Trabalho offshore e a atuação do enfermeiro embarcado: uma revisão integrativa

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1. Devido às funções desempenhadas em alto mar para a extração de petróleo e derivados, o trabalhador fica exposto a certos riscos à sua saúde, como de acidentar-se.

2. O enfermeiro é o único profissional da saúde embarcado, devendo estar preparado para eventuais problemáticas envolvendo a saúde e bem estar de todos os demais embarcados.

3. Estruturação dos serviços de saúde e segurança offshore

3.1. Trabalho e segurança: como exposto, os risco do trabalho nas plataformas são inúmeros. Além do risco de acidentes com o processamento de hidrocarbonetos, e maquinários, ainda há a insalubridade do próprio ambiente de trabalho. Isso faz com que a atenção à saúde do trabalhador exista também na prevenção e precaução, exigindo estratégias e reformulações constantes que guiem os processos e funcionamento da plataforma de maneira a diminuir ao máximo os riscos, ainda que previstos, à saúde dos embarcados.

3.1.1. "[...] a Norma Regulamentadora nº 30 (NR-30)(5), originária de 1997 e reformulada nos anos de 2002, 2010 e 2013, versa sobre segurança e saúde no trabalho a bordo de plataformas e instalações de apoio empregadas com a finalidade de exploração e produção de petróleo e gás do subsolo marinho. E apesar de todo investimento em tecnologia, acidentes e adoecimentos assolam a realidade diária do setor petrolífero(4)." ANTONIOLLI, et. al., 2015

3.1.1.1. A importância da preparação extrema do enfermeiro em offshore se mostra essencial exatamente por esse exposto, considerando-se que, no âmbito de saúde, ele será o profissional responsável por evitar, gerir, administrar e remediar crises que envolvam a saúde dos trabalhadores que estão presentes na embarcação.

4. Busca pela segurança das práticas adotadas

4.1. A legislação acaba sendo uma grande aliada nesse âmbito, já que é através do que é previsto em lei que se aplicam as práticas de segurança desenvolvidas nas embarcações em direção ao cuidado com os embarcados.

4.2. Os planos para o desenvolvimento do trabalho offshore devem incluir não apenas elementos tradicionais do trabalho, como medidas de prevenção e proteção relacionadas à organização do trabalho e gestão da produção e impacto direto nos riscos de acidentes, mas também consulta e apoio a programas de bem-estar do trabalhador, como perda de peso, cessação do tabagismo e estresse Gestão e preparação pessoal.

5. Apresenta-se uma necessidade de desenvolvimento de mais e maiores pesquisas em direção ao conhecimento adquirido e aplicado pelo enfermeiro offshore, da mesma maneira, é necessário que exista um investimento maior no desenvolvimento de práticas de segurança que garantam melhores condições de trabalho para o enfermeiro offshore, que acaba sendo extremamente sobrecarregado em seu trabalho, e maior segurança para o exercício das atividades vigentes.

6. "Em ambiente offshore, o enfermeiro exerce atividades inerentes a um trabalho embarcado por um período dito confinado, em uma escala baseada em 14 dias de trabalho contínuo embarcado e 14 dias de folga, com uma carga horária diária de trabalho de 12 horas." ANTONIOLLI, et. al., 2015

7. Autoria: ANTONIOLLI, Silvana Aline Cordeiro; EMMEL, Suzel Vaz; FERREIRA, Gímerson Erick PAZ, Potiguara de Oliveira & KAISER, Dagmar Elaine.

7.1. Objetivo: Conhecer mais sobre as abordagens teóricas que acompanham a rotina do enfermeiro offshore (embarcado).

7.2. Método: Revisão Integrativa de Bibliografia.

8. O trabalho offshore é desenvolvido em plataformas petrolíferas, bem como em embarcações semissubmersíveis, que encontram-se afastadas da costa em decorrência da necessidade de perfurações em águas muito profundas.

9. Ambiente de Trabalho Offshore:

9.1. A dinâmica de trabalho offshore envolve 14 dias consecutivos embarcados, e 21 dias de folga. Assim sendo, nota-se que o convívio pessoal e vida social acabam impactados por conta desse regime. Afinal, o trabalhador dentro de sua escala, fica afastado de tudo e todos aqueles com quem convive fora do ambiente de seu trabalho, sua saúde é devidamente impactada nesse processo, e isso deve ser considerado pelo enfermeiro em sua atuação enquanto responsável pela tutela de bem estar dos embarcados.

9.2. O ambiente das embarcações é extremamente restrito, o que significa que o espaço de convivência entre os embarcados é sempre compartilhado da melhor maneira possível, mas nem sempre isso pode ser considerado ideal. A cisão entre convívio social e o isolamento proporcionados por esse regime de trabalho implicam em repercussões, principalmente, na saúde mental do trabalhador.

9.3. O trabalho em plataformas de petróleo consiste em quatro feições que se inter-relacionam e o caracterizam: simultaneamente contínuo; complexo; coletivo; perigoso.

9.3.1. Contínuo: afinal o trabalho acontece durante 24 horas por dia, ao longo do ano, de forma alternada.

9.3.2. Complexo: pois a aparelhagem é completamente interligada, impedindo a previsibilidade de incidentes e acidentes e um controle do processo como um todo.

9.3.3. Coletivo: uma vez que as atividades são completamente interdependentes, e também são divididas em equipes.

9.3.4. Perigoso: pois envolve o processamento de hidrocarbonetos, que apresentam constante risco de evaporação, explosão ou incêndio, ocasionando acidentes graves e, muitas vezes, potenciais óbitos inevitáveis.

9.4. "O trabalhador offshore, em seu ambiente de trabalho, está exposto a diversos riscos ocupacionais, sendo alguns perceptíveis, outros não. A avaliação de riscos envolve três passos básicos: identificar perigos; estimar o risco de cada perigo e decidir se o risco é tolerável. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde(39), os riscos ocupacionais podem ser classificados em químicos, biológicos, ergonômicos (psicossociais e mecânicos), de acidentes e físicos." ANTONIOLLI, et. al., 2015

9.5. Tendo em vista os riscos ocupacionais no trabalho offshore e todos os esforços para melhorar a saúde e segurança dos trabalhadores, os acidentes e doenças do trabalho são fatos relacionados, e há indícios dessa violência na reorganização da produção, o que pode levar ao absenteísmo na melhor das hipóteses

10. O trabalho do enfermeiro offshore

10.1. Existe grande importância em ressaltar a essencialidade da atuação da equipe de segurança do trabalho, juntamente com o enfermeiro offshore, para que haja uma melhor e maior promoção da saúde dentro das embarcações.

10.1.1. Os enfermeiros participam do planejamento, implementação e avaliação do plano para garantir a continuidade das operações e viabilizar a saúde e segurança dos trabalhadores da indústria petrolífera offshore, promover no local, cuidados e orientações de saúde e inspeções sanitárias, com o objetivo de promover vigorosamente a saúde e segurança das operações offshore. Claro, esse é um trabalho inovador, específico e complexo, e é um grande desafio para a enfermagem.

11. Conclusão: