INTOXICAÇÃO POR AINES EM CÃES E GATOS

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INTOXICAÇÃO POR AINES EM CÃES E GATOS by Mind Map: INTOXICAÇÃO POR AINES EM CÃES E GATOS

1. Acontece por ter fácil disponibilidade, aumentando casos de overdose consequentemente.

1.1. Dados de intoxicação APCC e APCA por diferentes AINES: 55.084 (cães) e 4.227 (gatos)

1.1.1. A overdose é causada pela rápida absorção do fármaco após administração por via oral

1.1.1.1. Absorção principalmente no intestino delgado e mínima no estômago

1.1.1.2. New node

1.1.1.2.1. Dependendo da droga, a meia-vida pode agravar o quadro: diclofenaco sódico (1h-1h30-curta) piroxicam (25h-50h-longa)

1.1.1.3. Concentração plasmática: 2h-4h após administração

2. Mecanismo de ação dos sacilatos, ácidos carboxílicos, ácidos enólicos e inibidores seletivos de COX-2: Inibem a enzima COX que está presente em vários sistemas, como por exemplo, o digestório (sistema com maior risco de intoxicação por AINES).

2.1. A enzima LOX também auxilia na síntese de prostaglandinas, mas a maioria dos AINES são incapazes de afetar diretamente essa enzima.

2.2. COX: produz mediadores da inflamação que produzem consequentemente prostaglandinas

2.2.1. INIBIR A COX-1: efeito adverso da medicação e pode causar ulcerações e lesões renais

2.2.2. INIBIR A COX-2: Efeito desejado do fármaco, diminui as reações inflamatórias.

2.2.2.1. O inibidor de COX-2 é a medicação que reduz os riscos de intoxicação por ser seletivo

3. AÇÃO DAS PROSTAGLANDINAS:

3.1. Doenças do Sistema Renal associadas a AINES

3.1.1. Durante um período de diminuição da perfusão renal por AINES, por exemplo, PGE2 e PGI2 causam dilatação arteriolar aferente

3.1.1.1. Pode resultar em lesão isquêmica dos rins, que pode progredir para insuficiência renal

3.1.1.1.1. A nefropatia induzida por AINES é caracterizada por necrose papilar e nefrite intersticial

3.2. Doenças do TGI associadas a AINES

3.2.1. A maioria dos AINEs é levemente ácida e pode se concentrar na mucosa gástrica através de um processo conhecido como aprisionamento de íons e isso pode levar a lesão celular direta.

3.2.1.1. A diminuição da produção de prostaglandina pelos AINES pode resultar em diminuição da qualidade da mucina e do teor de bicarbonato da mucosa do TGI, além de reduzir o fluxo sanguíneo dentro da mucosa e aumentar os níveis de radicais livres na circulação.

3.2.1.1.1. Essas alterações pelos AINES causam lesões na mucosa gástrica

4. O tratamento da super dosagem de AINES em cães e gatos consiste em descontaminação agressiva, tratamento suporte, proteção do TGI e monitoramento das funções renais e das enzimas hepáticas

4.1. A êmese deve ser induzida com peróxido de hidrogênio a 3% ou apomorfina em cães e em gatos com xilazina ou dexmedetomina

4.1.1. A lavagem gástrica (carvão ativado (1–3g/kg VO) deve ser considerada em animais nos quais a êmese não pode ser induzida devido à presença de sinais neurológicos como coma, ataxia ou convulsões. Como muitos AINES são conhecidos por sofrer recirculação entero-hepática fazer doses múltiplas (2-6 doses) de carvão ativado a cada 6 a 8 horas

4.1.1.1. Os pacientes que recebem carvão ativado precisam ser observado quanto a sinais de hipernatremia (por exemplo, ataxia, tremores ou convulsões)

4.2. A irritação es lesões ulceradas podem ser tratadas com protetores gástricos como: bloqueadores (cimetidina, famotidina e ranitidina) ou inibidores da bomba de prótons (omeprazol, esomeprazol e pantoprazol) ou usar o sucralfato.

4.2.1. O vômito pode ser controlado com antieméticos como maropitant (1 mg/kg por via subcutânea) ou metoclopramida (0,2-0,5 mg/kg por via intramuscular ou subcutânea). Antibióticos de amplo espectro e reparo cirúrgico podem ser necessários para úlceras perfuradas e peritonite associada.

