1. Definição
1.1. Processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem e melhorarem sua saúde.
1.2. O desenvolvimento do conceito de promoção da saúde esteve relacionado à percepção de que o avanço tecnológico na medicina e a oferta massificada de atos médicos não estavam produzindo necessariamente melhoria na saúde das populações.
1.2.1. No entanto, vários estudos começaram a apontar que outros fatores – externos à área médica – pareciam produzir impactos muito mais significativos
1.3. Hoje a promoção da saúde baseia-se em fatores biopsicossociais, que, nesse sentido, consideram o individuo nas suas múltiplas esferas.
2. Carta de Ottawa
2.1. Carta que contém as orientações para atingir a Saúde para Todos.
2.2. Construída no ano 2000 e seguintes.
2.3. Baseada nos progressos decorrentes da Declaração sobre os Cuidados de Saúde Primários de Alma-Ata e no documento As Metas da Saúde para Todos da Organização Mundial de Saúde bem como no recente debate sobre a ação intersetorial para a saúde
2.4. No Brasil, essa Carta é expressa no SUS, através de seus princípios e diretrizes, que abordam um sistema de saúde integral, universal e equânime.
2.5. Sugere 5 campos de ação para promover a saúde:
2.5.1. Construção de políticas públicas saudáveis; Criação de ambientes favoráveis à saúde; Desenvolvimento de habilidades individuais; Reforço da ação comunitária; Reorientação dos serviços de saúde
3. Pré-requisitos para saúde
3.1. São eles: Paz, abrigo, educação, alimentação,recursos econômicos, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade.
3.1.1. A melhoria da saúde decorre da garantia destas condições básicas.
3.2. Hoje em dia existe uma discussão sobre a importância da ação comunitária nessa construção da saúde dos indivíduos, que não exclui o importante papel do Estado.
3.2.1. A ação comunitária se constitui no fomento ao trabalho das pessoas marginalizadas para que estas tomem para si a tarefa de prestar os serviços essenciais que lhes são negados.
3.2.2. É a lógica dos mutirões e do voluntariado.
4. Para ser efetiva
4.1. É preciso que as intervenções em saúde ampliem seu escopo, tomando como objeto os problemas e as necessidades de saúde e seus determinantes e condicionantes.
4.2. Deve considerar a autonomia e a singularidade dos sujeitos, das coletividades e dos territórios.
4.3. É necessário a atuação profissional, com novas habilidades, para que seja capaz de enfrentar situações bem mais complexas que aquelas impostas pelo modelo biomédico.
5. Política Nacional de Promoção da Saúde(PNPS)
5.1. É implementada nas várias esferas de gestão do SUS e na interação entre o setor Sanitário e os demais setores das políticas públicas e da sociedade.
5.2. Visa provocar mudanças nos modos de organizar, planejar, realizar, analisar e avaliar o trabalho em saúde.
5.3. Tem como valores e princípios:
5.3.1. a) reconhecer a subjetividade das pessoas e dos coletivos no processo de atenção e cuidado em defesa da saúde e da vida;
5.3.2. b) considerar a solidariedade, a felicidade, a ética, o respeito às diversidades, a humanização, a corresponsabilidade, a justiça e a inclusão social como valores fundantes no processo de sua concretização
5.3.3. c) adotar como princípios a equidade, a participação social, a autonomia, o empoderamento, a intersetorialidade, a intersetorialidade, a sustentabilidade, a integralidade e a territorialidade.