1. PELE
1.1. Os corpos estranhos podem ser removidos com a pinça ou agulha estéril. Se estiver difícil de retirar, o auxílio médico será necessário.
1.2. Caso a pele seja atingida por anzol de pesca, cortar a ponta do anzol com alicate e só então retirar o anzol, pelo mesmo orifício por onde entrou.
1.3. Após retirar o corpo estranho, lavar a ferida com água e sabão e cubri-lo com gaze.
2. São pequenas partículas, de variada origem e constituição física que, muitas vezes, apesar de aparentemente inofensivas devido ao tamanho, podem causar danos físicos e desconforto sério (BRASIL, 2003).
3. OLHOS
3.1. Caso um corpo estranho se instale ou atinja os olhos, deve-se pedir à pessoa para fechá-los fortemente de depois abri-los, a fim de que o corpo estranho seja eliminado com as lágrimas;
3.2. Caso não saia, prosseguir com as seguintes condutas: • Pegar a pálpebra superior entre o dedo médio e o indicador e movimentá-la suavemente para baixo e para cima várias vezes e, em seguida, pedir à vítima que feche os olhos e esperar que as lágrimas eliminem o corpo estranho; • Pingar duas gotas de água limpa ou soro fisiológico e pedir à pessoa para piscar. Esperar a eliminação do corpo estranho.
3.3. Se mesmo assim não conseguir retirar o corpo estranho, proceder da seguinte forma: • Puxar a pálpebra inferior para baixo; • Inverter (revirar) para cima a pálpebra superior; • Retirar o corpo estranho com a ponta úmida de um pano limpo.
3.4. Se o corpo estranho estiver encravado no globo ocular, não tentar retirá-lo e nem deixar que a vítima esfregue os olhos. Cobrir os dois olhos com atadura de gaze e encaminhar para atendimento médico.
4. NARIZ
4.1. Manter a vítima calma, cuidando para que não inale o corpo estranho e não assoe o nariz com violência.
4.2. Pedir que ela tente expelir o ar pela narina obstruída, enquanto se aplicam as manobras para expelir o corpo estranho. Se o corpo estranho não puder sair com facilidade, o auxílio médico será necessário.
4.3. No caso de crianças, a melhor conduta é abarcar as narinas com a boca e tentar aspirar (chupar) o corpo estranho.
5. OUVIDOS
5.1. A presença de um corpo estranho no ouvido, em geral, não caracteriza um problema de urgência.
5.2. Quando o corpo estranho no ouvido é um inseto, o ruído que provoca pode gerar um incômodo. Nesse caso, é preciso agir rápido, para aliviá-la dessa sensação ruim.
5.3. Proceda da seguinte forma: • Iluminar o pavilhão auricular com um facho de luz para atrair o inseto; • Colocar azeite ou óleo de cozinha no ouvido, mantendo-o virado para cima por algum tempo e, em seguida, virando o ouvido para baixo, para que o óleo escorra, desalojando o inseto.
5.4. Corpos estranhos inanimados, como grãos de cereais, podem ser removidos inclinando-se a cabeça da vítima, de forma que o pavilhão atingido fique para baixo e dar pequenas pancadas na cabeça tentando deslocar o corpo estranho.
5.5. Em caso de água no ouvido, bastar pingar duas gotas de álcool para que a água evapore.
5.6. Se o corpo estranho persistir, o auxílio médico será necessário.
5.6.1. ATENÇÃO: Não tentar retirar o corpo estranho do ouvido com cotonete, pinça ou outro instrumento qualquer, pois há o risco de empurrá-lo ainda mais para dentro.
6. GARGANTA
6.1. Corpos estranhos podem instalar-se na hipofaringe, laringe ou traqueia, provocando lesões e impedindo, total ou parcialmente, a entrada de ar nos pulmões.
6.1.1. OBSTRUÇÃO INCOMPLETA - O ar continua passando pelas cordas vocais e a vítima consegue emitir sons e tossir.
6.1.1.1. Encorajar a vítima a tossir na tentativa de expelir o corpo estranho, sem, no entanto, bater em suas costas.
6.1.2. OBSTRUÇÃO COMPLETA (PESSOA CONSCIENTE) - O ar deixa de passar pelas cordas vocais e a vítima, além de não emitir qualquer tipo de som, apresenta uma coloração arroxeada.
6.1.2.1. MANOBRA DE HEIMLICH
6.1.2.1.1. EM ADULTOS
6.1.2.1.2. EM CRIANÇAS (MENOR QUE 1 ANO)
6.1.2.2. PESSOA INCONSCIENTE
6.1.2.2.1. 1. Deitar a vítima no chão; 2. Posicionar as mãos sobre o umbigo dela e realizar cinco compressões no abdome, para dentro e para cima, na tentativa de expulsar o corpo estranho; 3. Logo após a quinta compressão, abrir a boca da vítima e tentar visualizar o corpo estranho; 4. Se conseguir vê-lo, procurar retirá-lo, passando o dedo indicador (devidamente protegido) pela lateral do objeto e puxando-o de trás para a frente; 5. Retirado o objeto, fazer duas respirações artificiais (ventilação boca a boca), com o dispositivo de barreira. Se o tórax se expandir, é sinal de que houve a desobstrução; 6. Se o tórax não se expandir é porque ainda existe parte do corpo estranho obstruindo as vias aéreas. Nesse caso, deve-se reiniciar as compressões abdominais; 7. Se mesmo após a expulsão do corpo estranho, a vítima continuar inconsciente, deve-se verificar o pulso carotídeo para identificar se ela está em parada cardiorrespiratória (PCR); 8. Se estiver em PCR, é preciso iniciar imediatamente a reanimação cardiopulmonar (RCP).