Conceitos necessários
por Emanuel Santana
1. Alfabetização
1.1. "Processo de apropriação do alfabeto, da ortografia da língua que se fala. Isso quer dizer dominar um sistema bastante complexo de representações e de regras de correspondência entre letras (grafemas) e sons da fala (fonemas) numa dada língua; em nosso caso, o português do Brasil" (RANGEL; ROJO, 2010, p. 24).
2. Analfabetismo funcional
2.1. "Nome atribuído no final da década de 1970 ao processo de alfabetização incompleto, que formava pessoas que não conseguiam “funcionar” nas práticas letradas de sua comunidade, embora fossem alfabetizadas" (RANGEL; ROJO, 2010, p. 25).
3. Democratização dos letramentos
3.1. "Processo pelo qual a escola assegura aos sujeitos o alcance de níveis avançados de alfabetismo por meio de práticas letradas de certas esferas valorizadas, como a da informação jornalística impressa, a literária, a burocrática, entre outras" (RANGEL; ROJO, 2010, p. 26).
4. Eventos de letramento
4.1. “Qualquer ocasião em que um fragmento de escrita faz parte integral da natureza das interações dos participantes e de seus processos interpretativos”. Acrescentam também que “eventos são episódios observáveis que derivam de práticas e por elas são formatados” (RANGEL; ROJO, 2010, p. 26).
5. Letramentos
5.1. "Usos e práticas sociais de linguagem que envolvem a escrita de uma ou de outra maneira, sejam eles valorizados ou não valorizados socialmente, locais (próprios de uma comunidade específica) ou globais, recobrindo contextos sociais diversos (família, igreja, trabalho, mídias, escola, etc.), em grupos sociais e comunidades diversificadas culturalmente" (RANGEL; ROJO, 2010, p. 26-27).
6. Letrar
6.1. “Criar eventos (atividades de leitura e escrita – leitura e produção de textos, de mapas, por exemplo – ou que envolvam o trato prévio com textos escritos, como é o caso de telejornais, seminários e apresentações teatrais) que possam integrar os alunos a práticas de leitura e escrita socialmente relevantes que estes ainda não dominam” (RANGEL; ROJO, 2010, p. 26-27).
7. Níveis de alfabetismo
7.1. Competências e capacidades de leitura e escrita mais amplas e também muito diversificadas, que figuram nos descritores para leitura e escrita de avaliações educacionais diversas, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)/Prova Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), etc. (RANGEL; ROJO, 2010, p. 25).
8. Pessoa alfabetizada
8.1. Esse conceito mudou significativamente ao longo da história.
8.1.1. 1958: “pessoa capaz de ler e escrever com compreensão um enunciado curto de sua vida cotidiana” (UNESCO, 1958, apud RIBEIRO, 1997, p. 155).
8.1.2. 1978: pessoa capaz de se “engajar em todas as atividades nas quais a alfabetização é requerida para o efetivo funcionamento do grupo e da comunidade e também para capacitá-la a continuar a usar leitura, escrita e cálculo para seu próprio desenvolvimento e o da comunidade” (UNESCO, 1978, apud RIBEIRO, 1997, p. 155).