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Reencarnação por Mind Map: Reencarnação

1. Objetivo: Possibilitar o entendimento da reencarnação, nos seus mais amplos aspectos, sob a ótica da Doutrina Espírita

2. Retorno à vida corporal: a união da alma com o corpo

2.1. Em que momento a alma se une ao corpo?

2.1.1. A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus. Ref. L.E. q 344

2.2. Como ocorre essa ligação?

2.2.1. No plano espiritual:

2.2.1.1. Desde o momento da concepção, o Espírito sente uma perturbação que cresce sempre; ao aproximar-se do nascimento, ocasião em que ela se torna completa, o Espírito perde a consciência de si e não recobra as ideias senão gradualmente até que a criança começa a respirar fora da vida intrauterina, quando isso ocorre, a união é completa e definitiva. Ref. O que é o Espiritismo; Cap. 3; q. 116 e 197.

2.2.1.2. Esse estado de perturbação é quase idêntico ao de um Espírito encarnado durante o sono. Á medida que a hora do nascimento se aproxima, suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado da qual deixa de ter consciência na condição de homem (Corpo+ Espírito (Alma + perispírito)). Ref. L.E. q. 351

2.2.1.3. O processo de redução, miniaturização ou restringimento do perispírito, ocorrido no plano espiritual significa estágio preparatório para nova reencarnação. Ref. André Luís, E a vida continua...Cap. 16, p.162 (rodapé)

2.2.1.3.1. A tarefa de redução perispiritual, executada por Espíritos Construtores, tem como base os processos de magnetização e mentalização... o Espírito em vias de reencarnar é induzido a mentalizar a forma pré-infantil e o retorno ao útero materno, a lembrar-se da organização fetal, imaginando a necessidade de se tornar criança. Essa tarefa não é curta, nem simples, requisitando esforço geral dos colaboradores para redução necessária. Ref. André luís, Missionários da luz; Cap. 13, p. 269-271.

2.2.2. Planos espiritual e material:

2.2.2.1. Quando a criança respira, começa o Espírito a recobrar as faculdades, que se desenvolvem à proporção que se formam e consolidam os órgãos que lhes hão de servir às manifestações. Ref. A Gênese, Cap. 11, item 17

2.2.2.1.1. Um colaborador espiritual é designado para acompanhar a reencarnação do Espírito até que ele atinja os sete anos, após o renascimento, ocasião em que o processo reencarnatório estará consolidado. Tomará todas as providências indispensáveis à harmoniosa organização fetal, seja auxiliando o reencarnante, seja defendendo o templo maternal contra o assédio de forças menos dignas. Ref. André Luís; Missionários da luz; Cap.13 p. 276

2.2.2.2. O fluido perispirítico constitui o traço de união entre o Espírito e a matéria. Enquanto aquele se acha unido ao corpo, serve-lhe ele de veículo ao pensamento, as quais atuam sob a impulsão da sua vontade e para fazer que repercutam no Espírito as sensações que os agentes exteriores produzam. Servem-lhe de fios condutores os nervos como, no telégrafo, ao fluido elétrico serve de condutor o fio metálico. Ref. A Gênese, Cap. 11, item 17

2.2.2.3. À medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do fluido vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une molécula a molécula ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito , por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Ref. A Gênese, Cap. 11, item 18.

2.2.3. Ótica material:

2.2.3.1. Concepção: Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. Ref. A gênese; Cap.XI, encarnação dos Espíritos, item 17.

2.2.3.1.1. Em atendimento a certas imposições do planejamento reencarnatório, o processo de fecundação pode ser conduzido por orientadores espirituais altamente qualificados, eles podem ver as disposições cromossômicas de todos os princípios masculinos em movimento... presidindo ao trabalho prévio de determinação do sexo do corpo a organização. Ref. André Luís; Missionários da luz; cap. 13, p. 269-271

2.2.3.1.2. Absorto no serviço, a marcha dos minúsculos competidores (esparmatozoides)... identificou o mais apto, fixando nele o seu potencial magnético para que fosse o primeiro a penetrar a pequenina bolsa maternal. Ref. André Luís; Missionários da luz; cap. 13, p. 269-271

