
1. Quarta-feira O príncipe (temporário) deste mundo
1.1. No conflito cósmico, Satanás e seus aliados recebem temporariamente poder de atuação significativo, que é limitado por alguns tipos de regras de engajamento.
1.2. Essas regras limitam não apenas as ações dos inimigos (o diabo e seus aliados), mas também a ação de Deus para eliminar ou reduzir o mal que (temporariamente) está sob jurisdição do inimigo. O Senhor não quebrará Suas promessas, pois Ele está em harmonia com as regras de engajamento, o que concede algum domínio limitado e temporário a Satanás. Por isso, Ele limita moralmente o Seu próprio curso de ação no futuro (sem, com isso, diminuir Seu poder e autoridade).
1.3. 4. Leia João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Coríntios 4:4; Lucas 4:6. O que esses textos ensinam sobre o governo do inimigo neste mundo?
1.3.1. • João 12:31 (NVI)
1.3.1.1. ³¹Chegou a hora de ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.
1.3.2. • João 14:30 (NVI)
1.3.2.1. ³⁰Já não falarei muito a vocês, pois o príncipe deste mundo está vindo. Ele não tem nenhum poder sobre mim.
1.3.3. • João 16:11 (NVI)
1.3.3.1. ¹¹E quanto ao julgamento, porque o príncipe deste mundo já está condenado.
1.3.4. • 2 Coríntios 4:4 (NVI)
1.3.4.1. ⁴O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 1
1.3.5. • Lucas 4:6 (NVI)
1.3.5.1. ⁶E disse-lhe o diabo: "Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero".
1.3.6. Ensinam que realmente o inimigo de Deus tem um poder considerável em nosso mundo, e que esse poder foi concedido por Deus dentro das regras do Grande Conflito. Aprendemos também que o inimigo de Deus será destruido em breve e que seu governo será desmascarado definitivamente e para todo sempre como maligno.
1.4. O NT apresenta um confronto entre o reino da luz e o reino das trevas, sendo as trevas provenientes de Satanás e de sua rebelião. Parte da missão de Cristo era derrotar o reino de Satanás (1Jo 3:8).
1.4.1. • 1 João 3:8 (NVI)
1.4.2. ⁸Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo. 1
1.5. No entanto, existem “regras” que limitam o que Deus pode fazer ao agir em harmonia com os princípios que fundamentam Seu governo. Esses limites incluem, por exemplo: (1) conceder livre-arbítrio às criaturas e (2) agir segundo as regras de engajamento pactuais, sobre as quais não temos pleno conhecimento, pelo menos por enquanto. Esses impedimentos e limitações à ação divina têm consequências significativas para a capacidade moral de Deus de reduzir e/ou eliminar imediatamente o mal neste mundo. Assim, o mal e o sofrimento continuam a existir, o que pode, de fato, levar muitas pessoas a questionar a existência de Deus ou a Sua bondade. No entanto, quando compreendemos o pano de fundo do grande conflito e os limites que o Senhor colocou sobre como Ele lidará com o mal, conseguimos, até certo ponto, entender melhor o porquê disso – pelo menos até o triunfo final de Deus sobre o mal.
1.6. Jesus chamou Satanás de “príncipe” deste mundo. Como esse fato nos ajuda a compreender, pelo menos um pouco, por que o mal ainda existe no mundo? É reconfortante perceber que se trata, na verdade, apenas de um domínio temporário!
2. Quinta-feira Limites e regras
2.1. O conflito cósmico é, acima de tudo, uma disputa a respeito do caráter de Deus, gerada pelas acusações do diabo contra o Seu governo, Sua bondade e Sua justiça. É uma espécie de processo judicial da aliança que envolve o Universo inteiro.
2.2. Tal conflito não pode ser resolvido simplesmente pelo poder, mas exige que cada lado demonstre suas afirmações.
2.3. Quando são apresentadas alegações graves contra alguém que está no poder, a melhor (e talvez a única) maneira de responder a essas acusações é permitir que seja feita uma investigação independente, imparcial e aberta. No caso de Deus, se as acusações ameaçam Seu governo (que está fundamentado no amor), elas não podem simplesmente ser varridas para debaixo do tapete.
