DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E OS ANTIPROTOZOÁRIOS

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DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E OS ANTIPROTOZOÁRIOS by Mind Map: DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E OS ANTIPROTOZOÁRIOS

1. TRIPANOSSOMÍASE

1.1. Agente: espécies de Trypanosoma

1.1.1. Africana (doença do sono): Trypanossoma brucei (gambiense e rhodesiense)

1.1.2. América do Sul e Central(Doença de Chagas): Trypanossoma cruzi

1.2. Tratamento

1.2.1. Pentamidina

1.2.1.1. Ativa contra uma variedade de infecções por protozoários. Usada no tratamento do estágio hemolinfático sem envolvimento do SNC. Administrada por via IM ou IV.

1.2.1.2. Evidências de que interfira na sintese de RNA, DNA, fosfolipídeos e proteinas do parasita.

1.2.1.3. Pode causar disfunção renal grave, hipertpotassemia, hipotensão, pancreatite, diabetes, hipo e hiperglicemia.

1.2.2. Suramina

1.2.2.1. Usada no 1º estagio (sem envolvimento do SNC).

1.2.2.2. Inibe varias enzimas do metabolismo energético. Administrada por via IV, excretada inalterada na urina

1.2.2.3. Pode causar náuseas , êmese, choque, perda de consciência, urticaria, blefarite e problemas neurológicos e insuficiência renal.

1.2.3. Melarsoprol

1.2.3.1. Usado no segundo estágio da infecção pelo tripanossoma africano. Injetado por via IV lenta. É excretado pela urina

1.2.3.2. Uso limitado por sua neurotoxicidade. Pode ocorrer encefalopatia reativa e anemia hemolítica.

1.2.4. Eflornitina

1.2.4.1. Cessa a divisão celular no parasita

1.2.4.2. Tratamento de escolha para tripanossomíase africana por T. gambiense em segundo estágio (envolvimento do SNC)

1.2.4.3. Associada a anemia, convulsões e surdez temporária.

1.2.5. Nifurtimox

1.2.5.1. Usado no tratamento da Doença de Chagas e útil no segundo estágio do T gambiense em combinação com eflornitina.

1.2.5.2. Produz radicais reativos toxicos ao T. cruzi

1.2.5.3. Produz reações de hipersensibilidade e problemas no TGI, neuropatia periférica, cefaleia e tontura.

1.2.6. Benznidazol

1.2.6.1. Similar ao Nifurtimox e mais bem tolerado e é uma alternativo ao tratamento da doença de Chagas.

2. LEISHMANIOSE

2.1. Cutânea

2.2. Mucocutânea

2.3. Visceral

2.4. Tratamento

2.4.1. Estibogliconato de sódio

2.4.1.1. Mecanismo indeterminado. Uso via parenteral, excretado pela urina. Efeitos Adversos incluem dor no local da injeção, pancreatite. artralgias, mialgias, arritmias cardíacas e aumento das enzimas hepaticas.

2.4.2. Miltefosina

2.4.2.1. Fármaco ativo por via oral usado para leishmaniose visceral , mas com útil também em formas cutâneas e Mucocutâneas;

2.4.2.2. Induz apoptse ao interferir nos fosfolipídeos da membrana do parasita

2.4.2.3. É teratogênico. pode causar náuseas e êmese.

3. TOXOPLAMOSE

3.1. Agente: T.gondii (consumo de infectada crua ou mal passada. Gestante transmite ao feto. Gatos transmitem oocistos infectantes

