
1. Controle de Bola
1.1. O basquete é jogado com as mãos e cada jogador a partir do controle da bola pode passar, arremessar, quicar, rolar, tapear ou driblar.
1.2. O drible consiste no controle da bola, quicando-a com uma das mãos, de cada vez.
1.3. São infrações:
1.3.1. se o jogador movimentar os dois pés, estando em posse da bola - andar;
1.3.2. toque a bola com as duas mão e volte a quicá-la - dois dribles.
1.4. Cada equipe, após o controle da bola, possui 24 segundos de posse de bola para arremessá-la à cesta adversária. Desses 24 segundos, apenas 8 segundos podem ser executados no campo de defesa.
1.5. A equipe não pode regressar com a bola ao campo de defesa após ter cruzado a linha do meio da quadra.
2. Principais Fundamentos
2.1. Drible - Controlar a bola quicando-a com uma das mãos (um quique por passada). O jogador pode dar apenas um passo por quique da bola. O drible acaba quando o jogador toca com ambas as mãos simultaneamente a bola.
2.2. Passe - Jogar a bola para um companheiro de equipe. Pode ser feito de forma direta (passe peito) ou tocando no chão (passe picado ou quicado). Quando o passe é dado para um jogador, e esse converte os pontos, é chamado de assistência.
2.3. Arremesso - Arremessar a bola em direção à cesta.
2.4. Bloqueio (toco) - Interceptação de um arremesso.
2.5. Rebote - No caso do arremesso não ser convertido, jogadores de ambos os times disputam a posse da bola (rebote ofensivo ou rebote defensivo).
3. Características e História
3.1. Características
3.1.1. - Esporte coletivo estadunidense
3.1.2. - "Basketball"; cesta (basket) e bola (ball)
3.1.3. - É um esporte de agilidade e resistência que desenvolve coordenação motora e visual.
3.1.4. - Disputado por 2 equipes de 5 jogadores com o objetivo de passar a bola pelo cesto localizado nas extremidades da quadra.
3.2. - EUA, 1891, pela Associação Cristã para Rapazes, em Springfield, Massachusetts.
3.3. - Professor canadense James Naismith (1861-1940) queria um esporte intenso para a prática dentro do ginásio devido ao período de inverso rigoroso que passavam.
3.4. - Naismith prendeu dois cestos no alto da parede e as equipes tinham que encestar a bola. Ele mediu a altura das cestas e registrou 3,05 metros, mesma utilizada até hoje.
3.5. - O esporte rapidamente se popularizou, chegando ao Brasil em 1896. Desde então, sofreu diversas alterações em suas regras.
3.6. - Em 1936, o basquete tornou-se um esporte olímpico e, hoje em dia, é o nono esporte mais popular do mundo.
4. Sistemas Táticos Defensivos
4.1. O tipo de marcação ideal é aquele que neutraliza os trunfos ofensivos do adversário. Para definir qual sistema defensivo deve ser utilizado, é necessário levar em consideração vários critérios. Além de analisar as características ofensivas do adversário, o treinador deve avaliar qual o potencial de seu time em relação à força física, altura dos jogadores, velocidade e mobilidade.
4.2. Há dois tipos de defesa básicos no basquete.
4.2.1. Marcação por Zona: determina áreas na quadra que serão cobertas por cada jogador enquanto a posse de bola é do time adversário.
4.2.2. Marcação Individual: cada atleta é responsável por acompanhar um determinado jogador.
4.3. Marcação por zona 3x2
4.3.1. Três defensores ficam posicionados em linha na parte superior do garrafão, enquanto os outros permanecem mais próximos à cesta, concentrando-se em pegar rebotes.
4.3.2. Esse posicionamento defensivo é utilizado quando a equipe conta com pivôs altos, que podem pegar mais rebotes e ligar o contra-ataque rapidamente para os outros três atletas posicionados no topo do garrafão.
4.4. Marcação por zona 1x3x1
4.4.1. Em outro tipo de marcação por zona, a defesa forma uma cruz. Enquanto três defensores ficam em linha no meio do garrafão, os outros dois se posicionam nos extremos (um mais próximo da cesta e o outro no topo do garrafão).
4.4.2. Esse sistema defensivo costuma ser indicado para neutralizar times que contam com dois bons pivôs, que triangulam e trocam de posições. Essa movimentação será dificultada justamente pela linha de três defensores no meio do garrafão.
5. Regras
5.1. Quadra de Jogo
5.1.1. - As cestas são situadas no centro, perto da extremidade do fundo no campo de defesa de cada uma das equipes, a uma altura de 3,05 metros.
