1. Temperatura:
1.1. Frio:
1.1.1. Lesão: GELADURA
1.1.2. Possui 4 graus:
1.1.2.1. 1° GRAU:
1.1.2.1.1. Caracterizada pela palidez
1.1.2.1.2. Rubefação local
1.1.2.1.3. Aspecto anserino da pele
1.1.2.2. 2° GRAU:
1.1.2.2.1. Eritema
1.1.2.2.2. Formação de bolhas ou flictenas de conteúdo claro e hemorrágico
1.1.2.3. 3° GRAU:
1.1.2.3.1. Necrose dos tecidos moles com formação de crostas enegrecidas, aderentes e espessas
1.1.2.4. 4° GRAU:
1.1.2.4.1. Gangrena ou desarticulação
1.1.3. Leva à alterações
1.1.3.1. Sistema nervoso
1.1.3.2. Sonolência
1.1.3.3. Convulsões
1.1.3.4. Delírios
1.1.3.5. Perturbações dos movimentos
1.1.3.6. Anestesias
1.1.3.7. Congestão ou isquemia das vísceras
1.1.4. Diagnóstico:
1.1.4.1. Hispóstase vermelho-clara
1.1.4.2. Rigidez cadavérica precoce, intensa e extremamente demorada
1.1.4.3. Sangue de tonalidade menos escura
1.1.4.4. Sinais de anemia cerebral
1.1.4.5. Congestão polivisceral
1.1.4.6. Espuma sanguinolenta nas vias respiratórias
1.1.4.7. Erosões e infiltrados hemorrágicos na mucosa gástrica (SINAL DE WISCHNEWSKI)
1.1.4.8. Flictenas
1.1.5. PÉS DE TRINCHEIRA:
1.1.5.1. NA ÉPOCA DA GUERRA, PÉS DOS SOLDADOS FICAVAM GANGRENADOS PELA AÇÃO DO FRIO
1.2. Calor:
1.2.1. Lesão: QUEIMADURA
1.2.2. Pode atuar por:
1.2.2.1. 1) CALOR DIFUSO:
1.2.2.1.1. Ocorre de duas maneiras:
1.2.2.1.2. Sintomas variam de caso para caso, podendo aparecer:
1.2.2.2. 2) CALOR DIRETO:
1.2.2.2.1. Tem por consequências as queimaduras, de maior ou menor extensão, mais ou menos profundas, infectadas ou não, advindas das ações da chama, do calor irradiante, dos gases superaquecidos, dos líquidos escaldantes, dos sólidos quentes e dos raios solares
1.2.2.2.2. Ordinariamente de origem acidental, sendo mais rara a ação criminosa
1.2.2.2.3. Classificação:
1.2.3. OBS:
1.2.3.1. NOS CASOS DE CARBONIZAÇÃO TOTAL, A PRIMEIRA PROVIDÊNCIA É IDENTIFICAR O MORTO
1.2.3.1.1. A PERÍCIA DEVE TAMBÉM TER COMO NORMA ESCLARECER SE O INDIVÍDUO MORREU DURANTE O INCÊNDIO OU SE JÁ SE ACHAVA MORTO AO SER ALCANÇADO PELAS CHAMAS
1.2.3.1.2. SINAL DE MONTALTI:
1.2.3.1.3. SINAL DE JANESIE-JELIAC:
1.2.4. Posição de Boxer:
1.2.4.1. Também chamada de "atitude de saltimbanco" ou de "atitude em epistótomo"
1.2.4.2. Hiperextensão da cabeça sobre o pescoço e do tronco em forma de arco de concavidade posterior
1.2.4.3. Motivadas pela retração dos músculos da nuca, da goteira vertebral e lombar
2. Luz e Som:
2.1. Luz:
2.1.1. A ação intensiva da luz sobre os órgãos da visão pode levar a consequências graves, como cegueira total
2.1.2. Radiações não ionizantes, como o infravermelho e o ultravioleta, podem acarretar lesões sobre o cristalino e as conjuntivas
2.1.3. Raio laser apresenta um efeito fotoquímico e fototérmico
2.1.3.1. Ação sobre a córnea e o cristalino, podendo a pele também sofrer danos
2.2. Som:
2.2.1. Efeitos mais comuns em acidentes de trabalho
2.2.2. Infrassom também acarreta lesões do tipo labirintite
2.2.3. Ultrassom causa destruição celular
2.2.4. Diferença entre:
2.2.4.1. RUÍDO
2.2.4.1.1. Fenômeno físico vibratório, audível, de características indefinidas e de frequência desarmônica
2.2.4.2. BARULHO
2.2.4.2.1. Qualquer tipo de som indesejável e inútil
2.2.5. OBS:
2.2.5.1. A EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO RUÍDO EXCESSIVO PODE PRODUZIR PERDA AUDITIVA IRREPARÁVEL
3. Eletricidade:
3.1. Pode ser causada pela:
3.1.1. ELETRICIDADE ARTIFICIAL OU INDUSTRIAL:
3.1.1.1. ELETROPLESSÃO:
3.1.1.1.1. Geralmente acidental, podendo ter origem suicida ou homicida
3.1.1.1.2. Qualquer efeito proporcionado pela eletricidade industrial, com ou sem êxito letal
3.1.1.2. MARCA ELÉTRICA DE JELLINEK:
3.1.1.2.1. Lesão da pele
3.1.1.2.2. Forma circular, elíptica ou estrelada
3.1.1.2.3. Consistência endurecida
3.1.1.2.4. Bordas altas
3.1.1.2.5. Leito deprimido
3.1.1.2.6. Tonalidade branco-amarelada
3.1.1.2.7. Fixa
3.1.1.2.8. Indolor
3.1.1.2.9. Asséptica
3.1.1.2.10. De fácil cicatrização
3.1.1.2.11. Pode apresentar a marca do condutor elétrico
3.1.1.3. OBS:
