REFORMA DEMOLIDORA

1. CONFUSÃO NA PORTA

1.1. No ambiente de insatisfação com a igreja, quem deu o primeiro passo para uma mudança séria foi um monge alemão com doutorado que dava aula na universidade de Wittenberg.

1.2. O Lutero se tornou um monge exemplar. Apesar disso, sua consequência vivia a atormentada. Ele temia a justiça de Deus, acreditando que os seres humanos eram tão pecadores que jamais seriam capazes de alcançar a salvação.

2. TEMPOS MODERNOS

2.1. Após passar uma temporada escondido, Lutero voltou a dar aulas em Wittenberg, protegido pelo príncipe Frederico III da Saxônia dizia que só a Bíblia poderia ser considerada a palavra de Deus e que todos os cristões eram sacerdotes.

2.2. Na Alemanha, alguns defensores das ideias de Lutero ,como o padre Thomas Müntzer, começaram a interpretar a reforma de um ponto de vista social.

2.3. Na década de 1520 em 1530, o luteranismo se tornou tão influente na Escandinávia que acabou levantando a um rompimento da região com Roma. Já na Inglaterra o rei Henrique VIII, queria que o Papa anulasse seu casamento com Catarina de Aragão.

3. Há 490 anos, Martinho Lutero iniciou a Reforma Protestante. O movimento –que incluiu renovação espiritual, mudanças sociais e politicagem – rachou a Europa e ajudou a forjar o mundo atual.

4. Quem vive no século 21 costuma ter dificuldades para entender a obsessão dos antigos europeus com o fim do mundo.

5. Graças ao ex-monge alemão e a uma geração de reformadores religiosos, um mundo, pelo menos,já tinha acabado:aquele que,durante mais de 1100 anos,unirá os cristãos do Ocidente.

6. TREMORES NAS FUNDAÇÕES

6.1. No começo do século 16, "falar em reforma"era conversa velha. Fazia centenas de anos que os intelectuais e místicos europeus malhavam a bagunça gerenciada que parecia ter tomado conta da igreja.

6.2. A revolta do Lutero contra a venda de indulgências, em 1517, achou mundo cristão

6.3. Os críticos atacavam a vida de riqueza e luxúria dos líderes católicos e ficavam exasperados com a maneira como os altos cargos da hierarquia eclesiástica (que muitas vezes eram acompanhados pela posse de ricos feudos) viravam moeda de troca política. Mas o hábito que provavelmente mais escandalizava os intelectuais era a venda de indulgências. Com doação a Santa Sé, os cristões mais abastados podiam, em tese, reproduzir o tempo no purgatório e agilizar sua ida ao Paraíso – era quase como comprar um lugar no céu.