Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1)

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Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) by Mind Map: Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1)

1. Caracteristicas da Doença

1.1. Ocorre quando a produção de insulina do sistema endócrino é insuficiente, pois suas células sofrem de destruição autoimune. O pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem a esse hormônio.

1.2. O sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta pancreáticas. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia.

1.3. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de Diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.

1.4. A doença surge em geral na infância e na adolescência mas pode ser diagnosticado em adultos também.

2. Sinais e Sintomas

2.1. Poliúria (Excesso de Urina)

2.1.1. Isso se deve ao excesso de glicose no sangue que faz com que os rins tenham dificuldade de concentrar a urina, resultando numa urina muito diluída.

2.2. Polidipsia (Sede Constante)

2.2.1. Como a pessoa perde muita água pela urina, ela necessita de mais líquidos para repor.

2.3. Polifagia (Muita Fome)

2.3.1. Isso acontece porque o organismo não consegue usar a glicose como fonte de energia primária.

2.4. Perda de Peso

2.4.1. Apesar da pessoa comer mais, ela tem perda de peso não intencional. Isso acontece porque o corpo não consegue usar glicose como fonte de energia, então acaba recorrendo a gordura.

2.5. Cansaço e Fraqueza

2.5.1. Isso se deve ao fato da dificuldade do corpo em produzir ATP (energia).

2.6. Hálito Cetônico

2.6.1. Mau hálito provém do excesso de corpos cetônicos, ocorre geralmente quando o corpo não consegue transformar glicose em energia, por insuficiência de insulina. Então ele utiliza a gordura do corpo, e neste processo formam os corpos cetonicos.

2.7. Visão Embaçada

2.7.1. Isso se deve ao fato do excesso de glicose causar um inchaço do cristalino

2.8. Infecções

2.8.1. O alteramento do funcionamento das células de defesas podem causar distúrbios, apresentando riscos maiores de infecções.

2.9. Cicatrização Ineficiente

2.9.1. O excesso de glicose resulta na diminuição da função das células responsáveis pela reparação dos tecidos, apresentando também dificuldades para criar novos vasos sanguíneos.

3. Tratamento

3.1. Controle da dieta

3.1.1. Em relação a alimentação, é preferível consumir alimentos ricos em fibras, pois estes ajudam a diminuir a velocidade que a glicose é liberada no sangue. É recomendado realizar até seis refeições ao dia e não ficar sem alimentar-se por muito tempo, é sugerido também minimizar o consumo de doces.

3.1.1.1. A orientação, não impõe-se unicamente há indivíduos que detêm a Diabetes Tipo 1, como para qualquer indivíduo, detendo ou não esta condição.

3.1.2. Administração regular de glicemia (até 6 vezes ao dia)

3.1.2.1. Administra-se a Insulina de ação rápida, regular, intermediária e ação prolongada de acordo com as necessidades.

3.2. Prática de exercícios físicos

3.2.1. Ajuda a melhorar o controle da glicemia, além de reduzir riscos cardiovasculares, contribuindo para a perda de peso e boa disposição.

3.3. Monitoramento frequente da glicemia pelo paciente, através de tiras reagentes e glicosímetro

3.3.1. Glicemia Capilar

3.3.1.1. O intuito do tratamento é manter o valor da hemoglobina glicosilada abaixo de 7%. Com isto, o paciente deve procurar manter a glicemia antes das refeições entre 80 e 130 mg/dl e após as refeições abaixo de 180 mg/dl.

3.3.1.2. É feito com objetivo de verificar os níveis de glicemia no sangue em determinado momento do dia. Para isso, deve ser utilizado um aparelho de glicemia que realiza a análise de uma pequena gota de sangue que é retirada da ponta do dedo.

3.3.1.2.1. Indicado para pessoas que possuem:

3.3.1.2.2. Modo prático de avaliar, mais de uma vez ao dia, a variação da glicemia. Permitindo fazer ajustes pontuais na dose e no horário dos medicamentos antidiabéticos, principalmente a insulina.

