A IMPERATRIZ FILÓSOFA: JÚLIA DOMNA E O "MATRIARCADO SÍRIO" https://cutt.ly/bcLgaQz Pannello int...

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A IMPERATRIZ FILÓSOFA: JÚLIA DOMNA E O "MATRIARCADO SÍRIO" https://cutt.ly/bcLgaQz Pannello interno, raffigurante Settimio Severo, Giulia Domna e una figura cancellata Door Mind Map: A IMPERATRIZ FILÓSOFA: JÚLIA DOMNA E O "MATRIARCADO SÍRIO"  https://cutt.ly/bcLgaQz  Pannello interno, raffigurante Settimio Severo, Giulia Domna e una figura cancellata

1. 2. "matriarcado"

1.1. A influência no reinado do marido e filho fnão passou despercebida pela história de uma época em que Roma bem que precisava de uma mãe.

1.1.1. Marido

1.1.1.1. A dinastia severa era o retrato do século III, "cosmopolita elite romana" acusada de "colocar o pé de Roma no caminho para o seu declínio". O momento também não ajudou: havia 2.400 km do palácio de Septímio e a terra natal de Domna. Nunca antes em Roma essa distância significou tanto e tão pouco.

1.1.1.1.1. Tanto, porque era sintoma da grandeza cujas consequências o Império tinha a difícil tarefa de controlar, desde Marco Aurélio (séc. II): Guerra Pártia, conflitos, rebeliões, praga

1.1.1.1.2. Tão pouco, porque culturamente as coisas tinham mudado muito, e agora "o latim já não era necessariamente o primeiro idioma e um nascimento obscuro não impedia que alguém assumisse o cargo mais alto do Império".

1.1.1.1.3. Liderança militar, uma figura tão premente como perigosa de indicar, para o Imperador: podia ser um tiro no pé. Família importava.

1.1.1.2. "Sheptímius Sheverus", "o primeiro imperador negro de Roma", ascendeu politicamente sob Marco Aurélio, morto pouco antes da obtenção do cargo que o levou para Emesa, na Síria. Ele era casado, depois enviuvou logo antes de iniciar o seu primeiro governo de província; família importava e a família de Júlia era importante.

1.1.1.2.1. Bassiano (pai de Júlia) "Caracala"

1.1.1.2.2. Geta (pai e irmão de Severo)

1.1.1.3. Caminho de Severo até o trono: das avestruzes de Cômodo ao sonho do cavalo

1.1.1.4. O tondo de Berlim: chegar ao trono não era se manter nele. Família importava, felicitas saeculi, especialmente a do "último 'bom' imperador de Roma"; daí a audaciosa"autoadoção" de Severo. Júlia, como Faustina, era mater castrorum.

1.1.1.4.1. https://cutt.ly/OcLkBna

1.1.1.4.2. https://cutt.ly/ScLlSGZ

1.1.1.5. Primeira década de reinado: a odisseia (dentro e fora do Império) da família severa para consolidar o poder. A essa altura, Fúlvio Plautiano, conterrâneo africano de Severo, já era prefeito do pretório e seu conselheiro mais próximo. Severo queria ter "olhos e ouvidos perto das fronteiras orientais do Império".

1.1.1.5.1. Relação entre Severo e Domna: "não há relatos de desarmonia"; o imperador recusava-se a se divorciar dela (talvez as acusações de adultério na anônima História Augusta fossem mesmo apenas calúnias de Fúlvio Plautiano)....

1.1.2. Filho

1.1.2.1. Antes do trono

1.1.2.1.1. Caracala, Sturm und Drang, nascido a 4 de abril de 188. Aos 16 anos, depois de providenciar a morte do sogro, torna-se cada vez mais intensa a competição e o conflito com o irmão. O imperador se encaminha então com a esposa e os filhos para o campo de batalha contra os bárbaros da Britânia: dois coelhos com uma só cajadada.