2.2.3.1.3. E impedindo a intromissão de qualquer outro dos competidores que haviam perdido a primeira posição na grande prova...o elemento vitorioso prosseguiu a marcha depois de atravessar a periferia do óvulo, gastando pouco mais de quatro minutos para alcançar o núcleo. Forças masculina e feminina formavam, agora, uma só. Ref. André Luís; Missionários da luz; cap. 13, p. 269-271

2.2.4. Enquanto a união não é definitiva e completa, pode um outro Espírito tomar aquele corpo?

2.2.4.1. Nenhum outro Espírito poderia substituir aquele designado e destinado no momento da concepção, mas como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem ser quebrados por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso a criança não vinga. Ref. L.E. q. 345

2.2.5. Quais as diferenças existentes nesses processos entre Espíritos de diferentes níveis de evolução?

2.2.5.1. Espíritos superiores podem plasmar por si mesmos o corpo em que continuarão as futuras experiências. Ref. Evolução em 2 mundos; 1ª parte, cap. 19

2.2.5.2. Espíritos inferiores entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade. Ref. Evolução em 2 mundos; 1ª parte, cap. 19

2.3. Processo de gestação

2.3.1. A mulher grávida, além da prestação de serviço orgânico, é igualmente constrangida a suportar-lhe o contato espiritual. A organização feminina, durante a gestação, sofre verdadeira enxertia mental. Os pensamentos do ser que se acolhe ao santuário íntimo, envolvem-na totalmente. Ref. André Luís; Entre a terra e o céu. Cap. 28, p. 228-229.

2.3.2. A corrente de troca entre a mãe e o filho não se circunscreve à alimentação de natureza material; As mentes de um e de outro como que se justapõem, mantendo-se em permanente comunhão. O trabalho da maternidade se assemelha a delicado processo de modelagem, requisitando, por isso mesmo, muita cautela e harmonia para que a tarefa seja perfeita. Ref. André Luís; Entre a terra e o céu. Cap. 28, p. 242.

2.3.3. A gestante é uma criatura hipnotizada a longo prazo. Tem o campo psíquico invadido pelas impressões e vibrações do Espírito que lhe ocupa as possibilidades para o serviço de reincorporação no mundo. Em face da perturbação temporária sofrida durante esse processo, o Espírito reencarnante transmite a mente maternal que é suscetível de registrar esses desequilíbrios. Ref. André Luís; Entre a terra e o céu. Cap. 28, p. 187.

2.4. Passagem pela Infância

2.4.1. Infância do ponto de vista espiritual

2.4.1.1. "...no curso dos primeiros anos, o Espírito é verdadeiramente criança, por se acharem ainda adormecidas as ideias que lhe formam o caráter." Ref. ESE. cap. 8, item 4. Importante entender que o conceito de caráter é, segundo a Associação de Psicologia Americana (APA), "a totalidade de atributos que constituem a personalidade de um indivíduo, particularmente os morais, sociais e religiosos." Ref. Dicionário de psicologia da APA, p.156

2.4.1.2. Para o Espiritismo a infância é uma necessidade, é um período de repouso do Espírito (Ref. L.E. q. 382) durante esse período é mais acessível às impressões que recebe, daí a responsabilidade daqueles que devem educá-lo. (Ref. L.E. q. 383)

2.4.1.2.1. Essa inocência, não constitui superioridade real com relação ao que eram antes... julgando seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados. Dispensados 15 ou 20 anos, surge-lhes o caráter real e individual em toda a nudez. Ref. L.E. q. 385

2.4.1.2.2. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los progredir. Nessa fase é que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Ref. L.E. q. 385

2.4.1.2.3. Pais que dispensaram todos os cuidados na educação do filho, não devem sentir-se responsáveis pelo transviamento deles... quanto piores forem as propensões do filho, tanto tanto mais pesada é a tarefa e tanto maior o mérito dos pais, se conseguirem desviá-lo do mau caminho. Ref. q. 583

