1. Cloroquina
1.1. Associada com o metronidazol para tratar abcessos hepáticos, além de ser eficaz no tratamento da malária (exceto nas cepas resistentes)
1.2. Ocorre um aumento do pH e um acúmulo de heme que resulta em lesões oxidativas, levando à lise do parasita e do eritrócito
1.3. Absorvida completamente por via oral, se concentra nos eritrócitos, fígado, baço, rins, pulmões, tecidos com melanina e nos leucócitos
1.4. Em dosagem maior pode ocorrer: desconforto IG, prurido, celafeia, visão turva
2. Primaquina
2.1. Antimalárico de via oral que extermina os tecidos de plasmódios e as formas exoeritrocíticas secundárias de malária recorrente. Além disso, destrói as formas sexuadas dos plasmódios, o que impede a transmissão da doença
2.2. Atua como oxidante responsável pela ação esquizonticida
2.3. Bem absorvida por administração oral e é minimamente biotransformada no fígado
2.4. Está associada à anemia hemolítica induzida por fármacos em pctes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase
3. Quimioterapia contra Malária
3.1. A malária é uma doença infecciosa aguda causada por quatro espécies de protozoários do gênero Plasmodium
3.2. Primaquina
3.2.1. antimalárico de uso oral que erradica primariamente as formas exoeritrocíticas (tecidos) de plasmó- dios e as formas exoeritrocíticas secundárias de malárias recorrentes (P. vivax e P. ovale)
3.2.2. Mecanismo de ação:
3.2.2.1. atuam como oxidantes responsáveis pela ação esquizonticida, bem como pela hemólise e pela metemoglobinemia verificadas como toxicidade.
3.2.3. Farmacocinética:
3.2.3.1. absorvida após administração oral e não se concentra nos tecidos. Ela é rapidamente oxidada a vários compostos
3.2.3.2. biotransformada no figado
3.2.4. Efeitos adversos:
3.2.4.1. anemia hemolítica
3.2.4.2. desconforto abdominal
3.2.4.3. metemoglobinemia ocasional
3.3. Cloroquina
3.3.1. uma 4-aminoquinolina sintética que tem sido a base do tratamento antimalárico e é o fármaco de escolha no tratamento da ma- lária eritrocítica por P. falciparum, exceto nas cepas resistentes
3.3.2. Mecanismo de ação:
3.3.2.1. atravessa as membranas do eritrócito e dos plasmódios, a cloroquina (uma base diprótica fraca) se concentra no vacúolo alimentar ácido do parasita, primariamente por sequestro iônico. No vacúolo alimentar, o parasita digere a hemoglobina celular do hospedeiro para obter os aminoácidos essenciais
3.3.3. Farmacocinética:
3.3.3.1. rápida e completamente absorvida após administração ora
3.3.3.2. concentra nos eritrócitos, no fígado, no baço, nos rins, nos pulmões, nos tecidos que contêm melanina e nos leucócitos.
3.3.3.3. penetra o sistema nervoso central (SNC) e atravessa a placenta
3.3.3.4. O fármaco e seus metabólitos são excretados de modo predominante na urina
3.3.4. Efeitos adversos:
3.3.4.1. Distúrbios GI
3.3.4.2. Urticária
3.3.4.3. Cefaleia
3.3.5. Visão borrada
3.4. Atovaquona + proguanil
3.4.1. inibe processos mitocondriais, como o transporte de elétrons, bem como a biossíntese de pirimidina e trifosfato de adenosina (ATP)
3.4.2. eficaz contra cepas de P. falciparum resistentes à cloroquina e é usada na prevenção e no tratamento da malária
3.4.3. Efeitos adversos coumns incluem náuseas, êmese, dor abdominal, cefaleia, diarreia, anorexia e tonturas
3.5. Mefloquina
3.5.1. ́ um fármaco único, eficaz para profilaxia e tratamento de infecções causadas por formas multirresistentes de P. falciparum
3.5.2. bem absorvida após administração oral e amplamente distribuída aos tecidos. Tem meia-vida longa (20 dias), devido à circulação êntero-hepática e à sua concentração em vários tecidos
3.5.3. biotransformação extensa e é excretado primariamente via bile com as fezes.
3.5.4. efeitos adversos em dosagens elevadas variam de náuseas, êmese e tonturas a desorientação, alucinações e depressão
3.6. Quinina
3.6.1. originalmente isolada da casca da planta cinchona, interfere na polimerização do heme, resultando em morte da forma eritrocitária do plasmódio.
3.6.2. infestações graves e cepas de malária resistentes à cloroquina.