1.1.2.1.2. "Perpetua Concordia", nem tanto... Caim podia estar se voltando também contra Adão. As alegadas investidas patricidas nunca foram punidas. "Em 4 de fevereiro de 211, Severo faleceu aos 66 anos em Emboracum. A causa oficial é de que havia se entregado às suas enfermidades".

1.1.2.1.3. Caracala, como era de se esperar, tenta sem sucesso usar o exército, que o estimava, para reclamar o trono para si (ele e o irmão eram augustos). Domna e o conselho intercedem e ele aceita uma trégua com o irmão: "mas e quanto a sua mãe? Como vocês propõem dividi-la?" (Herodiano). Durou pouco.

1.1.2.2. No trono

1.1.2.2.1. Sem esposa, Caracala sofreu grande influência da mãe Júlia Domna em seu reinado, especialmente em virtuda da viagem a Antioquia (a la Alexandre, o Grande) em 214. Ela era responsável pela sua correspondência, ocupando um papel formal na administração do filho, o de um ab epistulis. Por amor ou pela dor?

1.1.2.2.2. Em 217, o destino do novo imperador veio ao seu encontro pelas mãos de seus próprios soldados, acostumados a melhores condições de vida graças a Caracala. Havia uma carta, mas o seu destinatário não cuidava da própria correspondência ele mesmo... Júlia Domna opta por (ou aceita) se tornar Diva Júlia, a la Lucrécia. Fim da dinastia severa?

2. 4."sírio"

2.1. Talvez, se não fosse a "determinação e o portunismo audaz de sua família emesense", acostumados à nobreza depois de 25 anos próximos do palácio do maior império da Terra. A irmã de Júlia Domna, Júlia Mesa, tinha duas filhas, Soêmia e Mamea, que por sua vez tinham cada uma um filho.

2.1.1. Soldados: decepcionados, também já tinham vistos dias melhores que os do breve reinado de Marcino, prefeito do pretório de Caracala.

2.2. Avito (Heliogábalo)

2.2.1. O plano era colocá-lo no poder, ele que era o que mais se parecia com Caracala (até fisicamente). Tentados, os soldados cederam e o saudaram como novo imperador. "A dinastia severa, ou talvez devêssemos dizer dinastia emesense, estava de volta".

2.2.1.1. O rapaz reinou durante 5 anos sob forte influência da mãe (Soêmia) e da avó Júlia Mesa, o que aparentemente não foi suficiente para evitar que a sua situação no poder se precarize por causa de comportamentos dignos de um Nero ou de um Cômodo.

2.2.1.2. Conselho de avó: adotar o primo Severo Alexandre, de doze anos à época (Heliogábalo, o imperador, tinha 16). O ciúme, capítulo conhecido da história da dinastia severo-emesense, se repetiu: Heliogábalo tenta matar o primo, o que resulta na própria ruína em 12 de março de 222. Severo Alexandre, de 14 anos, é o novo imperador.

2.3. Severo Alexandre - "Alexandre Mamea", "Iuliae Mamaeae Aug[ustae] filio Iuliae Maesae Aug[ustae] nepote".

2.3.1. O reinado

2.3.1.1. O segundo imperador sírio de Júlia Mesa e seu matronímico: "papel visível e consagrado da mãe e da avó do imperador na imagem pública do novo regime".

2.3.1.2. Boa reputação histórica: conduta sóbria, bom relacionamento com o Senado, nomeações políticas bem recebidas (o próprio Dião Cássio e seu segundo consulado, o último episódio de sua crônica do período). Mesmo depois que o imperador se casou, a principal influência continuou sendo a sua mãe.

2.3.2. A queda

2.3.2.1. Alexandre e Mamea: últimos imperador e imperatriz sírios, depois de 42 anos de dinastia severa, cuja queda iniciou uma "pequena idade medieval" na história romana (poucos relatos, muitos imperadores fracos, nenhuma mulher importante).