2.4. O que tudo isso nos diz sobre o conflito cósmico e a relação dele com o problema do mal? Se Deus fizesse uma promessa, será que Ele a quebraria? Claro que não. Mas, como o Senhor age em harmonia com as regras de engajamento, Sua ação futura seria limitada em termos morais. Por isso, o domínio temporário do reino das trevas ocasiona o mal que existe atualmente em nosso mundo.
2.5. 5. Leia Marcos 6:5; 9:29. Até mesmo a ação divina pode estar totalmente relacionada com fatores como fé e oração?
2.5.1. • Marcos 6:5 (NVI)
2.5.1.1. ⁵Não pôde realizar ali nenhum milagre, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los.
2.5.2. • Marcos 9:29 (NVI)
2.5.2.1. ²⁹Respondeu-lhes Jesus: "Essa espécie só sai mediante oração".
2.6. Em ambas as histórias, parecem estar em vigor alguns limites ou regras de engajamento, relacionados com elementos como fé e oração. Na Bíblia, há evidências de que a oração faz diferença no mundo, dando espaço para as ações divinas, que, de outra forma, poderiam não estar disponíveis em termos morais. No entanto, não devemos cometer o erro de pensar que a oração e fé são os únicos fatores presentes. Provavelmente existem outros fatores dos quais nem sempre temos conhecimento. Isso se encaixa no que estudamos anteriormente sobre as regras de engajamento.
2.7. Leia Romanos 8:18 e Apocalipse 21:3, 4. Ainda que não saibamos de muitas coisas, com base nesses textos, você confia que Deus sabe o que é melhor, deseja o que é melhor e, no fim, acabará com o mal e inaugurará a eternidade de alegria?
2.7.1. • Romanos 8:18 (NVI)
2.7.1.1. ¹⁸Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.
2.7.2. • Apocalipse 21:3, 4 (NVI)
2.7.2.1. ³Ouvindo uma forte voz que vinha do trono e dizia: "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio 1 Deus estará com eles e será o seu Deus. 2 ⁴Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já 3 passou".
3. Sexta-feira Estudo Adicional
3.1. Leia, de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 1, p. 307-312 (“O poder de Satanás”).
3.2. “O homem caído é um legítimo prisioneiro de Satanás. [...] Unicamente Deus é capaz de limitar o poder do maligno. Este anda de um lado para outro, para cima e para baixo na Terra. Não está desatento nem por um instante, temendo perder uma oportunidade de destruir pessoas. Importante é que o povo de Deus compreenda isso, a fim de escapar de seus ardis. Satanás está preparando seus enganos, para que, na última campanha contra o povo de Deus, eles não percebam que é ele. [...] Enquanto algumas pessoas iludidas advogam a ideia de que ele não existe, ele as está levando cativas e atuando grandemente por meio delas. Melhor que o povo de Deus, Satanás sabe o poder que esse povo pode ter sobre ele, quando fazem de Cristo a sua força. Quando roga humildemente ao poderoso Vencedor que o auxilie, o mais fraco dos crentes na verdade, repousando firmemente em Cristo, pode com êxito repelir a Satanás e todo o seu exército. Ele é astuto demais para apresentar-se aberta e ousadamente com suas tentações, pois então as entorpecidas energias do cristão seriam despertadas, e ele haveria de apoiar-se no forte e poderoso Libertador. Aproxima-se, porém, sorrateiramente, e atua de maneira disfarçada por meio dos filhos da desobediência que professam piedade” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 307).
3.3. Perguntas para consideração
3.3.1. 1. O que significa ser um “legítimo prisioneiro de Satanás”? Ele pode fazer tudo o que quiser com as pessoas? Se não, por quê? Isso se relaciona com o que chamamos de “regras de engajamento” dentro do conflito cósmico?
3.3.2. 2. Por que Deus concederia a Satanás algum poder de atuação no conflito cósmico, mesmo que apenas temporariamente? Como Ele responde às acusações do inimigo?
3.3.3. 3. Como você responderia aos que negam a existência de Satanás? Mesmo que não possamos provar a existência dele, que evidências podemos mostrar às pessoas?
