SONDA NASOENTERAL

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SONDA NASOENTERAL por Mind Map: SONDA NASOENTERAL

1. Tem como função apenas a alimentação do paciente, sendo de escolha no caso de pacientes que receberam alimentação via sonda por tempo indeterminado e prolongado. Por isso, esta sonda só permanece aberta durante o tempo de infusão da alimentação. A técnica de sondagem se assemelha com a técnica de sondagem nasogástrica.

2. A sonda nasoenteral tem comprimento variável de 50 a 150 cm, e diâmetro médio interno de 1,6mm e externo de 4 mm, com marcas numéricas ao longo de sua extensão, facilitando posicionamentos, maleáveis, com fio-guia metálico e flexível, radiopaca.

2.1. A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de controle por Raios-X para verificação do local da sonda.

3. Material

3.1. Material: • Sonda enteral com fio guia (mandril); • Seringa de 20 ml; • Copo com água; • Gaze; • Benzina; • Toalha de rosto; • Xylocaína gel; • Fita adesiva; • Estetoscópio; • Biombo s/n; • Luvas de procedimento; • Sacos para lixo.

4. Contra indicações

4.1. Contra-indicações do uso de Sondas: Íleo adinâmico; obstrução intestinal completa; fístula enterocutânea proximal de grande drenagem; sangramento digestivo superior; alguns casos de síndromes disabsortivas. Em relação aos métodos de administração, podem ser: intermitente, contínua ou em bolus. requer infusão lenta para evitar “dumping”. Importante que o uso de bomba de infusão, assim como todos os dispositivos, sejam exclusivos para nutrição enteral, preferentemente usando cores diferenciadas, assim evitando inadvertida infusão parenteral de dietas enterais. O paciente de unidade de terapia intensiva pediátrica em nutrição enteral deve ser monitorado diariamente, observando-se principalmente a frequência e consistência das fezes, distensão abdominal, presença de vômitos e ganho de peso diário. Em relação às complicações, as mais comuns são as mecânicas relacionadas com a sonda gástrica e/ou entérica: obstrução, má colocação, epistaxe, erosões

5. Também do cofen Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

5.1. Sondagem nasoenteral refere-se à passagem de uma sonda flexível através da cavidade nasal, esôfago, estômago e intestino delgado. Este procedimento fornece via segura e menos traumática para administração de dietas, hidratação e medicação.

5.2. É a inserção de uma sonda, geralmente flexível, com um ou mais lumens, na cavidade oral/nasal com destino ao estômago com a finalidade de alimentar, medicar, lavar, drenar líquidos ou ar, coletar material gástrico e realizar exames para fins diagnósticos, como a manometria e pHmetria.

5.3. Lavagem gástrica: é um procedimento terapêutico, ao longo do qual se introduz uma sonda no interior do estômago, para se irrigar e aspirar o seu conteúdo. Apesar deste procedimento ser utilizado como preparação para a cirurgia gástrica e para alguns exames auxiliares de diagnóstico, é utilizado essencialmente no tratamento de intoxicações por via digestiva.

6. Sonda oral

6.1. com finalidade de descompressão do estômago ou para alimentação. A via oral é utilizada em clientes com desvio do septo nasal e lesões. É a via de preferência dos neonatos devido a sua respiração ser essencial pela narina o que inviabiliza esta via.

7. Indicaçõs

7.1. Indicações de Sondagem Nasogástrica: trato gastrointestinal funcionante, mas com impossibilidade ou insuficiência de alimentação por VO (distúrbio de deglutição, redução do nível de consciência, anorexia). Em paciente com pouca aceitação alimentar VO, os que não conseguem atingir as metas nutricionais, está indicado o uso de sonda para complementação.

7.2. Indicações de Sondagem Nasojejunal: risco importante de aspiração pulmonar, retardo do esvaziamento gástrico, refluxo gastroesofágico grave; vômitos excessivos por outras causas. Nestes casos a sonda deve ser posicionada em jejuno, pois nas primeiras porções do duodeno ocorre frequente refluxo duodeno-gástrico, não protegendo do risco de aspiração. Não é recomendável o uso de sonda duodenal, pois perde a função pilórica de controle do esvaziamento gástrico, sem atingir o objetivo da progressão da sonda além do estômago.

7.3. Indicações de Gastrostomias: necessidade de utilização de sonda por tempo prolongado (mais de 6 a 8 semanas). Neste caso, se o paciente está tolerando bem a sonda nasogástrica, a primeira indicação é realizar gastrostomia endoscópica percutânea, procedimento simples, com rápida recuperação e início precoce da alimentação do paciente. Outra opção é a realização de gastrostomia por laparotomia ou laparoscopia, associada a cirurgia anti RGE.

8. Procedimento

8.1. Procedimento: 1. Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada; 2. Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze; 3. Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele; 4. Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice (acrescentar mais 10 cm); 5. Marcar com adesivo; 6. Calçar luvas; 7. Injetar água dentro da sonda (com mandril); 8. Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar; 9. Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta - introduzir até a marca do adesivo; 10. Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio-X para confirmação do local da sonda; 11. Retirar o fio-guia após a passagem correta; 12. Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;

9. Verificação do Posicionamento

9.1. Para verificar se a sonda está no local: 13. Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos; 14. Colocar a ponta da sonda no copo com água - se tiver borbulhamento está na traquéia. Deve ser retirada; 15. Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar; 16. Fechá-la ou conectá-la ao coletor; 17. Fixar a sonda não tracionando a narina; 18. Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda até o duodeno seja facilitada pela peristalce gástrica.

10. Quem pode fazer o procedimento.

10.1. Privativo do enfermeiro

10.1.1. Por todo o exposto, o procedimento de sondagem oro/nasoenteral, seja qual for sua finalidade, requer cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica, conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas e, por essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de sonda oro/nasogástrica (SOG e SNG) e sonda nasoentérica (SNE) é privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-científico ao procedimento.