2.4.1.3. Nos mundos mais evoluídos o Espírito passa pelo período da infância? Em toda a parte a infância é necessária, mas não é, em toda parte, tão limitada como no nosso mundo. Ref. L.E. q. 183

3. Reencarnação e o esquecimento do passado

3.1. Por que as experiências reencarnatórias passadas ficam bloqueadas segundo o Espiritismo?

3.1.1. Com efeito, as lembranças trariam gravíssimos inconvenientes pois acarretariam inevitáveis perturbações nas relações sociais. Suas atuais tendências más, indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio, e é nisso que deve se concentrar, porquanto, naquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. Ref. ESE; Cap. 5, item 11.

3.1.1.1. A natureza das vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem esclarecer acerca do que fomos e do que fazemos do mesmo modo que julgamos os atos de um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei. Ref. L.E. q. 399

3.1.2. Essa amnésia é absoluta? Não! Conserva algumas vezes vaga consciência dessas vidas que podem, em certas circunstâncias, lhes serem reveladas pelos Espíritos Superiores, desde que com um fim útil. Ref. L.E. q. 399

3.1.2.1. Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos sereia prejudicial. Ref. ESE. Cap. 5, item 11.

3.1.2.2. Se as vezes lhe é dado ter uma intuição dos acontecimentos passados, essa intuição é como a lembrança de um sonho fugitivo. A Gênese; Cap. 11, item 21

3.1.3. A luz das concepções científicas, pode esse problema ser estudado... tomando um novo corpo, a alma tem necessidade de adaptar-se a esse instrumento (Ref. Emmanuel; Emmanuel (espírito) Cap. 14, p. 82) A nitidez das lembranças acompanha o nosso progresso espiritual. Assim como as fibras do cérebro são as últimas a se consolidarem no veículo físico em que encarnamos na Terra...nesse planeta ainda nos encontramos em fases iniciais de desenvolvimento. É por isso que nossas recordações são fragmentárias... Todavia, de existência a existência, de ascensão em ascensão, nossa memória gradativamente converte-se em visão imperecível, a serviço de nosso Espírito imortal. Ref. Entre a terra e o céu. André Luiz, Cap. 8, p. 68

3.1.3.1. Libertos apenas ontem da barbárie, o peso dessas recordações seria acabrunhador para nós... bom é que o véu do esquecimento nos oculte uns aos outros, e que, apagando momentaneamente de nossa memória penosas recordações, nos livre de um remorso incessante. O conhecimento das nossas faltas e suas consequências, erguendo-se diante de nós como ameaça medonha e perpétua, paralisaria os nossos esforços. A sombra que oculta as nossas fraquezas e misérias conforta-nos o ser, tornando-nos menos penosa a reparação. Ref. Depois da morte. Leon Denis, parte 2, cap. 14

4. Fundamentos, finalidade e necessidade da reencarnação

4.1. Fundamentos Antropológicos:

4.1.1. A ideia de reencarnação não é recente e não foi inventada pelo Espiritismo. Egípcios, hindus, chineses, gregos, nórdicos e pré-colombianos já acreditavam na imortalidade de algo mais sutil que habitava o corpo. Essas são algumas das civilizações que se destacam por essa crença fortemente relacionada à reencarnação ou imortalidade da alma.

4.1.1.1. Como podemos perceber, ao longo de todo o globo terrestre essas crenças eram presentes sem que, no entanto, tivessem fortes pontos de contato para uma influência mútua, o que denota uma certa conclusão independente a cerca do tema imortalidade da alma.

4.1.1.2. É importante destacar que muitas dessas religiões enxergavam tais crenças de forma dogmática, ou seja, como uma verdade absoluta e inquestionável para o povo em geral. Assim, o estudo (com consequente abertura para questionamentos) e conhecimento a esse respeito não eram ostensivamente difundidos e acessados por todos, mas apenas por determinadas pessoas que provavam ser "dignas" ou que herdavam tais direitos. Portanto, apenas pequeníssima parte da população era merecedora do conhecimento esotérico daquelas abordagens.

