AS MUTAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO (ERA DA MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL) ANTUNES e ALVES Mestranda: And...

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AS MUTAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO (ERA DA MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL) ANTUNES e ALVES Mestranda: Andréa Moura by Mind Map: AS MUTAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO (ERA DA MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL) ANTUNES e ALVES Mestranda: Andréa Moura

1. A nova forma de ser do trabalho

1.1. concepção ampliada de trabalho, Sua totalidade dos assalariados, homens e mulheres que vivem da venda da sua força de trabalho

1.1.1. ela incorpora:

1.1.1.1. proletariado industrial, os trabalhadores produtivos, trabalhadores improdutivos, o proletariado rural, proletariado precarizado, o proletariado moderno, fabril e de serviços, part-time e a totalidade dos trabalhadores desempregados

2. A dimensão ontológica do envolvimento do trabalho

2.1. conceito de subsunção, indica e caracteriza a relação entre o trabalho e o capital. Expressa que a força de trabalho vem a ser, ela mesma, incluída e como que transformada em capital: o trabalho constitui o capital.

2.1.1. Constitui-o negativamente, pois é nele integra dono ato de venda da força de trabalho, pelo qual o capital adquire, com essa força, o uso dela; uso que constitui o próprio processo capitalista de produção.

3. Formas do envolvimento operário no fordismo/taylorismo

3.1. No taylorismo e no fordismo, a “integralização” da subsunção da subjetividade operária à lógica do capital, a “racionalização total”, ainda era meramente formal (linha de montagem, as operações produtivas reduziam-se ao “aspecto físico maquinal)

3.2. O toyotismo restringe o nexo da hegemonia do capital à produção, recompondo, a partir daí a articulação entre consentimento operário e controle do trabalho (centralidade estratégica de seus protocolos organizacionais e institucionais).

4. O toyotismo como uma nova forma do envolvimento operário

4.1. ocorre uma racionalização do trabalho que, por se instaurar sob o capitalismo manipulatório, constitui-se, em seus nexos essenciais, por meio da inserção engajada do trabalho assalariado na produção do capital (o que Coriat denominou de “engajamento estimulado”).

4.2. operação de captura da subjetividade operária, colocado pelo modo de produção capitalista. Ela é intrínseca à própria subsunção do trabalho ao capital.

4.3. Sob o toyotismo, a alienação (ou estranhamento/Entfremdung) do trabalho encontra-se, em sua essência, preservada. Reduz a separação entre a elaboração e a execução, pela redução dos níveis hierárquicos no interior das empresas

5. As mutações no mundo do trabalho: heterogeneidade, fragmentação e complexificação

5.1. classe trabalhadora atual

5.1.1. totalidade dos assalariados, homens e mulheres – classe-que-vive-do-trabalho

6. Tendências:

6.1. Binômio taylorismo/fordismo

6.1.1. redução do proletariado industrial, fabril, manual, estável e especializado. Redução do proletariado herdeiro da fase taylorista/fordista.

6.1.2. Deu lugar a formas mais desregulamentadas de trabalho

6.1.3. desenvolvimento da lean production e das formas de horizontalização do capital produtivo, bem como das modalidades de flexibilização

6.2. Terceirizados, subcontratados, part-time, entre tantas outras formas assemelhadas

6.2.1. caracteriza pelo aumento do novo proletariado fabril e de serviços, em escala mundial, presente nas diversas modalidades de trabalho precarizado.

6.2.2. Sua expansão atinge também os trabalhadores remanescentes da era da especialização taylorista/fordista, cujas atividades vêm desaparecendo cada vez mais.

6.2.3. Atinge os países subordinados de industrialização intermediária, como Brasil, México, Argentina, entre tantos outros da América Latina que passaram a presenciar significativos processos de desindustrialização (expansão do trabalho precarizado, parcial, temporário, terceirizado).

6.3. mundo do trabalho contemporâneo

6.3.1. trata-se do aumento significativo do trabalho feminino ( imigrantes, negros (as), indígenas etc.)

6.3.2. um movimento inverso quando se trata da temática salarial, níveis de remuneração das mulheres são em média inferiores àqueles recebidos pelos trabalhadores

6.3.3. crescente exclusão dos jovens e idosos (trabalhadores herdeiros da “cultura fordista”, fortemente especializados, que são substituídos pelo trabalhador“ polivalente e multifuncional” da era toyotista).

6.3.4. trabalhadores herdeiros da “cultura fordista”, fortemente especializados, que são substituídos pelo trabalhador“ polivalente e multifuncional” da era toyotista.

6.4. “Terceiro Setor”

6.4.1. Forma alternativa de ocupação, por intermédio de empresas de perfil mais comunitários, formas de trabalho voluntário, caráter assistencial, sem fins diretamente mercantis ou lucrativos.

6.4.1.1. incorporam trabalhadores (as) que foram expulsos do mercado de trabalho formal e passam a desenvolver atividades não-lucrativas, reintegrando-os, (seu traço positivo).

6.4.1.1.1. atividades são funcionais ao sistema, mas incapazes de absorver os desempregados e precarizado.

6.5. expansão do trabalho em domicílio

6.5.1. Desconcentração do processo produtivo, expansão de pequenas e médias unidades produtivas, expansão das formas de flexibilização e precarização do trabalho

6.5.1.1. telemática (ou teleinformática)

6.5.1.1.1. possibilita enorme expansão e a aceleração das atividades das transnacionais.

6.6. capitalismo mundanizado

6.6.1. Transnacionalização do capital e de seu sistema produtivo

6.6.1.1. tanto do espaço quanto do tempo de produção, inserirem-se cada vez mais no mercado mundial, como a indústria automotiva.

7. Dimensões da alienação/estranhamento e do fetichismo capitalista

7.1. No polo da classe trabalhadora, as formas de fetichismo têm uma concretude particularizada, mais complexificada (mais “humanizada” uma análise sobre as formas de envolvimento operário na fábrica toyotista.

7.2. A alienação/estranhamento é ainda mais intensa nos estratos precarizado da força humana de trabalho, que vivenciam as condições mais desprovidas de direitos e em condições de instabilidade cotidiana, dada pelo trabalho part-time, temporário e precarizado

7.3. Expandem-se, desse modo, as formas de alienação dos que se encontram à margem o processo de trabalho: separação absoluta do trabalho, a alienação assume a forma de perda de sua própria unidade: trabalho e lazer, meios e fins, vida pública e vida privada, entre outras formas de disjunção dos elementos de unidade presentes na sociedade do trabalho.

8. O impacto das novas formas de alienação/estranhamento na subjetividade da classe trabalhadora

8.1. Nessa fase de mundialização do capital, caracterizada pelo desemprego estrutural, pela redução e precarização das condições de trabalho, evidencia-se a existência de uma materialidade adversa aos trabalhadores, um solo social que constrange ainda mais o afloramento de uma subjetividade para si