4. Sistemas Afetados

4.1. Sistema Nervoso

4.1.1. Nervos

4.1.1.1. A Neuropatia Diabética: diminuição da sensibilidade dos pés.

4.1.1.1.1. Isso acontece, dado que, o excesso de açúcar pode lesionar os capilares, que nutrem os nervos e ocasionando na perda de sensações dos membros afetados.

4.1.2. Cérebro

4.1.2.1. Acidente Vascular Cerebral

4.1.2.1.1. O alto nível de glicose aumenta consideravelmente as chances de AVC, gerando problemas sobretudo cardiovasculares.

4.1.2.2. Aumento de Prevalência de Demência

4.1.2.2.1. Disfunção Cognitiva

4.1.2.2.2. Características na Ressonância Magnética

4.1.3. Olhos

4.1.3.1. Retinopatia diabética: causando cegueira

4.1.3.1.1. A Diabetes pode danificar os vasos sanguíneos da retina, podendo causar além da cegueira catarata.

4.2. Sistema Circulatório

4.2.1. Cardiovascular

4.2.1.1. Infarto Agudo do Miocárdio

4.2.1.1.1. O alto nível de glicose aumenta a pressão sanguínea e gera grandes problemas cardiovasculares.

4.2.2. Glicose demasiadamente no sangue, vem a ser tóxica para as células.

4.2.2.1. Complicações

4.2.2.1.1. Macrovasculares

4.2.2.1.2. Microvasculares

4.3. Sistema Digestório

4.3.1. Uma vez que, o Sistema Imunológico ataca as Ilhotas Pancreáticas (ou Ilhotas de Langerhans), eliminando o suficiente a ponto de cessar a produção de insulina.

4.4. Sistema Urinário

4.4.1. Nefropatia Diabética: causando doença renal crônica.

4.4.1.1. Os rins contêm um monte de vasos sanguíneos que filtram o sangue. A diabetes pode danificar o sistema de filtração, causando falência dos rins.

5. Diagnósticos

5.1. Exame de Urina

5.1.1. Pode auxiliar no diagnóstico uma vez que identifica a presença de glicosúria e eventualmente de cetonúria.

5.2. Exame de Glicemia

5.2.1. Feito em jejum, onde os níveis de glicose no sangue devem estar abaixo do 100 mg/dL. Este é o valor normal e desejado para todos.

5.2.2. Eventualmente o paciente pode dosar sua glicemia sem estar em jejum, e às vezes, esse valor pode ser útil. Após uma alimentação, fatalmente nossa glicemia estará acima de 126 mg/dL, o que obviamente não indica diabetes, não ultrapassando o valor de 200 mg/dL em momento algum, retornando aos valores normais após mais ou menos 3 horas.

5.3. Hemoglobina Glicolisada (HbA1C ou A1C)

5.3.1. Objetiva avaliar níveis glicêmicos e controle deles no corpo. Os dados são analisados medindo a glicose sanguínea que se liga à molécula de hemoglobina. Sabe-se que quanto maior o nível de glicose na circulação, maior será a ligação da glicose com a hemoglobina. Temos assim que o resultado do teste de A1C é dado em porcentagem de hemoglobina ligada à glicose.

5.3.1.1. Valores de referencia para diagnóstico: A1C abaixo de 5,7% = ausência de diabetes; A1C entre 5,7% e 6,4% = presença de pré-diabetes; A1C maior ou igual a 6,5% = diabetes mal controlado.

5.4. Dosagem de Anticorpos

5.4.1. Dosagem de anticorpos IAA, GAD, ICA512 e antitransportador do Zinco podem confirmar a origem autoimune da doença.

5.5. Dosagem do Peptídeo C

5.5.1. É uma proteína liberada juntamente com a insulina, então a dosagem do peptídeo C seria uma forma de avaliar a liberação de insulina. A diabete tipo 1 apresenta níveis a baixos do valor normal.

5.6. Sugerido: Hemograma Completo

5.6.1. Avaliação da saúde geral do paciente, uma vez que a Diabetes tipo 1 pode aumentar a incidência de outras como o hipertireoidismo ou hipotireoidismo.