4.1.2. O Espiritismo surge sem premissas. As descobertas foram surgindo pela força das coisas, conforme o estudo ia se desenvolvendo, as contestações solucionadas e as provas surgindo dentro do rigor e método que na época era possível ser realizada. A reencarnação surgiu como um fenômeno natural dentro de uma lógica que explicava os "porquês e para quês" de fatos e situações recorrentes na vida humana. Nessa direção, se diferenciava de outras abordagens, sobretudo por ter comprovações desse fenômeno por meio de diversas provas inequívocas que serão abordadas mais a diante.

4.2. Espiritismo: fundamentos, objetivos e necessidade da reencarnação

4.2.1. Para o Espiritismo a ideia da reencarnação está fundamentada: Ref. L.E. q. 171

4.2.1.1. Na revelação de que todos os Espíritos tendem para a perfeição;

4.2.1.1.1. "O princípio da reencarnação é uma consequência necessária da lei do progresso....Por que tens a intuição de certas coisas, sem as haverem aprendido? "Ref. A gênese; Cap. 11, item 33.

4.2.1.2. De que Deus lhes faculta os meios de alcançá-la; e

4.2.1.3. Na justiça de Deus.

4.2.1.3.1. "Não obraria Deus com eqüidade, nem de acordo com a sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento." Ref. L.E. q. 171

4.2.1.3.2. "Deus, em sua justiça, não pode ter cria- do almas desigualmente perfeitas. Com a pluralidade das existências, a desigualdade que notamos, nada mais apresenta em oposição à mais rigorosa eqüidade: é que apenas vemos o presente e não o passado." Ref. L.E. q.222

4.2.2. Objetivos da reencarnação:

4.2.2.1. 1-"A encarnação é imposta por Deus (ao homem) até atingir a perfeição;" Como? Ref. L.E. 132

4.2.2.1.1. "Por meio de provas, expiações e missões"Ref. L.E. 132 e 166

4.2.2.1.2. "As provações da vida os fazem adiantar-se quando bem suportadas. Como expiações, elas apagam as faltas e purificam. São o remédio que limpa as chagas e cura o doente" Ref. E.S.E., cap. 5, item 10

4.2.2.1.3. "É no estado espiritual, sobretudo, que o Espírito colhe os frutos do progresso realizado pelo trabalho da encarnação; é também nesse estado que se prepara para novas lutas e toma as resoluções que há de por em prática na sua volta à humanidade". Ref. C&I. 1ª parte, cap. 3, item 10.

4.2.2.2. 2-"por o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.” Como? Ref. L.E. 132

4.2.2.2.1. “...em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus.” Ref. L.E. q 132

4.2.2.2.2. "A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. As atividades que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência."Ref. E.S.E., cap. 4, item 25

4.2.2.3. Objetivo1 x Objetivo 2: "É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta (o Espírito)."Ref. L.E. q . 132

4.2.3. Necessidade da reencarnação:

4.2.3.1. "É a encarnação uma punição?... a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhe impõe quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essas tarefas transpõem rapidamente, e menos penosamente, os primeiros graus da iniciação, assim, mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. – S. Luís. (Paris, 1859.)” Ref. E.S.E., cap. IV, limites da encarnação, item 25

4.3. Quais os conceitos de Provas, Expiações e Missões para o Espiritismo

4.3.1. Expiações: “A expiação implica necessariamente a ideia de um castigo mais ou menos penoso, resultado de uma falta cometida... é um erro pensar que o caráter essencial da expiação seja o de ser imposta...nada há de irracional admitir que um Espírito na erraticidade escolha ou solicite uma existência terrena que o leve a reparar os seus erros passados.” Ref. RE. Setembro 1863, questões e problemas.

4.3.1.1. Deus castiga? Qual o conceito de castigo? Castigo é "a conseqüência natural, derivada de um falso movimento da alma que se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo; ele é, portanto, uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. Ref. L.E. q. 1009 Paulo apóstolo.

4.3.2. Provas: "Implica antes de tudo uma inferioridade real ou presumível (do Espírito) uma vez que o que chegou no ponto culminante não mais precisa de provas...em certos casos, a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação pode servir de prova, e reciprocamente.” Ref. RE. Setembro 1863, questões e problemas.