3.6.3. via oral, a quinina é bem distribuída pelo organismo
3.7. Artemisinina
3.7.1. derivada da planta absinto doce (sweet wormwood), usa- da na tradicional medicina chinesa por vários séculos
3.7.2. recomendados para o tratamento de malária por P. falciparum multirresistente
3.7.3. Estão disponíveis preparações para uso oral, retal e intravenoso (IV), mas a meia-vida curta exclui o seu uso na profilaxia. Os efeitos adversos incluem náuseas, êmese e diarreia
3.8. Pirimetamina
3.8.1. atua como esquizonticida no sangue e forte esporonticida quando o mosquito a ingere com o sangue do hospe- deiro humano
4. Quinina
4.1. Interfere na polimerização do heme, resultando em morte da forma eritrocitária do plasmódio
4.2. Usada em infestações graves e cepas de malária resistentes à cloroquina
4.3. Normalmente é associada à doxiciclina, tetraciclina ou clindamicina
4.4. O principal efeito adverso é o cinchonismo: síndrome que causa náuseas, êmese, zumbidos e vertigem
4.5. O tratamento deve ser suspenso se ocorrer anemiahemolítica
4.6. principal efeito adverso da quinina é o cinchonismo, uma síndrome que causa náuseas, êmese, zumbidos e vertigens
5. Artemisina
5.1. Fármaco de primeira escolha para o tratamento da malária
5.2. A fim de evitar a resistência, esse fármaco não deve ser usado isoladamente
5.3. Dosagem elevada podem causar prolongamento do intervalo QT
6. Pirimetamina
6.1. Inibe a di-hidrofolato redutase doplasmódio, necessária para a síntese do tetra-hidrofolato
6.2. Atua como esquizonticida no sangue e forte esporonticida quando o mosquito a ingere com o sangue do hospedeiro
6.3. Em associação com sulfadiazina também é usada contra Toxoplasma gondii.
6.4. Caso ocorra anemia megaloblástica, ela pode ser revertida com ácido folínico
7. Alunas: Fernanda Cunha, Heloísa Matos, Láisa Renata e Juliana Xavier
8. Quimioterapia contra Leishmaniose
8.1. Três tipos de Leishmaniose: cutanea, mucocutânea e visceral
8.2. Transmitida aos humanos pela picada de moscas infectadas
8.3. Tratamentos
8.3.1. Estibogliconato de sódio
8.3.1.1. Administração via parenteral. Efeitos adversos: dor local da injeção, pancreatite, aumento das enzimas hepáticas, artralgias, mialgias, disturbios GI e arritmias cardíacas.
8.3.2. Miltefosina
8.3.2.1. Primeiro fármaco ativo contra leishmaniose. Interfere com fosfolipideos na membrana celular do parasita. Efeitos adversos: nauseas e vomitos
9. Fase aguda e assintomáticos
10. -metabolismo semelhante ao do homem
11. Amebicidas
11.1. Mistos
11.1.1. Luminais e Sistêmicas
11.1.2. Metronidazol (Giardia lamblia, Trichomonas vaginalis, Cocos e Bacilos gram negativos anaeróbicos. Colite pseudomenbranosa por bacilo gram positivo Clostridium difficile.
11.1.2.1. TINIDAZOL: similar ao Metronidazol, é um nitroimidazol de 2 geração. Tão eficaz quando e com duração de tratamento mais curto, porém mais caro. Não consumir álcool junto.
11.1.2.1.1. Trata amebíase, abscesso hepático, giardíase e tricomoníase
11.1.3. Formam compostos que se ligam à proteínas e DNA e matam trofozoítos da E.histolytica
11.1.4. Boa distribuição em tecidos e líquidos do organismo
11.1.4.1. Absorção/Administração oral
11.1.4.1.1. EFEITOS COLATERAIS: Nauseas, êmese, azia e cólicas, gosto metálico, monilíase oral. neurotoxicidade é raro. Reação se consumido com bebida alcoólica.
11.1.5. Biotransformação hepática - oxidades e glicuronização
11.1.5.1. RESISTÊNCIA: não é problema
11.1.5.2. relatos de tricomonas resistentes ao fármaco
11.1.6. Junto com fenobarbital = meior velocidade de biotransformação; Junto com cimetidina = maior meia-vida plasmática. Podem se acumular na doença hepática grave
11.1.7. Excreção pela urina
11.2. Luminais
11.2.1. Lúmen intestinal
11.2.1.1. Iodo-quinol, furoato de diloxanida e paromomicina. Eliminação de estados de colonização assintomáticos.
11.2.1.1.1. IODOQUINOL: efeitos adversos são urticária, diarréia e neuropatia. Evitar uso prolongado.
11.2.1.1.2. PAROMOMICINA: antimicrobiano único eficaz contra formas intestinais pois não é absorvido no TGI. Amebicida direto que reduz a ameba da flora intestinal. Alternativa contra a criptosporidiose e a giardíase.