2.3.2.2. A ameaça militar vinda do Oriente (o persa Ardacher, que derrotou o Império Parta), o fracasso em ambos os campos da diplomacia e de batalha levaram a um final comum na história dos imperadores romanos: os soldados na Renânia, insatisfeitos, o assassinam, e o oficial Maxímio Trácio toma o poder.

2.3.3. E depois?

2.3.3.1. Fim do século III, início do IV: o Império se reformulava. Novas capitais, poder mais dividido, uma nova força religiosa chegando para afetar também a imagem da feminilidade imperial...

3. 1. "imperatriz"

3.1. Júlia Domna e o seu "papel mais proeminente, e supostamente mais poderoso, nas administrações do marido e do filho do que jamais qualquer outra imperatriz tivera antes dela"

3.1.1. Reputação histórica

3.1.1.1. sec XVIII (Edward Gibbon): dinastia severa como a responsável por "colocar o pé do Império Romano no caminho para o seu declínio"

3.1.1.2. Comparada às suas predecessoras, Júlia foi bem tratada pela História: não foram esquecidos os conselhos a seu filho Caracala e a perseguição por parte de Plautiano, assistente ambicioso de Severo.

4. 3. "filósofa"

4.1. A mater castrorum se tornou a "mulher mais intelectualizada a ter usado o manto de imperatriz romana" provavelmente o fez para se proteger da perseguição de Plautiano, que além da proximidade com Severo tinha uma filha casada com Caracala, quando do retorno da família da odisseia dos primeiros dez anos de reinado severo (202). O relato é de Dião Cássio.

4.1.1. Supostas "soirées" organizados por Júlia: não há comprovação suficiente. Mas "isso não deve obscurecer o fato de que a imperatriz síria foi realmente uma patrocinadora intelectual de influência considerável".

4.1.2. Interesses "masculinos": entre outros, filosofia e retórica. A História da época, escrita por homens, reagiu. Afinal, o que deveria ser ensinado a uma mulher?

4.1.2.1. Uns, homens da elite: mulheres deviam se dedicar à formação dos filhos, não à sua

4.1.2.2. Outros, filósofos como Sêneca: filosofia e matemática tornam as mulheres esposas e donas de casa melhores

4.2. 202, celebração dos primeiros 10 anos de dinastia severa: a família viaja a Léptis Magna, cidade natal do Imperador. Apesar da perseguição interna de Plautiano contra Júlia, a imagem da família segue firme perante a opinião pública.

4.2.1. A cidade, sítio arqueológico dos mais bem preservados, foi "transformada durante o reinado de seu filho mais famoso", que queria ver a região um "símbolo da marca imperial na África". O arco do triunfo era "uma das joias da magnífica nova linha do horizonte da cidade".

4.2.1.1. https://cutt.ly/JcLzJhk Arco de Léptis Magna: Júlia entre Severo e Caracala, imagem de união familiar

4.2.2. Plautiano seguia próximo: sua filha Plautila, casada com Caracala, aparecia nos retratos oficiais como o arco de Léptis Magna.

4.2.2.1. Severo, porém, está desconfiado: havia estátuas demais em Léptis Magna, e seu irmão mais velho Geta lhe avisara de que o prefeito do pretório "estava se tornando cada vez mais ambicioso".Outro membro da família severa também não confiava no conselheiro.

4.2.2.1.1. 22 de janeiro de 205: durante o jantar, três centuriões leais trouxeram uma carta que ordenava o assassinato do imperador. Plautiano é convocado para uma conversa a sós, que de fato pretendia apenas ser uma conversa, quando Caracala avança contra o sogro e é impedido por Severo, um dos criados obedece a ordem do filho do imperador e mata o suposto conspirador. "Eis teu Plautiano", disse Caracala à esposa Plautila, que detestava. Figura cancellata. (2. matriarcado - filho)