4.3.3. Prova x Expiação: “Não há crer, no entanto, que todo o sofrimento suportado nesse mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e apressar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre uma prova é uma expiação. Provas e expiações, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não precisa ser provado.” Ref. E.S.E., cap. V, Bem-aventurado os aflitos, causas anteriores das aflições.

4.3.4. Missão (sentido amplo): A missão dos Espíritos encarnados consiste em “instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instrui. Tudo em a Natureza se encadeia. Ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da Providência. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.” L.E. q. 573

4.3.4.1. "Os Espíritos, que têm missões a cumprir, as cumprem na erraticidade, ou encarnados? Podem tê-las num e noutro estado. Para certos Espíritos errantes, é uma grande ocupação.” Ref. L.E. 568

4.3.4.2. "Só os Espíritos elevados desempenham missões? A importância das missões corresponde às capacidades e à elevação do Espírito. O estafeta que leva um telegrama ao seu destinatário também desempenha uma perfeita missão, se bem que diversa da de um general.” Ref. L.E. q. 571

4.3.5. Missão (sentido específico): “Se as ocupações comuns mais nos parece deveres do que missões propriamente dito...como se pode reconhecer que um homem tem verdadeiramente uma missão aqui na Terra? Pelas grandes coisas que opera, pelos progressos a cuja realização conduz seus semelhantes”. L.E. q. 575

5. Provas da reencarnação: "As existências sucessivas serão, para a vida da alma, o que os anos são para a do corpo..." Ref. L.E. q.222. (correlacionar com estudo do Módulo IV, rot. III)

5.1. Ideias natas

5.1.1. Podem ser observadas na infância, porém, a rigor, elas são mais facilmente identificadas a partir da adolescência, período que o Espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era. Ref. L.E. q. 385

5.1.2. "... estudando o vosso presente, podeis vós mesmos deduzir o vosso passado"Ref. L.M. cap.26, item 290, q.15

5.2. Lembranças das existências pretéritas

5.2.1. Em geral, surgem sob a forma de imagens fragmentárias, mas podem ocorrer flashs de memórias que permitem recordações mais completas.

5.2.2. Espontâneas: "casos espontâneos de lembranças reencarnatórias, manifestados por crianças e adultos, não são tão raros, como pode parecer. Entretanto, apenas cerca de 5% podem ser considerados suficientemente fortes e representa evidências seguras em apoio à tese da reencarnação. Ref. Reencarnação no Brasil. Andrade; Hernani. Matão: 1988; p.7

5.2.2.1. Eis que surge uma pergunta: por que não lembramos de tudo? "Aos amargores de uma nova existência, a lembrança muitas vezes aflitiva e humilhante do passado poderia turbá-la e lhe criar embaraços. Ele apenas se lembra do que aprendeu, por lhe ser útil. Ref. A Gênese. cap.11, item 21.

5.2.2.2. "Somente depois da morte que o Espírito recobra a lembrança de seu passado...durante o sono do corpo, quando goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores, sabe por que sofre. Ref. R.E. JAN/1865; Educação de um surdo-mudo encarnado.

5.2.2.3. "Conhecimento do pretérito, através das revelações ou das lembranças, chega sempre que a criatura se faz credora de um benefício como esse... para muitos, essas reminiscências costumam constituir um privilégio doloroso, no ambiente das inquietações e ilusões da Terra."Ref. O consolador. Espírito: Emmanuel; q. 370

5.2.3. Provocadas: Por terapias de vidas passadas em que um hipnólogo ou um Espírito induz pessoas a fazerem regressão de memória pré-intrauterina.

5.2.3.1. "Podem os Espíritos dar-nos a conhecer as nossas existências passadas? ...Se for para vossa edificação e instrução, as revelações serão verdadeiras e nesse caso, feitas quase sempre espontaneamente e de modo inteiramente imprevisto..." Ref. L.M. item 290 q. 15

5.3. Comunicações mediúnicas: os Espíritos falam sobre nossas experiências em vidas passadas, caso haja merecimento e finalidade nobre.

