo. Pesquisas sobre DNA realizadas recentemente ratificaram que a humanidade descende de um tronco comum, portanto não existem raças biológicas, ou seja, a raça humana é única.
9. Oliveira (2001)
9.1. Diagnosticou que a falta de material didático específico é apenas parte do problema. Para além do conhecimento teórico-metodológico, o trato das relações étnico-raciais envolve significativamente a postura do professor e sua visão de mundo.
9.2. Além de analisar que os educadores tendem a selecionar materiais didáticos que confirmam suas crenças e, consequentemente, fortalecem suas falas e posturas políticas.