3.2. Tratamento

3.2.1. De Escolha: Sulfadiazina + pirimetamina

3.2.2. Ácido folínico para proeger deficiência de folato

3.2.3. Alternativo: Pirimatamina + Clindamicina ou Sulfametoxazol + timetoprima

3.3. Profilaxia em imunocomprometidos:

3.3.1. Sulfametoxazol +trimetoprima

4. Alunos: Daniela Messac, Felipe Andrei, Karla Rezende, Willian Melo Junior

5. Tinidazol

5.1. Nitroimidazol de segunda geraçao

5.1.1. Mesma eficácia do metronidazol

5.1.2. Duração de tratamento mais curta

6. AMEBÍASE

6.1. Disenteria causada pela Entamoeba histolytica, com graus variáveis de manifestação.

6.2. Diagnóstico pelo isolamento do agente nas fezes

6.3. Tratamento recomendado mesmo para casos assintomáticos

6.4. Tratamento

6.4.1. Amebicidas

6.4.1.1. Luminais

6.4.1.1.1. Iodoquinol

6.4.1.1.2. Paromomicina

6.4.1.2. Sistêmicos

6.4.1.2.1. Cloroquina

6.4.1.2.2. Desidroemetina

6.4.1.3. Mistos

6.4.1.3.1. Metronidazol

7. MALÁRIA

7.1. Agente: espécies do gênero Plasmodium

7.1.1. falciparum forma mais grave

7.1.2. vixax forma mais branda

7.1.3. malariae comum nas regiões tropicias

7.1.4. ovale é raro.

7.2. Transmitida: fêmea do gênero Anopheles

7.3. Tratamento

7.3.1. Primaquina

7.3.1.1. Uso oral, erradica formas exoeritocíticas. não é eficaz contra o estágio eritrocítico. Mec. de ação pouco compreendido; sabe-se que metabólitos oxidantes produzem ação esquizonticida.

7.3.1.2. Efeitos adversos: Associada a anemia hemolítica em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase. Não deve ser usada durante gestação.

7.3.2. Cloroquina

7.3.2.1. Fármaco de escolha na malária eritrocítica por P. falciparum.

7.3.2.2. Mec. de ação: se concentra no vacúolo alimentar do parasita e impede a polimerização dos compostos tóxicos (heme solúvel) levando a lesões nas membranas e lise do parasita.

7.3.2.3. Efeitos mínimos em dosagens profiláticas. Em doses aumentadas causa desconforto do TGI, prurido, cefaleia e visão turva. Recomenda-se exame oftalmológico de rotina. Cloroquina pode aumentar o intervalo QT

7.3.3. Atovaquona + proguanil

7.3.3.1. Eficaz contra cepas de Falciarum resistentes a Cloroquina

7.3.3.2. Inibe processos mitocondriais, inibe síntese de DNA

7.3.3.3. Uso com leite ou alimentos para melhorar a absorção

7.3.3.4. Efeitos Adversos: náuseas, êmese, dor abdominal, cefaleia, diarreia, anorexia e tonturas.

7.3.4. Mefloquina

7.3.4.1. Eficaz na profilaxia de formas multiresistentes de P falciparum

7.3.4.2. Bem absorvida via oral e excretado via bile nas fezes.

7.3.4.3. Não é droga de primeira escolha: Potencial de reações neuropsiquiátricas, anormalidades eletroccardiográficas e parada cardíaca.

7.3.5. Quinina

7.3.5.1. Causa morte da forma eritrocitária. Reservada para infecções graves e resistentes a cloroquina.

7.3.5.2. Administrada via oral, uso concomitante com doxiclina, tetraciclina ou clidamicina

7.3.5.3. Suspender uso no caso de anemia hemolítica

7.3.6. Artemisinina

7.3.6.1. São de primeira escolha para formas multirresistentes mas não devem ser usados isoladamente.

7.3.6.2. Disponíveis para uso via oral, retal e intravenoso.

7.3.6.3. Causam náuseas, êmese, diarreia e podem prolongar o intervalo QT.

7.3.7. Pirimetamina

7.3.7.1. Atua como esquizonticida no sangue e esporonticida quando o mosquito ingere no sangue do hospedeiro.

8. GIARDÍASE

8.1. Agente: Giardia lamblia

8.1.1. Ciclos

8.1.1.1. Trofozoito binucleado com 4 flagelos

8.1.1.2. Cisto tetranucleado resistente a fármacos

8.1.2. Transmissão: ingestão de agua contaminada

8.2. Tratamento:

8.2.1. De escolha: Metronidazol via oral, 5 dias

8.2.2. Alternativo: Tinidazol via oral, dose simples; Nitazoxanida via oral, 3dias

8.2.3. Albendazol (anti-helmíntico) também é eficaz e Paromomicina é utilizado em gestante.