11.2.1.1.3. EFEITO COLATERAL (PAROMOMICINA: desconforto gastrintestinal e diarreia.
11.3. Sistêmicos
11.3.1. Hepáticos e intestinais
11.3.1.1. Cloroquina
11.3.1.1.1. Elimina os trofozoítos no abscesso hepático, mas não é útil no tratamento da amebíase luminal.
11.3.1.2. Desidroemetina
11.3.1.2.1. Inibe a síntese proteica bloqueando o alongamento da cadeia. Injeção intramuscular (IM) é a via preferida, pois, quando pode ser irritante usado por via oral
11.3.1.3. A cloroquina e desidroemetina são amebicinas sistêmicos usados no tratamento de abcessos hepáticos e infecções da parede intestinal causadas por amebas
12. -Medicamentos que causam muitos efeitos colaterias
12.1. -doenças de difícil tratamento
12.1.1. Evitar uso em gestantes
12.1.1.1. -sem área geográfica específica
12.1.2. PROTOZOÁRIOS
12.1.2.1. Eucariotos/Unicelulares
13. Quimioterapia contra Amebíase
13.1. AMEBÍASE
13.1.1. Entamoeba histolytica nas fezes
14. Desidroemetina
14.1. Fármaco alternativo para tratamento de amebíase, pois inibe a síntese proteica impedindo o alongamento da cadeia. O seu uso é limitado devido à toxicidade
15. Atovaquona + proguanil
15.1. Essa associação é eficaz contra cepas de P. falciparum resistentes à cloroquina
15.2. Usada na prevenção e tratamento da malária
15.3. A atovaquona inibe processos mitocondriais como o transporte de elétrons
15.4. O metabólito ativo do proguanil inibe a di-hidrofolato redutase do plasmódio
15.5. Essa associação deve ser ingerida com alimento ou leite para aumentar a absorção
16. Mefloquina
16.1. Eficaz para profilaxia e tratamento de infecções causadas por formas multirresistentes de P. falciparum
16.2. Absorvida após administração oral e distribuída para os tecidos
16.3. Devido aos efeitos neuropsiquiátricos, esse fármaco é usado para tratamento da malária apenas quando os outros não podem ser usados
17. QUIMIOTERAPIA CONTRA TRIPANOSSOMÍASE
17.1. PENTAMIDINA
17.1.1. Ativa contra uma variedade de infecções por protozoários
17.1.2. Alternativa para a profilaxia ou tratamento de infecções causadas por Pneumocystis jirovecii
17.1.3. MECANISMO DE AÇÃO
17.1.3.1. Há evidências de que esse fármaco interfira na síntese de RNA, DNA, fosfolipídeos e proteínas do parasita
17.1.4. FARMACOCINÉTICA
17.1.4.1. Administrada por via IM ou IV para o tratamento de tripanossomíase e de pneumonia causada por P. jirovecii
17.1.4.2. Se distribui e se concentra no fígado, nos rins, suprarrenal, baço e nos pulmões
17.1.4.3. Não é biotransformado e é secretado lentamente pela urina
17.1.5. EFEITOS ADVERSOS
17.1.5.1. Disfunção renal (que pode ser revertida), hiperpotassemia, hipotensão, pancreatite, diabetes e hipo ou hiperglicemia
17.2. SURAMINA
17.2.1. É um fármaco muito reativo e inibe várias enzimas, principalmente as que estão envolvidas no metabolismo energético
17.2.2. Deve ser injetada por via IV
17.2.3. Por se ligar às proteínas plasmáticas, não atravessa bem a barreira hematencefálica
17.2.4. Reações adversas, embora sejam pouco frequentes, são náuseas, êmese, choque, perda de consciência, urticária aguda, blefarite e problemas neurológicos
17.3. Melarsoprol
17.3.1. É um composto arsenical trivalente usado para o tratamento da infecção tripanossomal africana no 2 estagio. Farmaco de escolha no tratamento de T. brucei rhodesiense que invade o SNC.
17.3.2. Reage a sufidrilas de varias substancias
17.3.3. Deve ser injetado via IV lenta
17.3.4. Uso limitado, devido ações tóxcias ao SNC. Pode ocorrer encefalopatia reativa, neuropatia periferica, hipertensao e albuminuria, anemia hemolitica, febre, hipersensibilidade.
17.4. Eflornitina
17.4.1. Inibidor irreversivel da ornitina-descarboxilase. Interrompe a produção de poliaminas no parasita.
17.4.2. Tratamento de 1linha contra Tripanossomiase africana em 2 estagio causada por T. brucei gambiense.
17.4.3. Associada a anemia, convusoes e surdez temporaria
17.5. Nifurtimox
17.5.1. Tratamento de infecção por T. cruzi (doença de chagas) e 2 estagio de T. brucei gambiense em combinação com eflortinina
17.5.2. Sofre redução e gera radicais de oxigenio intracelulares, que são toxicos ao T. cruzi
17.5.3. Efeitos adversos: hipersensibilidade e problemas TGI, neuropatia periferica, cefaleia e tontura
17.6. Benznidazol
17.6.1. Derivado do nitroimidazol
17.6.2. Alternativa para doença de chagas
17.6.3. Efeitos adversos: dermatite, neuropatia periférica, insônia e anorexia
18. Quimioterapia contra Toxoplasmose
18.1. Uma das infecções mais comum. Adquirida por meio do consumo de carne infectada crua ou mal passada
18.2. Tratamento
18.2.1. Sulfadiazina com pirimetamina
19. Quimioterapia contra Giardíase
19.1. Parasita intestinal
19.2. Contaminação por ingestao de agua contaminada
19.3. Tratamento
19.3.1. Metronidazol por 5 dias, via oral
19.3.2. Tinidazol, via oral,dose simples
19.3.3. Nitazoxanida por 3 dias , via oral