Semiologia Respiratória

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Semiologia Respiratória by Mind Map: Semiologia Respiratória

1. Embriologia do Sistema Respiratório

1.1. Período Canalicular (17 à 26° SG

1.1.1. Grande proliferação das formações de vãos sanguíneos; Células epiteliais -> diferenciação Pneumócito I e II; Aproximação alvéolo-capilar; Viabilidade do RN. Formação de unidades respiratórias -> ácinos (bronquíolo respiratório, ductos, sacos alveolares e alvéolos )

1.2. Período Sacular (27 à 35° SG)

1.2.1. Grande expansão alveolar e capilar; Adelgaçamento do interstício; 26 à 28° SG: mudança drástica nas unidades de troca- bronquíolos terminais ramificam-se e tornam-se cilíndricas com parece lisa-> maior capacidade de troca.

1.3. Período Alveolar (36° SG - termo)

1.3.1. Aparecimento da ventilação colateral-> poros interalveolares (poros de Khon), os canais bronquíolos- alveolares (canais de Lambert) e os canais interbronquiolares (canais de martin). Aumento da superfície alveolar e do volume pulmonar; Alteração da disposição dos capilares – vasos alveolares entre os alvéolos -> maior capacidade de troca; Ao final da gestação -> 50 milhões de alvéolos

1.4. *As vias aéreas são formadas ate a 16ª. Semana de idade gestacional (IG); *Alveolização começa após o desenvolvimento completo das vias aéreas condutoras, principalmente após nascimento;

2. Mecânica Respiratória

2.1. Tipo de respiração : abdominal;

2.2. Facilidade para apresentar sinais de desconforto respiratório;

2.3. Tiragem sub diafragmática como fisiológica.

2.4. Menor zona de aposição diafragmática-> Consequências desfavoráveis para a mecânica respiratória do RN e menores volumes pulmonares.

3. Sinais de Desconforto Respiratório

3.1. Tiragem intercostal

3.1.1. É uma depressão dos espaços intercostais, da região supraclavicular e da região esternal durante a inspiração. Achados bilaterais podem estar associados à diminuição da complacência pulmonar (como edema e fibrose pulmonar); porém, obstruções brônquicas podem gerar alterações unilaterais.

3.2. Gemido expiratório

3.3. Tiragem Fúrcula

3.3.1. Tem o objetivo de aumentar a capacidade residual funcional, a respiração acontece sofrendo a resistência do fechamento parcial da glote.

3.3.2. Quando está acima do osso esterno;

3.4. Subdiafragmática

3.4.1. Quando a retração se encontra abaixo do osso esterno

3.5. Batimentos de asas nasal (BAN)

3.5.1. É uma dilatação das narinas por ação muscular na tentativa de aumentar o calibre da via aérea e reduzir a resistência.

3.6. Taquipneia

3.6.1. Pode estar associada à necessidade de manutenção do volume-minuto por redução de volume corrente ventilado.

3.7. Retração do tórax

3.7.1. Comum em RN em razão da alta complacência torácica e das altas pressões negativas intratorácicas que podem ser geradas durante a inspiração.

3.8. Estridor laríngeo

3.8.1. Gerado por obstrução parcial de laringe ou traqueia provocando um ruído com característica rude, comum depois da retirada de prótese traqueal por surgimento de edema regional.

3.9. Extensão cervical

3.9.1. Pode ocorrer uma discreta extensão da região do pescoço durante o desconforto respiratório, com o objetivo de reduzir a resistência da via aérea.

3.10. Cianose

3.10.1. Pode não ser um achado relevante em criança até o quarto mês de vida (anemia fisiológica causada pela substituição da hemoglobina fetal pela do adulto) e em crianças com cardiopatias congênitas.

4. Ritmo Respiratório

4.1. É classificado de acordo com a frequência respiratória do neonato em eupneia (frequência respiratória normal), bradipneia (redução do número dos movimentos respiratórios) e taquipneia (frequência respiratória aumentada).

5. É classificado de acordo com a frequência respiratória do neonato em eupneia (frequência respiratória normal), bradipneia (redução do número dos movimentos respiratórios) e taquipneia (frequência respiratória aumentada).

6. Aspectos peculiares da criança e do RN

6.1. - Aos 10 anos: distribuição da ventilação que privilegia o pulmão supralateral pressão pleural próxima à pressão atmosférica->Fechamento precoce das vias aéreas.

6.2. Vias aéreas superiores -Laringe mais alta, a qual migra em direção ao pescoço ate os dois anos -> traqueia extratorácica livre. -Traqueia com anéis cartilaginosos-> posicionamento adequado da cabeça.

7. Objetivos da Fisioterapia

7.1. *Prevenir complicações decorrentes da obstrução das vias aéreas por secreção, como hiperinsuflação pulmonar, atelectasia, distúrbio na relação ventilação/perfusão. • Diminuir os riscos de infecção pulmonar. • Manter oxigenação e ventilação pulmonar adequadas. • Diminuir o trabalho respiratório. • Promover a reexpansão pulmonar. •Prevenir fixações posturais e deformidades.

8. Avaliação Fisioterapêutica

8.1. A avaliação fisioterapêutica do RN de alto risco se diferencia da realizada em outros pacientes pediátricos ou mesmo em adultos em função de diversos fatores, que vão desde as peculiaridades anatômicas e fisiológicas até as relacionadas com o sistema imunológico dos neonatos.

8.2. A avaliação é dividida em algumas partes:

8.2.1. Anamnese

8.2.1.1. Ela deve incluir a identificação do RN, que na maioria das vezes está relacionada com a identificação materna. Na avaliação da queixa principal, a história da moléstia atual e pregressa e os antecedentes familiares integram a anamnese e são de extrema importância.

8.2.2. Palpação

8.2.2.1. A palpação é utilizada para complementar as informações coletadas na inspeção. *Edema, enfisema subcutâneo, percussão torácica

8.2.3. Ausculta Pulmonar

8.2.3.1. Ela integra a avaliação respiratória do neonato e é considerada um método bastante simples e rápido, o qual possibilita a obtenção de dados sobre as doenças pulmonares. Inicialmente, devem ser auscultadas as vias aéreas superiores (nariz e traqueia) para verificar a influência das vias aéreas na transmissão de ruídos ao pulmão.

8.2.4. Inspeção Respiratória

8.2.4.1. Consiste na observação de fatores como tipo de tórax, padrão respiratório, frequência respiratória, ritmo respiratório, expansibilidade torácica e sinais de desconforto respiratório.

8.2.4.1.1. O padrão respiratório do RN é predominantemente abdominal ou diafragmático. As particularidades do sistema respiratório do neonato, como horizontalização das costelas, redução da capacidade residual funcional (CRF) e diminuição da ativação da musculatura intercostal, justificam esse padrão respiratório.

8.2.5. Deformidades torácicas

8.2.5.1. Tórax em tonel

8.2.5.2. Tórax infundibuliforme

8.2.5.3. Tórax cariniforme