5.1.2. - O jogo é realizado em uma quadra (própria) com as dimensões (oficiais) de 28 metros de comprimento por 15 metros de largura. Diferente da quadra de futebol ou vôlei, por exemplo, as linhas que delimitam a quadra são consideradas fora da área de jogo.
5.2. Tempo de Partida
5.2.1. - Cada partida é disputada em 4 quartos de 10 minutos cada. Intervalos de 2 minutos após o primeiro e terceiro quartos e de 15 minutos no final do segundo quarto (final do primeiro tempo de jogo).
5.2.2. - No caso de empate ao final da partida, são realizadas prorrogações de 5 minutos até que haja o desempate.
5.3. Pontuação
5.3.1. As cestas podem valer 3, 2 ou 1 ponto: 3 pontos - fora da linha dos três pontos; 2 pontos - na parte interna da linha de três pontos (incluindo a linha); 1 ponto - lance livre (cobrança de penalidade) na área demarcada.
6. Faltas
6.1. - Faltas pessoais: quando há um contato ilegal entre os atletas;
6.2. - Faltas técnicas: são relativas ao comportamento do jogador, quando este atrapalha o desenvolvimento da partida sem haver contato físico com o adversário;
6.3. - Faltas antidesportivas: ocorrem quando o contato ocorre de forma alheia aos padrões do jogo;
6.4. - Faltas desqualificantes: quando há algum ato de violência praticado por um atleta ou no caso de briga entre dois ou mais atletas.
6.5. Durante a partida, cada jogador possui um limite de 5 faltas pessoais. Após o cometimento da quinta falta, o jogador deve ser excluído da partida.
6.6. Cada equipe também possui um limite de 5 faltas (faltas coletivas/faltas de equipe) por quarto de jogo. A partir da quinta falta coletiva em diante, a equipe que sofre a falta tem direito à execução de dois lances livres.
7. Lances Livres e Substituições
7.1. - Os lances livres são arremessos sem marcação a partir de uma área delimitada para sua cobrança.
7.2. - Eles ocorrem quando um jogador recebe um contato no momento do arremesso ou após esgotado o limite de faltas coletivas de uma equipe.
7.3. - Os lances livres devem ser cobrados pelo jogador que sofreu a falta. No caso de lesão ou abandono da partida, seu substituto direto deve realizar os arremessos.
7.4. Substituições
7.4.1. No basquete, cada equipe pode realizar um número indeterminado de substituições. As substituições podem ocorrer a qualquer momento da partida, seja com a bola em jogo, desde que sejam feitas dentro da área delimitada, ou nos momentos de parada.
8. Sistemas Táticos Ofensivos
8.1. Os sistemas táticos ofensivos no basquete tem o objetivo exclusivamente de ampliar o leque de alternativas para pontuar. A equipe deve trabalhar a posse de bola para criar desequilíbrios na defesa e colocar jogadores em boas condições de arremesso.
8.2. Em um ataque no basquete, há três situações que devem ser observadas:
8.2.1. Manter a posse de bola o máximo possível dentro dos 24 segundos permitidos pela regra;
8.2.2. Desequilibrar a defesa adversária;
8.2.3. Finalizar a jogada de ataque com precisão.
8.3. Sistema ofensivo contra marcação individual
8.3.1. Para superar uma marcação individual no basquete, devem ser exploradas as habilidades individuais de cada jogador de ataque. Contudo, os treinadores devem preparar movimentações que ajudem a equipe a criar espaços e a desequilibrar a defesa adversária.
8.3.2. Os bloqueios tendem a ser um ótimo recurso para atrapalhar o posicionamento defensivo e permitir que um jogador consiga fazer uma infiltração ou se posicione sem marcação para um arremesso.
8.4. Sistema ofensivos contra marcação por zona
8.4.1. Em um sistema ofensivo que busca superar uma marcação por zona no basquete, os jogadores de ataque devem explorar os espaços deixados pelos defensores.
8.4.2. Uma das melhores alternativas para superar marcação por zona é a troca rápida de passes. Assim, os defensores são obrigados a se deslocar para evitar arremessos, e abrem espaços para os jogadores de ataque tentarem a cesta.
8.4.3. Como a marcação por zona busca impedir infiltrações, sistemas ofensivos com bons arremessadores de 3 costumam se sobressair.
8.4.4. Em geral, a combinação entre movimentações táticas ofensivas, deslocamentos, passes e corta-luzes tendem a criar espaços para deixar os jogadores de ataque em boas condições de arremesso.
8.4.5. É importante lembrar que, mesmo no ataque, a equipe deve pensar em como será feita a volta para a defesa, para evitar sofrer contra-ataques e bandejas.