1. Conceitos
1.1. Estuda a expressão cognitiva e comportamental das diferentes lesões e disfunções cerebrais.
1.1.1. COGNIÇÃO: tudo que envolve processos mentais relacionados à: conhecimentos, aprendizado, percepção, juízo, lembrança e pensamento.
1.1.1.1. É a ciência que tem o objetivo que é bem especifico da investigação do papel dos sistemas cerebrais individuais nas formas complexas da atividade mental.
1.2. Neuropsicologia
1.2.1. Papel clínico
1.2.1.1. Atuar no diagnóstico e consequente estabelecimento de programas reabilitatórios para indivíduos com qualquer tipo de sequela neuronal.
1.3. Luria(1981)
1.3.1. "Neuropsicologia é a área específica da Psicologia que tem como objetivo peculiar a investigação do papel de sistemas cerebrais individuais em formas complexas de atividades mentais. “Discutir os sistemas do cérebro que participam na construção de percepção e ação, de fala e inteligência, de movimento e atividade consciente dirigida a metas.”
1.4. Existem três tipos de interação entre o cérebro e o processo mental necessário para o desenvolvimento da atividade mental:
1.4.1. A unidade de atenção
1.4.2. A unidade de codificação e processamento
1.4.3. A unidade de planificação.
1.5. Malloy-Diniz (2010) considera como demanda da avaliação neuropsicológica:
1.5.1. 1. a quantificação e a qualificação detalhadas de alterações das funções cognitivas, buscando diagnóstico ou detecção precoce de sintomas, tanto em clínica quanto em pesquisa
1.5.2. 2. A avaliação e a reavaliação para acompanhamento dos tratamentos cirúrgicos, medicamentosos e de reabilitação;
1.5.3. 3. A avaliação direcionada para o tratamento, visando principalmente à programação de reabilitação neuropsicológica;
1.5.4. 4. A avaliação voltada para os aspectos legais, gerando informações e documentos sobre as condições ocupacionais ou incapacidades mentais de pessoas que sofreram algum insulto cerebral ou doença, afetando o sistema nervoso central.
2. Fases:
2.1. Séc XVII: Cérebro controlava as funções do corpo = localização de funções. (Surge a ideia de relacionar estruturas e funções cerebrais, ou seja, de descobrir se determinadas áreas do cérebro tinham funções específicas ).
2.1.1. Descartes: Mente e o corpo separados, porém interligados = Dualismo Cartesiano. (O corpo não era nada além de uma máquina orgânica, governada pelo reflexo, que Descartes definia como uma unidade de ação mecânica, previsível e determinística. Nesse sentido, o cérebro seria importante para o trabalho mecânico, já a atividade mental dependeria da alma).
2.2. Década de 80: Psicólogos cognitivos juntaram forças com os neurocientistas, cientistas da computação e filósofos, para desenvolver uma visão integrada da mente e do cérebro.
2.3. Evidências convincentes de que determinadas áreas do cérebro estavam envolvidas com funções específicas.
2.4. Séc XX: Solidificação de várias áreas de pesquisa permitindo que os conceitos psicológicos, somados aos de outras ciências, constituíssem a neuropsicologia.
2.5. Avanços da neuropsicologia e da psicologia cognitiva = encontro das duas áreas, proporcionando abertura de um canal de comunicação.
2.6. Década de 90: Neurociência cognitiva (crença de que o cérebro possibilita a mente e permite as atividades cognitivas como o pensamento, a linguagem e a memória).
2.7. Confirmação da tese hipocrática: Galeno (130-200 d.C.) propôs uma das primeiras teorias do funcionamento cerebral, postulando que espíritos animais habitavam a mente.
2.8. Construção de conceitos imprescindíveis à prática clínica da neuropsicologia foi enriquecida a partir do desenvolvimento de pesquisas científicas.
2.8.1. Pós guerra: Neuropsicologia torna-se uma ciência propriamente dita.