4.3. O uso de dopamina (2,5 mg/kg/min) pode aumentar a perfusão renal e minimizar o grau de insuficiência renal

4.3.1. New node

4.4. Usar bicarbonato de sódio (1–3 mEq/kg) na intoxicação por sacilatos pois aumenta a excreção do composto original e seus metabólitos na urina alcalina.

4.4.1. New node

4.4.2. New node

4.5. SAMe (S-adenosilmetionina) pode ser útil para pacientes que apresentam sinais de aumento das enzimas hepáticas

4.5.1. New node

4.5.2. New node

4.6. Controle as convulsões com diazepam ou barbitúricos, conforme necessário. Doses repetidas (2 a 3 doses em 5 a 10 minutos). A naloxona (0,01 a 0,02 mg/kg por via intravenosa) pode ser usada em cães em coma ou gravemente deprimidos, como aqueles que receberam grandes doses de ibuprofeno (> 400 mg/kg ).

4.6.1. New node

5. AINES responsáveis pela maioria dos casos notificados de intoxicação: Ibuprofeno (21.518), Carprofeno (14.441) e Ácido Acetilsalicílico (7.844).

5.1. IBUPROFENO

5.1.1. Propriedades anti-inflamatórias, antipiréticas e analgésicas

5.1.1.1. O ibuprofeno é comumente usado para tratar artrite reumatóide aguda e crônica e osteoartrite, bem como dores de cabeça e febre e vários distúrbios articulares, musculoesqueléticos e ginecológicos

5.1.1.1.1. Hemorragias e úlceras gastrointestinais, além de danos renais são os efeitos tóxicos mais comumente relatados da Ingestão de ibuprofeno em cães. A depressão do sistema nervoso central, como hipotensão, ataxia, efeitos cardíacos e convulsões podem ser observados na dose superior a 400 mg/kg, acima de 600mg/kg já é considerado letal.

5.2. CARPROFENO

5.2.1. propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas em cães

5.2.1.1. Em 1 estudo, cães administrados 2,2 mg/kg duas vezes ao dia não apresentaram reações adversas clinicamente significativas. Mesmo em níveis terapêuticos, alguns cães exibiram uma toxicose hepatocelular.

5.3. ASPIRINA

5.3.1. A toxicose por aspirina é geralmente caracterizada por depressão, febre, taquipnéia, convulsões, alcalose respiratória, acidose metabólica, coma, irritação ou ulceração gástrica, necrose ou aumento do tempo de sangramento podem acontecer também.

5.3.1.1. Em 1 estudo, cães administrados 2,2 mg/kg duas vezes ao dia não apresentaram reações adversas clinicamente significativas. Mesmo em níveis terapêuticos, alguns cães exibiram uma toxicose hepatocelular.

5.4. NAPROXENO

5.4.1. Vários casos de toxicidade do naproxeno foram descritos em cães. Em um relato de caso foi administrado a um cão na dose de 11,11 mg/kg por via oral por 3 dias e resultou em melena, vômitos frequentes e dor abdominal. Radiografias de abdome revelaram espessamento generalizado da parede gástrica.

5.5. DERACOXIB

5.5.1. Existem poucos dados disponíveis sobre a toxicidade aguda desta droga. Um estudo de 14 dias em cães não demonstrou efeitos adversos clinicamente observáveis nos cães que receberam 10 mg/kg. Cães que receberam 25, 50 ou 100 mg/kg/d por 10 a 11 dias sobreviveram, mas apresentaram vômito e melena e não foram demonstradas lesões hepáticas ou renais nesses cães

5.6. MELOXICAM

5.6.1. O meloxicam é usado principalmente para tratamento da osteoartrite em cães, no entanto, o uso injetável de dose única também é aprovado para uso em gatos para controlar a dor pós-operatória e a inflamação associada com cirurgia ortopédica, ovariohisterectomia quando administrado durante a mesma

5.7. DICLOFENACO SÓDICO

5.7.1. A alimentação diminui a taxa de absorção dos comprimidos de diclofenaco, resultando em atraso e diminuição do pico concentrações plasmáticas. Acúmulo significativo de diclofenaco durante a dosagem repetida NÃO OCORRE e existem poucos dados disponíveis sobre a toxicidade aguda desta droga

5.8. ROBENACOXIBE

5.8.1. Aprovado para uso em cães e gatos para controlar a dor e a inflamação pós-operatórias. A eliminação em cães e gatos é principalmente pela via biliar e existem poucos dados disponíveis sobre a toxicidade aguda desta droga.