
1. INTRODUÇÃO
1.1. Práticas de ensino repensadas: globalização e utilização de TDIC.
1.2. Ensino de inglês vai além de entender o código linguístico: que inglês ensinar-aprender na escola pública?
1.2.1. Ingês mundial; Rajagopalan (2018); BNCC, inglês como língua franca.
1.3. Contato com os recursos digitais; fake news; critérios de seleção dos fatos.
1.3.1. Intervenção da escola na formação de sujeitos críticos, éticos e responsáveis por suas ações.
1.4. Ensino: práticas - multimodalidade e a multiculturalidade dos textos, sem discriminação ou marginalização.
1.5. Avaliam-se os efeitos de uma proposta de ensino de inglês como língua franca que se baseou na pedagogia dos multiletramentos para compor quatro atividades sobre o tema fake news e desenvolvê-las com o uso do aplicativo WhatsApp.
2. 1. PEDAGOGIA DOS MULTILETRAMENTOS
2.1. A pedagogia dos multiletramentos propõe um ensino que promova tanto os conhecimentos relativos aos aspectos culturais, respeitando fatores históricos e sociais sem discriminação ou marginalização de culturas, como a multiplicidade de linguagens nas mais diversas formas de comunicação.
2.1.1. Cope e Kalantzis (2015): Aprendizagem por design, Pedagogia dos Multiletramentos, o experienciar, o conceituar, o analisar e o aplicar.
2.1.1.1. Experienciar o conhecido e experienciar o novo; experiências pessoais e exposição aos fatos do mundo real.
2.1.1.2. O conceituar diz respeito aos conhecimentos relativos à escolarização; o conceituar por nomeação e o conceituar por teoria.
2.1.1.3. No analisar, a criticidade deve ser a base para a construção do conhecimento. Exposição do raciocínio em forma de explicação e argumentação. Ser funcionalmente analítico e estar atento às relações de poder em que a aprendizagem está envolvida
2.1.1.4. O aplicar é concernente à prática dos conhecimentos de modo a intervir ativamente. Duas formas: o aplicar apropriadamente, que se resume em ações ou realizações com base em formas pré-estabelecidas em um determinado contexto; e o aplicar criativamente, que se concretiza na adaptação de conhecimentos e na capacidade de elaboração de uma configuração distinta daquela de origem, intervindo no mundo de forma inovadora e criativa.
2.1.2. Os estudantes são convidados a construírem conhecimento tendo como ponto de partida suas próprias experiências, para, então, assimilar novos conceitos, formular definições próprias, desenvolver o pensamento crítico e fazer uso desses conhecimentos para suprir as necessidades exigidas pela sociedade atual.
3. 2 PERCURSO METODOLÓGICO
3.1. A proposta foi desenvolvida no contexto de uma escola pública do interior do estado do Ceará, Brasil, e avaliada por meio da percepção dos alunos, que responderam a um questionário de perguntas abertas sobre a experiência.
3.1.1. As quatro atividades foram realizadas em duas semanas com dez alunos voluntários que cursavam a primeira série do ensino médio em 2019 e que apresentavam baixo rendimento nos dois primeiros bimestres do ano.
3.1.1.1. Foram priorizados textos da esfera jornalística circulados nos ambientes digitais por meio de charge, vídeo, postagem em blog e memes.
3.1.1.2. Experienciar por meio da charge: Resolução de um questionário sobre o tema fakenews. Elaboração de um título pra a charge.
3.1.1.3. Conceituar por meio de vídeo informativo: Produção de um mapa mental sobre as características das fake news. Elaboração do conceito de fake news.
3.1.1.4. Analisar por meio da postagem em blog: preenchimento de uma tabela de custo benefício das pessoas envolvidas com produção e circulação de fake news.
3.1.1.5. Aplicar por meio da elaboração de memes: Produção de um meme sobre fake news.
3.1.2. As investigações realizadas por meio de intervenção pedagógica vinculam-se à produção do conhecimento em Linguística Aplicada INdisciplinar, que pressupõe uma ética que se constitui no diálogo aberto imbuído de valores democraticamente definidos na esfera pública por meio da explicitação das razões pelas quais se age (FABRÍCIO, 2006).
4. 3 DISCUSSÃO DOS DADOS
4.1. 5 categorias: fontes consultadas, interações, avaliação da tecnologia, aprendizagem de inglês, sugestões de outros materiais.
4.1.1. Fontes consultadas: os dados revelam que 9 dos 10 estudantes fizeram uso exclusivamente da internet nesse processo, mais especificamente do Google Tradutor.
4.1.2. Interações: Dos 10 alunos, 7 relataram que precisaram da ajuda da professora ou dos colegas, enquanto 3 afirmaram que puderam resolver as atividades sem ajuda.
4.1.3. Avaliação da tecnologia: Atribuição de uma nota de 0 a 10 e a justificação da avaliação. Apenas um dos alunos (estudante E) respondeu de forma negativa, destacando que a tecnologia contribuiu pouco para a resolução das atividades e estipulou nota menor que 50% de aproveitamento (4). Quatro dos outros alunos relataram que a tecnologia contribuiu muito e que a maioria das informações tiveram como fonte o próprio uso da tecnologia. Um aluno (estudante B) deu a nota 8 e enfatizou que também usou o dicionário.
4.1.4. Compreensão sobre a aprendizagem da língua inglesa:2 estudantes expuseram não ter aprendido muito, porém os demais relataram que a intervenção facilitou a aprendizagem e que, por meio dela, descobriram sentidos de novas palavras, inclusive de fake news. Do ponto de vista dos alunos, a intervenção ajudou tanto na aprendizagem da língua quanto na aprendizagem tecnológica, pois possibilitou o uso de tecnologias digitais pela primeira vez na busca da construção da aprendizagem (estudante C).
4.1.5. Sugestões de outros materiais e recursos. Em síntese, foram apontados: músicas, livros, CDs, filmes, teatro, revistas em quadrinhos, tirinhas e séries legendadas.