ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO (SPITZ)

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ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO (SPITZ) Door Mind Map: ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO (SPITZ)

1. ESTÁGIO PRÉ-OBJETAL (do nascimento até o terceiro mês de vida)

1.1. 1) O bebê está protegido do mundo exterior por uma BARREIRA DE ESTÍMULO. Isso garante que ele se mantenha num estado de QUIETUDE, em que o externo é praticamente inexistente para ele

1.1.1. Quando um estímulo é intenso demais, ele rompe a barreira, fazendo o bebê reagir com desprazer. O contrário do desprazer, nessa etapa da vida, é a quietude

1.2. 2) A reciprocidade entre mãe e filho é importante para a criança construir uma imagem coerente de seu mundo. E essa reciprocidade foi definida como DIÁLOGO, ciclo sequencial de ação-reação-ação

1.2.1. O diálogo permite que o bebê seja capaz de transformar os estímulos sem significado em signos significativos

1.3. 3) O bebê percebe os estímulos de maneira muito específica. Existem duas formas de perceber os estímulos e cada uma compõe um sistema

1.3.1. a) ORGANIZAÇÃO CENESTÉSICA: se manifesta basicamente por emoções. É a maneira como o recém-nascido percebe os estímulos do mundo externo

1.3.2. b) ORGANIZAÇÃO DIACRÍTICA: se manifesta por processos cognitivos, conscientes, e faz parte do desenvolvimento posterior

1.3.3. O que auxilia o bebê a passar da Organização Cenestésica para a Oganização Diacrítica são as zonas e órgãos sensoriais transicionais, mediadores entre a recepção interna e a percepção externa

1.4. 4) No segundo mês, o bebê começa a perceber visualmente a aproximação do adulto e, posteriormente, ele já consegue seguir um rosto humano com reações concentradas

2. ESTÁGIO PRECURSOR DO OBJETO (aproximadamente do segundo ao terceiro mês de vida)

2.1. 1) O bebê torna-se capaz de distinguir o rosto humano e investir nele a sua atenção

2.2. 2) O SORRISO é a primeira manifestação comportamental ativa e intencional do bebê. É também o primeiro organizador da psique

2.2.1. Mas para que a criança responda com um sorriso, é preciso que o rosto humano esteja de frente, movendo-se e ela possa ver os dois olhos

2.2.2. O sorriso é direcionado a qualquer pessoa e não apenas aos cuidadores. Isso significa que ainda não há uma percepção dos objetos de amor, apenas um sinal, uma Gestalt (esta identificada como um pré-objeto)

2.3. 3) Em torno dos quatro meses, o bebê consegue isolar e estabelecer uma Gestalt-sinal no rosto da mãe, ou seja, ele começa a identificá-la num universo de coisas sem sentido. Isso é o começo do processo de APRENDIZAGEM

2.3.1. Isso gera a transição de um estado em que o bebê apenas percebe emocionalmente para um estado em que ele percebe de maneira mais discriminante

2.4. 4) Nesse primeiro ano de vida, também ocorre AQUISIÇÃO DA FALA, processo complexo, de percepção e de descarga de energia

2.4.1. Como descarga de energia, inaugura a transição de um estado de passividade (em que a descarga de tensão obedece ao princípio do prazer-desprazer) para um estado de atividade (em que a descarga se torna uma fonte de satisfação)

2.4.2. Nos dois primeiros meses de vida, a criança não consegue diferenciar os sons do ambiente dos que ela mesmo produz. Já no terceiro mês, ela adquire consciência do que provém dela e do que provém do meio

2.4.3. No final do primeiro ano, quando ela repete sons e palavras da mãe, ela substitui o objeto autista, sua própria pessoa, pelo objeto do mundo externo, a pessoa da mãe

3. ESTÁGIO DO ESTABELECIMENTO DO OBJETO LIBIDINAL (aproximadamente do sexto ao oitavo mês de vida)

3.1. 1) Surge aqui uma mudança comportamental importante: a ANSIEDADE DOS OITO MESES

3.2. 2) A ANGÚSTIA frente a um rosto estranho é o segundo organizador da psique e marca a primeira manifestação de ansiedade propriedade dita

3.2.1. Ao se deparar com um rosto estranho, o bebê sente-se frustrado, porque desejava que fosse a mãe. E isso identifica que a RELAÇÃO OBJETAL foi estabelecida

3.3. 3) Nesse estágio, a criança já consegue se movimentar com mas facilidade e isso ocasiona uma mudança na relação diádica: a mãe é obrigada a reprimir muitas iniciativas do bebê, que possam colocá-lo em risco

3.3.1. Para isso, a mãe vai dizer "NÃO" com mais frequência, geralmente, enquanto balança a cabeça negativamente e impede a ação da criança. Essa iniciativa traz frustração para o bebê

3.3.2. As proibições vão sendo assimiladas, enquanto geram um conflito nele: de um lado a ligação libidinal e, de outro, a frustração

3.3.3. Dessa forma, o "NÃO" é o terceiro organizador da psique e o primeiro símbolo semântico do bebê

3.4. 4) Entre o desprazer de se opor a mãe e perder seu objeto de amor, emerge um mecanismo de defesa: a IDENTIFICAÇÃO

3.4.1. Quando ele começa a se identificar com a mãe que frustra, ele assume o domínio do "NÃO", adquirindo a primeira capacidade de julgamento e de negação

3.4.2. E, com isso, inagura-se a comunicação à distância. Surgem trocas recíprocas de mensagens, intencionais, dirigidas - origem da comunicação verbal