5.4. EQM (Experiência de quase morte): estado em que uma pessoa experimenta durante alguns instantes a morte e retorna à vida. Em tais experiências as pessoas alegam se enxergarem em um corpo fluídico e de forma lúcida visitam lugares e até mesmo tomam ciência de certas informações que antes não tinham. É importante entender que pela visão materialista o cérebro sem atividade (morte cerebral) impossibilita a existência da consciência, uma vez que ela, segundo essa visão, nasce do cérebro e não do Espírito.

6. Retorno à vida corporal: o planejamento reencarnatório

6.1. Quem planeja esse projeto?

6.1.1. O próprio Espírito que deseja reencarnar ou Espíritos esclarecidos especialmente designados para esta tarefa.Ref. L.E. q. 258 e 262

6.1.2. Daí vem a pergunta, por que outro Espírito faz isso por ele? Isso ocorre no início da vida quando o Espírito ainda é simples e ignorante, quando ocorre a individualização do princípio espiritual e ascenção ao estado de humano. Ref. L.E. 262

6.1.2.1. Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos

6.1.3. Uma vez que o Espírito adquire livre-arbítrio que lhe capacita essa escolha, sempre dependerá da vontade desse ou pode lhe ser imposta por Deus?

6.1.3.1. Deus pode impor certa existência a um Espírito, quando este, pela sua inferioridade ou má vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação. Ref. L.E. q 262-a

6.1.3.2. "...Por expiação, pode o Espírito ser constrangido a se unir ao corpo de de- terminada criança que, pelo seu nascimento e pela posição que venha a ocupar no mundo, se lhe torne instrumento de castigo."Ref. L.E. q 337

6.1.3.3. Reencarnações se processam sem qualquer consulta aos que necessitam segregação em certas lutas no plano físico. Nessas circunstâncias, esses perderam temporariamente a faculdade de resolver quanto à sorte que lhes convém, em face de enfermidades ou determinações da justiça. Ref. André Luís (espírito) Evolução em 2 mundos; Reencarnações Especiais; p. 190 e 191.

6.2. Quando é definido o momento da reencarnação? "Pressentem-na, como sucede ao cego que se aproxima do fogo. Sabem que têm de retomar um corpo, como sabeis que tendes de morrer um dia, mas ignoram quando isso se dará"Ref. L.E. q. 330 Pode apressá-lo, atraindo-o por um desejo ardente. Pode igualmente distanciá-lo, recuando diante da prova, pois entre os Espíritos, também há covardes e indiferentes... q. 332

6.2.1. Existe alguma condição espiritual para reencarnar? "Passado o período de perturbação espiritual ocorrido após a desencarnação e o Espírito desfruta de SUFICIENTE serenidade para rever os compromissos assumidos na encarnação recentemente deixada e equilibrar males e sofrimentos de que se fez responsável... ainda mesmo quando suas vítimas tenham superado todas as sequelas dos golpes sofridos...merece a criatura (o Espírito) os cuidados preparatórios da tarefa de preparar sua reencarnação." Ref. André Luís (Espírito) Evolução em 2 mundos; cap. 19 (alma e reencarnação) p. 189-190.

6.2.2. "Se se considerasse bastante feliz, numa condição mediana entre os Espíritos errantes e, conseguintemente, não ambicionasse elevar-se, poderia um Espírito prolongar indefinidamente esse estado? (de permanecer na erraticidade) Indefinidamente, não. Cedo ou tarde, o Espírito sente a necessidade de progredir. Todos têm que se elevar; esse o destino de todos.”Ref. L.E. q 333

6.3. Quais as condições que determinam que é chegada a hora do retorno à vida corporal? No momento de encarnar, o Espírito sofre perturbação muito maior e sobretudo mais longa que a que experimenta ao desencarnar. Pela morte, o Espírito sai da escravidão; pelo nascimento, entra para ela.” L.E. q.339

6.3.1. "...qual o homem em agonia, dele se apodera a perturbação, que se prolonga até que a nova existência se ache positivamente encetada. A aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia."Ref. L.E. q. 340

