1. Produção e apropriação dos espaços público, privado e social - Modernidade e Contemporaneidade
1.1. Século XVIII - Fatores que contribuíram para a explicação do declínio da vida pública
1.1.1. O advento do capitalismo industrial.
1.1.2. O surgimento de uma nova forma de secularização.
1.2. Espaço Público, privado e social na modernidade.
1.2.1. Espaço público - Local de vida social, fora do âmbito da família e dos amigos íntimos.
1.2.1.1. Onde se concentrava a diversidade das pessoas, onde o ser humano se transformava em ser social.
1.2.2. Espaço privado - voltado para as relações de natureza íntima (família).
1.2.2.1. O natural e o privado estão unidos; lugar no qual as pessoas guardavam suas intimidades, se sentiam seguros e estavam livres de interagir (com os outros).
1.2.3. Espaço social - surge a partir de mudanças significativas de linguagens relacionadas com comportamentos e modos de crença na Cosmópolis.
1.2.3.1. À medida que as cidades cresciam, as relações sociais se desenvolviam e complexificavam. Para atender a essas demandas foram criados parques urbanos, ruas, cafés, teatros, centros sociais.
1.3. Século XIX - Fatores que contribuíram para a explicação do declínio da vida pública
1.3.1. O advento da segunda revolução industrial.
1.3.2. O surgimento de uma nova forma de secularização, resultado da mistificação da vida material.
1.3.3. O novo modo de comércio altera a concepção de cidade, de urbanidade.
1.4. Espaço Público, privado e social na contemporaneidade.
1.4.1. A privatização da vida social impeliu as pessoas a medirem a vida pública em termos de uma moralidade da vida privada - Há uma percepção de que a vida íntima era moralmente melhor.
1.4.2. O mundo público - lugar de desordem e caos.
1.4.3. As pessoas deveriam se proteger dos estranhos - surge uma nova forma de aparecimento em público fundada no culto à personalidade.
1.4.4. Essa nova forma de secularidade contribui para enfraquecer o espaço público como um espaço de interação e deliberação política com vistas a alcançar o bem comum.
2. O sujeito contemporâneo
2.1. Constitui pela submissão à sua identidade, que deve ser definida pelo seu cognoscente.
2.2. A constituição da subjetividade se faz através da renúncia do indivíduo a uma parte de si mesmo.
2.3. O espírito se separa dos sentidos - condição para que se eleve ao plano dos valores universais que definem a verdade e a racionalidade que deverá guiar sua ação social.
2.4. Reflete os valores éticos da sociedade de massas.
3. Conceitos de indivíduo e contemporaneidade
3.1. interfaces históricas entre indivíduo, individualidade, individualização, individualismo, subjetividade e contemporaneidade.
3.1.1. Indivíduo - Conceito de indivíduo só ganha sentido quando refletido em conjunto com o conceito de sociedade.
3.1.1.1. "a noção de indivíduo só pode ser compreendida a partir do contexto social." Adorno
3.1.2. Individualidade - marca/característica do indivíduo.
3.1.2.1. Elementos subjetivos que caracterizam cada indivíduo em uma dada sociedade.
3.1.3. Individualização - nível de consciência da individualidade.
3.1.3.1. Representa um nível de consciência da individualidade, em uma da sociedade.
3.1.4. Individualismo - Conceito político, moral e social que exprime a afirmação da liberdade do indivíduo frente a um grupo, sociedade ou Estado.
3.1.4.1. Historicamente, o conceito de individualismo tem representado visões antagônicas: Positiva e Negativa.
3.1.4.1.1. Positiva: Capacidade de o indivíduo exercer a própria individualidade.
3.1.4.1.2. Negativa: Negação/isolamento dos indivíduos dos valores coletivos.
3.1.5. Subjetividade - dimensão psicológica que permite ao sujeito tomar consciência de si no mundo
3.1.5.1. Resultado e resultante de uma dada historicidade
3.1.6. Contemporaneidade - envolve considerar características e/ou condições de um conjunto de ações ou fatos sociais que tem atualidade
3.1.6.1. Está intimamente articulada ao conceito de modernidade.
4. Produção e apropriação dos espaços público, privado e social - Grécia Clássica a Idade Média
4.1. Conceito espaço público
4.1.1. Grécia Clássica - Espaço político e da liberdade (Koinos).
4.1.1.1. A ação e o discurso dos cidadãos contribuíam para a construção do bem comum.
4.1.2. Império Romano - Lugar do coletivo, da multidão, da massa, do anonimato.
4.1.2.1. Espaço e dominação do poder imperial sobre os cidadãos e restante dos súditos
4.1.3. Idade média - Lugar da afirmação da autoridade.
4.1.3.1. Espaço onde o senhor feudal representa sua soberania.
4.2. Conceito de espaço privado
4.2.1. Grécia Clássica - Espaço da família (Oikos)
4.2.1.1. Espaço da sobrevivência material, sob a responsabilidade do Pater Poder (chefe de família).
4.2.2. Império Romano - Defesa da dimensão da intimidade, da familiaridade. Defesa das garantias dos direitos individuais.
4.2.2.1. Estrutura as relações sociais entre a vida civil e avida pública; cada família representava a República Romana. As cidades romanas se organizam e se estruturam para respeitar o espaço privado.
4.2.3. Idade Média - Representam o dominium derivado do público
4.2.3.1. O público reafirma/garante o domínio dos interesses do senhor feudal.
4.3. Conceito de espaço social
4.3.1. Grécia Clássica - Não faz distinção entre espaço social e público.
4.3.1.1. O social está contido nos demais espaços.
4.3.2. Império Romano - Representa o campo das inter-relações sociais e inter-indivíduos, refletindo a estrutura de classe.
4.3.3. Idade Média - Representa a dimensão do coletivo, da comunidade
4.3.3.1. Significa conjunto de espaços comuns subtraídos da apropriação exclusiva do senhor feudal.
4.4. Determinantes da definição dos territórios
4.4.1. Ágora Grega - A esfera pública estava claramente definida. Espaço onde se exercia a democracia direta. Delimitada por um mercado, um edifício governamental e composta por um conjunto de outros edifícios. Caracterizava-se por um espaço aberto.
4.4.2. Fórum Romano - Representava a monumentalidade do estado imperialista romano. Importante que o indivíduo se sentisse espacialmente subordinado aos enormes prédios públicos. O fórum era espaço fechado por edifícios, onde a penetração dos indivíduos era mais restrita.