Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa
by Tatiane Thalya Vieira dos Santos
1. Breve panorama do ensino da língua portuguesa no Brasil
1.1. Até o século XVIII o português não era a língua oficial.
1.2. Os jesuítas pregavam em latim.
1.3. Os índios possuíam uma grande diversidade linguística, principalmente o tupi-guarani.
1.4. A nossa língua possui traços da língua Africana, trazida pelos escravos.
1.5. Antonio Houaiss (1985) afirma que a língua portuguesa é fruto da diversidade.
1.6. A língua portuguesa não fazia parte do currículo escolar.
1.7. A alfabetização era feita através da língua portuguesa, mas o latim prevalecia no ensino acadêmico.
1.8. A pequena parte da elite era escolarizada, em latim.
1.9. Marquês de Pombal obrigou o ensino da língua de português e proibiu a utilização de outras linguá, em Portugal e em suas colônias.
1.10. A disciplina de Língua portuguesa surge no final do século XIX 1950 a 1960 houve o processo de democratização do ensino, onde todos tinham direito a educação.
1.11. Década de 1960: Linguística é incluso ao curso de Letras.
1.12. Década de 1970: houve uma grande crise educacional, onde os alunos possuíam dificuldades de articula-se de forma oral ou escrita.
1.13. Década de 1980: há uma mudança nos paradigmas da língua portuguesa, onde a linguagem foi vista como algo social, vivo e mutável.
1.14. Alfabetização e letramento foi aprimorado e visto como forma de inserção na sociedade da leitura e da escrita, no final do século XIX e início do século XX.
1.15. Em 1990 o ensino de Língua Portuguesa ainda era visto como tradicional (memorização, fora da realidade do aluno e dissociável).
2. Abordagens teóricas relacionadas à aquisição da linguagem
2.1. Skiner / Behavorismo: A linguagem se dá por meio de estímulo/resposta.
2.2. Chonsky / Inatismo: A linguagem é inata e superior a qualquer outra habilidade humana.
2.3. Piaget/ Cognitivismo: A inteligência desenvolve a linguagem.
2.4. Vygotsky / Interacionismo: A linguagem só se desenvolve por meio da interação de crianças com os adultos.
3. Principais áreas dos estudos linguísticos.
3.1. Semiótica: Estudo científico da linguagem.
3.2. Fonética: Estuda os sons da fala.
3.3. Fonologia: Estuda os fonemas (estrutura sonora da língua).
3.4. Morfologia: Estuda as regras de combinação entre os morfemas formando unidades maiores.
3.5. Sintaxe: Estuda as palavras como elementos das frases.
3.6. Semântica: Determina o significado das palavras e da interpretação das sentenças.
3.7. Pragmática: Estuda a linguagem no contexto de seu uso na comunicação.
3.8. Linguística Textual: Estuda o texto e seus elementos de análise como: coerência e coesão.
3.9. Análise do discurso: Entende o que está envolvido na estruturação do texto oral ou escrito.
3.10. Neurolinguística: Busca relações entre a linguagem e o cérebro, é uma área híbrida, que mescla neurociência e linguística.
3.11. Psicolinguística: Junção da psicologia com a linguística para melhor compreensão dos processos mentais relacionados com a produção da linguagem.
3.12. Sociolinguística: lida com as relações entre linguagem e sociedade; mostra os problemas da variação linguística e da norma culta. Não há juízo de valor.
4. Língua escrita x Língua falada.
4.1. Língua escrita: Deve ser específica para criar o próprio contexto, a escrita é permanente, Estruturação e organização da linguagem em forma textual, recursos gráficos (pontuação, letras maiúsculas e minúsculas, etc).
4.2. Língua falada: Sempre tem um contexto com referências claras, interação com reações imediatas verbais e não verbais, acontecem hesitações, redundâncias e concordâncias, recursos para transmissão de significados (entonação, gestos e expressões faciais.)
5. Variedades Linguísticas
5.1. A variação linguística pode ocorrer em todos os níveis da língua: lexical, fonético, morfológico e sintático, que estão vinculados a três tipos de fatores: geográficos; sociais e socioculturais; de contexto.
6. Preconceito Linguístico
6.1. É a forma de discriminação social que consiste em julgar o indivíduo pela forma como ele se comunica, seja oralmente, seja por escrito.
7. Falar x Ouvir
7.1. Identificação Fonológica- Identificamos primeiro as palavras.
7.2. Identificação Léxica – palavras.
7.3. Identificação Sintática – estruturação de uma frase.
7.4. Identificação Semântica – significado.
7.5. Linguagem verbal: leitura e escrita
7.6. Linguagem oral: escuta e fala.
8. Leitura
8.1. A leitura é muito importante no processo da escrita, auxiliando o leitor na ampliação do seu vocábulo.
8.2. O dicionario léxico só é formado com a pratica constante de leitura.
8.3. Modelo Ascendente - Bottom-UP: O leitor constrói o texto da menor parte (letra) para a maior parte (texto), de forma linear.
8.4. Modelo Descendeste - Top Down: O leitor busca levar a sua realidade para a leitura.
8.5. Modelo Alternativo: O leitor já maduro no processo de leitura, irá alternar o modelo ascendeste e o modelo descendeste.
8.6. Influência da família: Criar o habito de leitura no cotidiano da família, faz com que a criança se naturalize com o habito de ler.
8.7. Influência da escola: A escola deve incentivar o aluno na pratica d literatura, favorecendo ambientes como bibliotecas e trocas de experiencias com outros alunos.
8.8. Influencia da comunidade: Uma comunidade com habito de leitura, é uma sociedade mais rica de conhecimento.
8.9. Influência pessoal: O individuo deve gostar, criar o habito de ler e encontrar uma leitura de acordo com a sua personalidade/ gosto.
8.10. A leitura e a escrita se completam.
8.11. O professor é o maior incentivador para que o aluno tenham uma leitura de qualidade.
8.12. Estrategias para trabalhar a leitura na escola:
8.12.1. Poesia;
8.12.2. Varal Literário;
8.12.3. Limeriques;
8.12.4. Contos e crônicas;
8.12.5. Saraus etc.
8.13. Condições favoráveis para leitura (PCN:)
8.13.1. Criação de biblioteca;
8.13.2. Acervo diversificado;
8.13.3. Escolha de livros, por parte do aluno;
8.13.4. Ler para a turma;
8.13.5. Ambiente sem barulho etc.