A SAÚDE DO HOMEM NO SUS
af Rafaela Melo Macedo
1. Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem - PNAISH
1.1. Por que foi criada?
1.1.1. Dificuldade em fazer a população masculina se preocupar mais com a própria saúde. Os homens, em sua maioria, só buscam os serviços de saúde quando a doença já está instalada.
2. Essa política visa promover a melhora das condições de saúde da população masculina brasileira, contribuindo, de modo efetivo, para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população, por meio do enfrentamento racional dos fatores de risco e mediante a facilitação ao acesso, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde.
2.1. Os 05 eixos da PNAISH são:
2.1.1. Acesso e Acolhimento;
2.1.2. Saúde Sexual e Reprodutiva;
2.1.3. Paternidade e Cuidado;
2.1.4. Agravos e Doenças Prevalentes;
2.1.5. Prevenção de Violência e Acidentes/Álcool/Drogas e Saúde Mental.
3. Dados preocupantes:
3.1. Os homens vivem 8 anos menos que as mulheres;
3.2. Aproximadamente 78% das internações por causas externas são homens;
3.3. A cada 5 pessoas que morrem entre 20 e 30 anos, 4 são do sexo masculino, 64% por causas externas;
3.4. A taxa de mortalidade pelo HIV é 3 vezes maior em homens do que em mulheres;
3.5. Entre 40 a 59 anos a taxa de suicídio é 4 vezes maior entre homens.
4. Marco legal: Portaria - Gabinete do Ministério da Saúde nº1944 de Agosto de 2009
5. Inserção da atenção e cuidado ao homem na Atenção Primária:
5.1. Definição do território de atuação e da população sob a responsabilidade das unidades básicas de saúde e das equipes;
5.2. Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde, segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade;
5.3. Desenvolvimento de ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos evitáveis;
5.4. Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;
5.5. Desenvolvimento de ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o desenvolvimento de uma atenção integral;
5.6. Desenvolvimento de ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários;
5.7. Realização de atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde e do cuidado compartilhado com as equipes de atenção domiciliar nos demais casos.
5.8. Realização do acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade, tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências;