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SÍFILIS by Mind Map: SÍFILIS

1. Causada pela bactéria Treponema pallidum.

2. Diagnóstico

2.1. Identificação do antígeno

2.1.1. Servem para diagnóstico das lesões sifilíticas em atividade, como cancro duro, condiloma plano, sifílides e sífilis congênita precoce. O método de eleição é o campo escuro (a coloração torna imóveis os treponemas cujo diagnóstico diferencial com os outros treponemas não pode ser realizado).

2.1.2. > Campo escuro

2.1.3. > Coloração de lâmina

2.1.4. > Imunofluorescência direta

2.2. Sorologia

2.2.1. São utilizados para triagem e acompanhamento após tratamento. São altamente sensíveis.

2.2.2. > Reações não treponêmicas (testes reagínicos não específicos): VDRL, RPR.

2.2.3. > Reações treponêmicas: TPI, FTA-abs, TPHA, ELISA.

2.2.3.1. Os testes treponêmicos detectam anticorpos específicos produzidos pela infecção pelo T. pallidum. São raros os casos de falso-positivo.

2.3. O VDRL torna-se positivo de 30 a 50 dias após a inoculação.

2.4. Um resultado negativo não exclui o diagnóstico de sífilis primária.

3. De fácil detecção e de tratamento simples, barato e 100% eficaz.

4. Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano,

5. >Tratar sempre o parceiro, mesmo que sorologicamente negativo.

6. Primária e Secundária

6.1. Sífilis Primária

6.1.1. Também chamada de cancro duro ou protossifiloma.

6.1.2. Surge de 1 a 3 semanas (podendo chegar a 3 meses) após o contágio (geralmente pele lesada ou mucosa).

6.1.3. Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.

6.1.3.1. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha

6.1.4. Persistem por 6 a 7 semanas e desaparecem espontaneamente. Após tratamento, curam rapidamente e deixam de ser infectantes em 24 horas.

6.2. Sífilis Secundária

6.2.1. Quando a sífilis não é tratada na fase primária, evolui para sífilis secundária, período em que o treponema já invadiu todos os órgãos e líquidos do corpo.

6.2.2. Presença de lesões polimorfas, como as roséolas (pápulas ou lesões planas eritematosas que acometem principalmente o tronco); e as sifílides (lesões papuloerosivas, pustulosas e hipertróficas, que acometem a cavidade oral, genital, palmas das mãos e planta dos pés.

6.2.3. Surgem 6 semanas a 6 meses após o contágio (geralmente 4 a 8 semanas após o cancro) e duram de 3 a 12 semanas.

6.2.4. A confluência das lesões papulosas forma placas secretantes e com muitos parasitas, denominadas condiloma plano.

6.2.5. Sintomas sistêmicos como mialgia, artralgia, mal-estar e febrícula são frequentes.

6.2.6. Desaparecem sem deixar cicatriz (raramente persistem áreas hipocrômicas). A adenopatia pode persistir por meses antes de desaparecer.

7. É uma doença de evolução lenta.

7.1. Quando não tratada, alterna períodos sintomáticos e assintomáticos, com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas.

7.2. Observação: o comprometimento do SNC (neurossífilis) pode ocorrer em qualquer estágio da sífilis.

8. Tratamento

8.1. O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, que poderá ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.

8.2. Para se prevenir à reação de Jarisch-Herxheimer (reação febril com cefaleia, mialgia, exantemas, etc.), podem ser administrados 40 mg de metilprednisona 30 minutos antes da penicilina. Em pacientes que apresentarem uma reação à liberação treponêmica na circulação (reação de Jarisch-Herxheimer), podem ocorrer quadros sistêmicos

9. Precauções

9.1. > Recomendar abstinência sexual até comprovar cura.

9.2. > Repetir VDRL quantitativo 6, 12 e 24 meses após o tratamento, exceto nos casos com sorologia decrescente.

10. Período de incubação:

10.1. 10 a 90 dias -média de 21 dias - inversamente proporcional ao tamanho da inoculação.