6.4. O que é escolhido em relação as nossas experiência terrenas?

6.4.1. Em ambos os casos ( quando escolhido pelo próprio Espírito ou pelos designados para isso) escolhe o gênero das provas. Ref. L.E. q. 258

6.4.1.1. Podemos escolher as experiências que vivenciaremos no plano físico? Todas não... As particularidades correm por conta da posição em que vos achais... Escolhendo, por exemplo, nascer entre malfeitores, sabia o Espírito a que arrastamentos se expunha; ignorava, porém, quais os atos que viria a praticar. Esses atos resultam do exercício da sua vontade, ou do seu livre-arbítrio. Sabe o Espírito que, escolhendo tal caminho, terá que sustentar lutas de determinada espécie; Previstos só são os fatos principais, os que influem no destino. Ref. L.E. q. 259

6.4.2. Que critérios são utilizados para escolha dos nossos pais e demais familiares, ou da cidade e país em que renasceremos?

6.4.2.1. FAMÍLIA: "Os Espíritos se ligam por simpatia, e o nascimento em uma ou outra família, não é um efeito do acaso, mas depende muitas vezes da escolha feita pelo Espírito, que vem juntar-se àqueles a quem amou no mundo espiritual ou em suas precedentes existências". Ref. O que é o Espiritismo; cap. 3; q. 122

6.4.2.1.1. "Deus permite aos que se amam sinceramente e que souberam sofrer com resignação para expiar as suas faltas, reunirem-se primeiramente no mundo dos Espíritos, onde progridem juntos, a fim de obterem reencarnações em mundos superiores..."Ref. R.E. fev/1862: "União simpática das almas"

6.4.2.1.2. 1ª família:"Uns terão pedido para serem pai ou mãe de um Espírito que lhes era simpático e que terão a felicidade de dirigir no bom caminho, cercando-o dos suaves cuidados da família e da amizade." Ref. R.E. fev/1862: "União simpática das almas"

6.4.2.1.3. 2ª família: " Outros terão pedido a graça de se unirem pelo casamento e de verem decorrer muitos anos de felicidade e de amor. Falo do casamento entendido no sentido da união íntima de dois seres que não querem mais separar-se." Ref. R.E. fev/1862: "União simpática das almas"

6.4.2.2. PAÍS: "Também os Espíritos se grupam em famílias, formando-as pela analogia de seus pendores mais ou menos puros, conforme a elevação que tenham alcançado. Pois bem! Um povo é uma grande família formada pela reunião de Espíritos simpáticos. Na tendência que apresentam os membros dessas famílias, para se unirem, é que está a origem da semelhança que, existindo entre os indivíduos, constitui o caráter distintivo de cada povo."Ref. L.E. q. 215

6.4.3. Como são definidas questões relativas à profissão?

6.4.3.1. O Espírito pode perder provisoriamente algumas faculdades intelectuais e gostos, se corrompeu sua inteligência ou a utilizou para o mal. Pode também uma faculdade ficar adormecida durante uma existência inteira, se o Espírito quiser exercitar outra, que com ela, não guarde relação. Neste caso, permanece em estado latente, para ressurgir mais tarde. Ref. L.E. q. 220

6.4.3.2. Comentário: É importante entender que o exercício de qualquer tipo de profissão apresenta a necessidade do domínio de um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes. Pelo estudo, ganha o Espírito conhecimento e entende O QUE fazer, pela prática, ganha habilidades e sabe COMO fazer, mas nada adianta conhecimento e habilidade SEM querer fazer. Assim, as situações planejadas no plano espiritual dão a oportunidade e motivadores necessários ao desenvolvimento da atitude de QUERER fazer. Se uma faculdade se encontra afastada e contextos nos levam a certas experiências, uma direção será mais possível de ser trilhada em detrimento de outras. Essa é a espiral de desenvolvimento pregada pelo Espiritismo, de forma crescente (cada vez mais habilidades) e ascendentes (aprofundando cada uma) vamos ao longo das encarnações chegando a perfeição moral e intelectual inevitável.