SENESCÊNCIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

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SENESCÊNCIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR by Mind Map: SENESCÊNCIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

1. VÊNULAS E VEIAS

1.1. Veias

1.1.1. O calibre das veias é maior e a sua parede é mais fina que a das artérias correspondentes

1.2. Vênulas

1.2.1. As vênulas situam-se em região pós-capilar e possuem diâmetro maior e parede bem definida em relação aos capilares

1.3. Em indivíduos com idade superior a 60 anos

1.3.1. Pode-se notar redução do diâmetro e da velocidade do fluxo sanguíneo durante o repouso em veia femoral e redução de 45% na complacência venosa

1.4. Indivíduos idosos apresentam redução do limite de reserva de capacitância disponível em resposta ao estresse circulatório, por exemplo, a hipovolemia

1.5. Na estrutura da parede venosa, observa-se espessamento causado por fibrose subintimal e redução da quantidade de fibras elásticas que também atinge as válvulas

2. VASOS LINFÁTICOS

2.1. Ocorrem mudanças na estrutura da parede dos vasos linfáticos, entre elas a diminuição da quantidade de fibras musculares lisas

2.2. Reduzem-se a força e a frequência das contrações espontâneas, diminuindo a capacidade de drenagem linfática

2.2.1. Essa alteração pode prejudicar o controle do volume líquido dos tecidos, favorecendo o aparecimento de edema e, também, reduzindo a resposta imune

3. ALTERAÇÕES ANATÔMICAS DO CORAÇÃO

3.1. Durante o processo de envelhecimento normal do coração, ocorre uma progressiva diminuição no número de miócitos

3.1.1. Para compensar essa perda em número, há aumento do comprimento e do diâmetro dos miócitos, tornando a parede miocárdica hipertrófica

3.1.1.1. O aumento da espessura da parede reduz a cavidade ventricular, diminuindo a capacidade diastólica e o volume sistólico

3.1.1.1.1. Essas alterações se relacionam com a disfunção diastólica e a redução da reserva funcional sistólica durante o exercício

3.2. A senescência também promove o aumento do tecido fibroso no coração

3.2.1. Com a redução numérica das células musculares cardíacas, o aumento de volume e comprimento das células restantes vem acompanhado do aumento da matriz extracelular para manter a estrutura cardíaca

3.2.1.1. Forma-se uma rede de fibras colágenas por todo o coração, mais acentuado no septo e na parede livre. As fibras colágenas, principalmente do tipo I, aumentam em número e espessura

3.3. Nota-se a calcificação do tecido cardíaco durante o processo de senescência cardíaca, localizada principalmente no anel valvar e no septo

3.3.1. A deposição de cálcio também ocorre de modo intenso nas valvas cardíacas, sendo as valvas aórtica e mitral as mais atingidas

3.4. Podem ocorrer deformidades anatômicas como estenose ou insuficiência das valvas (disfunção no fechamento), porém, em geral, de grau leve e sem repercussão clínica na maioria dos casos

3.5. Uma característica do envelhecimento é o depósito de substância amiloide na matriz extracelular de vários órgãos, sobretudo coração e grandes vasos

3.5.1. O amiloide é observado ao microscópio como uma substância amorfa de coloração eosinofílica composta por proteínas fibrilares e glicosaminoglicanos

3.5.1.1. Embora possam causar arritmias e insuficiência cardíaca (IC), são essencialmente assintomáticos e estão diretamente relacionados com a idade

4. SENESCÊNCIA

4.1. A senescência altera os mecanismos fisiológicos compensatórios do indivíduo e reduz sua capacidade de manutenção da homeostase

4.2. Em indivíduos idosos, um estresse agudo pode desencadear ou descompensar uma doença cardiovascular e comprometer a funcionalidade desse sistema

4.3. As alterações do sistema cardiovascular na senescência também facilitam o surgimento de doenças

4.3.1. Destacando-se a aterosclerose, que é a principal causa de infarto do miocárdio, angina e acidente vascular encefálico (AVE)

5. GRANDES ARTÉRIAS

5.1. As alterações vasculares da senescência são mais evidentes na artéria aorta

5.1.1. O diâmetro e o comprimento da aorta aumentam com o envelhecimento

5.1.1.1. Comparando-se a raiz da aorta de um indivíduo de 30 anos com a de um indivíduo de 70 anos, o diâmetro aumenta até 20%

5.2. A senescência também induz redução gradual das fibras de elastina e aumento relativo do colágeno

5.3. CAMADA ÍNTIMA

5.3.1. Ocorre aumento do colágeno e de células musculares lisas

5.3.2. Pode-se observar calcificação nas grandes artérias

5.3.2.1. A quantidade de cálcio na aorta aumenta de 0,2% na infância para 5 a 8% por volta dos 50 anos

5.3.3. As células endoteliais crescem e se tornam irregulares em tamanho, forma e contorno

5.4. CAMADA MÉDIA

5.4.1. Torna-se mais espessa pelo aumento da matriz e dos elementos celulares

5.4.2. Cerca de 60% dos indivíduos idosos podem apresentar:

5.4.2.1. Fragmentação das fibras elásticas

5.4.2.2. Aumento da substância fundamental

5.4.2.3. E posteriormente, progressivo aumento do colágeno

5.5. As alterações da composição da parede da aorta induzem ao seu enrijecimento e à redução de sua capacidade de distensibilidade

5.5.1. O aumento da intensidade dessas alterações está associado ao surgimento de aterosclerose

5.5.2. O enrijecimento e o alargamento da aorta na senescência têm implicações funcionais

5.5.2.1. Tendo em vista que a carga do coração é atribuída a duas propriedades vasculares:

5.5.2.1.1. RESISTÊNCIA

5.5.2.1.2. IMPEDÂNCIA

5.5.2.2. O enrijecimento da aorta aumenta a pressão sistólica

5.5.2.3. O alargamento da aorta aumenta o volume sanguíneo de modo substancial

5.5.2.3.1. O que pode elevar o trabalho cardíaco e agir como um estímulo para a hipertrofia cardíaca com o avançar da idade

6. ARTERÍOLAS E CAPILARES

6.1. Arteríolas

6.1.1. São pouco modificadas estruturalmente

6.1.2. Mesmo na presença de alterações, como alargamento e enrijecimento das arteríolas, não há descrição de correlação entre senescência e redução de distensibilidade de arteríolas

6.2. Capilares

6.2.1. Pode-se observar um aumento do depósito de colágeno na membrana basal dos capilares

6.2.2. O número e a densidade dos capilares parecem diminuir com a senescência em muitos órgãos

6.3. Muitas das alterações em arteríolas e capilares estão relacionadas a alterações da resistência vascular periférica, que, por sua vez, afetam a pressão sanguínea diastólica

6.3.1. Sendo mais evidente em mulheres idosas que em homens de mesma faixa etária

6.3.1.1. Em homens idosos saudáveis, observa-se redução progressiva do fluxo sanguíneo basal e condutância vascular de membros inferiores