3.1.1.3.1. QUANDO A ELETRICIDADE É DE ALTA TENSÃO, DÁ MARGEM ÀS LESÕES MISTAS, OU SEJA, À MARCA ELÉTRICA E À QUEIMADURA
3.1.2. ELETRICIDADE NATURAL OU CÓSMICA:
3.1.2.1. Quando agindo letalmente sobre o homem, denomina-se:
3.1.2.1.1. FULMINAÇÃO
3.1.2.2. Quando apenas provoca lesões corporais, denomina-se:
3.1.2.2.1. FULGURAÇÃO
3.1.2.3. O diagnóstico das lesões é dado pelos comemorativos orientados pelas tempestades e descargas elétricas e pelo exame das próprias lesões
3.1.2.4. SINAL DE LICHTENBERG:
3.1.2.4.1. Também chamada de marcas queraunográficas, procedentes de fenômenos vasomotores, podendo desaparecer com a sobrevivência
3.1.2.4.2. Aspecto arboriforme e tonalidade arroxeada
3.1.2.4.3. Surge cerca de 1h depois da descarga e desaparece gradualmente em torno das 24h subsequentes à descarga elétrica
3.1.2.5. A morte se dá por inibição direta dos centros nervosos por paralisia respiratória e asfixia, geralmente
3.1.2.5.1. Em outros casos, predominam os efeitos cardíacos com fibrilação ventricular
3.1.2.6. As lesões mais intensas são encontradas nos locais de entrada e saída da corrente elétrica (mais comuns na cabeça, no tórax e nos pés)
4. Radioatividade:
4.1. Lesão: RADIODERMITE
4.2. Pode ser causada por raio-x, rádio e bombas atômicas
4.3. Podem ser:
4.3.1. AGUDAS:
4.3.1.1. 1° GRAU:
4.3.1.1.1. São geralmente temporárias e apresentam duas formas - depilatória e eritematosa
4.3.1.1.2. Dura cerca de 60 dias
4.3.1.1.3. Deixa uma mancha escura que desaparece muito lentamente
4.3.1.2. 2° GRAU:
4.3.1.2.1. Forma papuloeritematosa
4.3.1.2.2. São representadas por ulceração muito dolorosa e recoberta por crosta seropurulenta
4.3.1.2.3. Têm cicatrização difícil e deixa em seu lugar uma placa esbranquiçada de pele rugosa, frágil e de características atípicas
4.3.1.3. 3° GRAU:
4.3.1.3.1. É a forma ulcerosa
4.3.1.3.2. Apresentada por zonas de necrose, de aspecto grosseiro e grave
4.3.1.3.3. Conhecidas por ÚLCERAS DE RÖENTGEN
4.3.2. CRÔNICAS:
4.3.2.1. Podem ser lesões LOCAIS e apresentar forma úlcero-atrófica, teleangiectásica ou neoplásica (também chamada de câncer cutâneo dos radiologistas ou câncer röentgeniano)
4.3.2.2. Podem ser de efeitos GERAIS, compreendendo várias síndromes:
4.3.2.2.1. DIGESTIVAS
4.3.2.2.2. CARDÍACAS
4.3.2.2.3. OCULARES
4.3.2.2.4. GINECOLÓGICAS
4.3.2.2.5. ESTERILIZANTES
4.3.2.2.6. CANCERÍGENAS
4.3.2.2.7. SANGUÍNEAS
4.3.2.2.8. MORTES PRECOCES
4.4. O rádio, quando usado de maneira indiscriminada, pode ser causador de sérios danos à saúde ou à vida do paciente, seja por ação externa ou interna
4.5. Sob a forma de energia atômica (nuclear), possui alguns efeitos semelhantes aos dos raio-x e radiação, outros são provenientes da onda explosiva ou blast, das queimaduras e das sequelas tardias, pela disseminação dos raios alfa, beta e gama
4.5.1. Dessa forma, os efeitos dessa modalidade de energia são de ordem TRAUMÁTICA,TÉRMICA e RADIOATIVA
5. Pressão Atmosférica:
5.1. Aumento da pressão atmosférica:
5.1.1. MAL DOS CAIXÕES:
5.1.1.1. Não incorrem só no perigo do aumento da pressão atmosférica, mas especialmente na descompressão brusca que pode ocorrer dando como desfecho, lesões muito graves
5.1.1.2. Ex: Mergulhadores
5.2. Diminuição da pressão atmosférica:
5.2.1. MAL DAS MONTANHAS:
5.2.1.1. Há a diminuição do oxigênio e do gás carbônico, e a composição do ar altera a hematose
5.2.1.2. Comum nas altitudes acima de 2.500m, é agravado com o esforço físico
5.2.1.3. Tem como sintomas:
5.2.1.3.1. Cefaleia
5.2.1.3.2. Dispneia
5.2.1.3.3. Anorexia
5.2.1.3.4. Fadiga
5.2.1.3.5. Insônia
5.2.1.3.6. Tonturas
5.2.1.3.7. Vômitos
5.2.1.4. Ex: Pilotos de avião ou exploradores em montanhas
5.3. Barotraumas:
5.3.1. O aumento da pressão atmosférica, ao mesmo tempo que acarreta uma patologia de compressão, caracterizada pela intoxicação por oxigênio, nitrogênio e gás carbônico, produz uma patologia de descompressão, proveniente do fenômeno da embolia, consequente à maior concentração dos gases dissolvidos no sangue