1. Características
1.1. bastonetes gram +
1.2. normalmente organizado em cadeias
1.3. endósporo central ou subterminal
1.4. aeróbio facultativo
1.5. são móveis - tem flagelo peritríquios (partem de todo corpo da bactéria)
1.6. produtor de toxinas
2. Histórico
2.1. 1887
2.1.1. 1ª descrição dessa bactéria. Isolada de material de estábulo.
2.2. 1906
2.2.1. 300 pacientes hospitalizados com gastrenterite após consumir almôndegas contaminadas. O microrganismo isolado desse material foi chamado de “Bacillus peptonificans” (B. cereus).
2.3. 1926 - 1929
2.3.1. 2 surtos de bacilo aeróbio a partir de CREME DE BAUNILHA E CARNE
2.4. 1936 - 1943
2.4.1. Bacillus spp. em ESTOCOLMO 117 de 367 casos de intoxicação alimentar
2.5. 1946 - 1952
2.5.1. TAXONOMIA MODERNA DE Bacillus spp. 1950 Estabelecimento
2.6. 1950 -1955
2.6.1. Descoberta Síndrome Diarréica
2.7. 1960
2.7.1. Foi considerado AGENTE ETIOLÓGICO DE INFECÇÕES INTESTINAIS E EXTRAINTESTINAIS
2.8. 1970 - 1972
2.8.1. Descoberta Síndrome Emética
3. Manifestações Clinicas
3.1. várias partes do corpo causando várias lesões:
3.1.1. gastroenterite
3.1.2. abscesso cerebral
3.1.3. meningite
3.1.4. endoftalmite
3.1.5. vômito
3.1.6. bacteremia fulminante
3.1.7. infecção do trato respiratório
3.1.8. endocardite
3.1.9. hepatite
3.1.10. infecções semelhantes a grangrena gasosa
3.1.11. gastroenterite
4. Reservatório ambiental e rota de transmissão
4.1. Vários Animais e o solo
5. Propriedades
5.1. anaeróbio facultativo
5.2. limite de pH de crescimento entre 4.9 a 9.3
5.3. faixa de aw 0.93 a 0.95
5.4. limite de T 10°C a 48°C
5.5. T ótima de crescimento 28°C a 35°C
5.6. T mínima para germinação do esporo 8°C a 30°C
5.7. tempo de geração em meio de laboratório a 30°C é de 18 a 27 minutos
5.8. tempo de geração em arroz fervido que seja mantido em 30 minutos é de 26 a 31 minutos
6. Esporos de Bacillus cereus
6.1. Esporução Importante fator associado às DTAs - forma de resistência do micro organismo
6.2. Sem atividade metabólica detectável
6.2.1. é somente uma a estrutura de resistência
6.3. Resistência a (o):
6.3.1. calor
6.3.2. dessecação
6.3.3. escassez de nutrientes
6.3.3.1. devido não ter metabolismo detectável
6.3.4. compostos químicos
6.3.5. luz ultravioleta
6.3.6. radiação
7. Principais alimentos associados
7.1. alimentos secos
7.2. alimentos processados como saladas, sorvetes, cremes
7.3. arroz cozido e purês de batatas
7.4. produtos cárneos
7.5. leite cru, pasteurizado, desnatado ou desidratados
8. Intoxicação
8.1. Como ocorre? Temos : esporos de Bacillus cereus por exemplo no solo, onde ele pode produzir enterotoxinas e esse alimento é ingerido, temos então a contaminação da mucosa intestinal do hospedeiro iniciando multiplicação e produzir toxinas.
8.2. Ingestão de alimentos contaminados com o microrganismo e/ou com as enterotoxinas que foram produzidas durante o seu crescimento.
8.3. São de curta duração
8.4. Na maioria das vezes pouco severas
8.5. Mas também podem ter casos severos resultando em óbito
8.6. Alimento contaminado - armazenamento inadequado - multiplicação - toxina emética reaquecimento inadequado - toxina emética.
9. Fatores de virulência
9.1. Proteases
9.2. Beta-lactamases
9.2.1. resistência ATB de classe beta-lactâmicos
9.3. Fosfolipases
9.3.1. Fosfatidilinusitol hidrolase, fosfatidilcolina hidrolase e esfingomielinase hemolítica → destruição de epitélios resultando em mais perda de eletrólitos e lesão local
9.3.2. ação coletiva das enzimas, degradação de lipídeos e ptns, estabelecendo a infecção
9.4. Hemolisinas
9.4.1. Hemolisina I, II e III – papel e infecções
9.5. Toxinas
9.5.1. Toxina emética:
9.5.1.1. Produzida na fase estacionária
9.5.1.2. Resistente a 121°C / 90 min
9.5.1.3. Resistente à tripsina e pepsina
9.5.1.4. Produção: ótima em arroz e leite a 25 - 32° C
9.5.1.5. Ação: Estimula o nervo vago e induz o vômito
9.5.2. Toxina diarreica:
9.5.2.1. Produzida na fase log
9.5.2.2. Período de incubação: 10-12 horas
9.5.2.3. Toxina termolábil (55ºC, 20 min)
9.5.2.4. Ácido-lábil
10. Prevenção e controle
10.1. tratamento sintomático
10.2. Aquecer os alimentos a temperaturas suficientes para que sejam destruídas as formas vegetativas;
10.3. Manter os alimentos a temperaturas superiores a 65°C depois de preparados e até que sejam servidos;
10.4. Promover o arrefecimento rápido dos alimentos que vão ser armazenados a temperaturas de refrigeração, para que não ocorra germinação de esporos.
11. Problemas no diagnóstico:
11.1. A manifestação clínica dos pacientes (diarréia aquosa profusa ou vômitos) pode ser confundida com outras toxinfecções:
11.1.1. Clostridium perfringens
11.1.1.1. (síndrome diarréica)
11.1.2. Staphylococcus
11.1.2.1. (síndrome emética)
11.2. Diferencial para identificar da forma correta o paciente.
11.3. Infecções não gastrintestinais causadas por B. cereus
11.3.1. Grupos de risco: • imunodrepimidos • pacientes com câncer • viciados em drogas • pacientes que fazem hemodiálise e cirurgias
11.3.2. • Infecções disseminadas: • bacteremia • pneumonia • endocardite • infecções oculares • infecções cutâneas
12. Exemplos de Surtos
12.1. 2012 - RS - recheios de esfihas de rede de fast food e suspende venda de lote
12.1.1. Após análise pelo LACEN encontrados: Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Bacillus cereus.