4. Sábado
4.1. Em 1 Reis 18:19-40, encontramos uma narrativa impressionante que revela a natureza do conflito cósmico. Na experiência de Elias no monte Carmelo, o Senhor expôs os chamados “deuses” das nações. No entanto, os bastidores dessa história mostram que eles eram muito mais do que meras invenções da imaginação pagã. Por trás dos “deuses” que as nações pensavam que adoravam havia algo bem mais profundo.
4.1.1. • 1 Reis 18:19-40 (NVI):
4.1.1.1. ¹⁹ “Agora convoque todo o povo de Israel para encontrar-se comigo no monte Carmelo. E traga os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Aserá, que comem à mesa de Jezabel.” ²⁰ Acabe convocou todos os israelitas e reuniu os profetas no monte Carmelo. ²¹ Então Elias se aproximou de todo o povo e disse: “Até quando vocês vão oscilar entre duas opiniões? Se o Senhor é Deus, sigam-no; mas, se Baal é Deus, sigam-no”. O povo, porém, não disse uma só palavra. ²² Então Elias disse ao povo: “Eu sou o único profeta do Senhor que resta, mas os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens. ²³ Tragam dois touros para nós. Eles que escolham um para si, cortem-no em pedaços e o coloquem sobre a lenha, mas não acendam fogo. Eu prepararei o outro touro e o colocarei sobre a lenha, mas não acenderei fogo. ²⁴ Então vocês clamem ao nome do seu deus, e eu clamarei ao nome do Senhor. O deus que responder com fogo, esse é Deus”. E todo o povo respondeu: “Ótima ideia!” ²⁵ Então Elias disse aos profetas de Baal: “Escolham um dos touros e preparem-no primeiro, já que vocês são a maioria. E clamem ao nome do seu deus, mas não acendam fogo”. ²⁶ Eles pegaram o touro que lhes foi dado e o prepararam. Então clamaram ao nome de Baal desde a manhã até o meio-dia. “Ó Baal, responde-nos!”, gritavam. Mas não houve nenhum som; ninguém respondeu. E eles dançavam ao redor do altar que haviam feito. ²⁷ Ao meio-dia Elias começou a zombar deles. “Gritem mais alto!”, dizia. “Com certeza ele é um deus! Talvez esteja pensando, ou ocupado, ou viajando. Quiçá esteja dormindo e precise ser despertado.” ²⁸ Então eles gritaram mais alto e, conforme o seu costume, feriram-se com espadas e lanças, até o sangue escorrer. ²⁹ Passou o meio-dia, e eles continuaram em seu frenesi até a hora de oferecer o sacrifício da tarde. Mas não houve nenhum som; ninguém respondeu, nenhuma atenção foi dada. ³⁰ Então Elias disse a todo o povo: “Aproximem-se de mim”. E todo o povo se aproximou dele. Ele reparou o altar do Senhor, que havia sido demolido. ³¹ Elias pegou doze pedras, conforme o número das tribos dos descendentes de Jacó, a quem o Senhor tinha dito: “O seu nome será Israel”. ³² Com as pedras construiu um altar em nome do Senhor e cavou ao redor do altar uma valeta com capacidade para cerca de treze litros e meio de semente. ³³ Arrumou a lenha, cortou o touro em pedaços e o colocou sobre a lenha. ³⁴ Então disse: “Encham quatro jarros de água e derramem-na sobre o holocausto e sobre a lenha”. E assim o fizeram. “Façam-no de novo”, disse ele, e eles o fizeram de novo. “Façam-no pela terceira vez”, ordenou, e eles o fizeram pela terceira vez. ³⁵ A água escorria ao redor do altar e encheu também a valeta. ³⁶ À hora de oferecer o sacrifício da tarde, o profeta Elias aproximou-se e orou: “Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje se saiba que tu és Deus em Israel e que eu sou teu servo e que fiz todas estas coisas por tua ordem. ³⁷ Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus, e que estás fazendo o coração deles voltar para ti”. ³⁸ Então o fogo do Senhor caiu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras e o solo, e também secou a água na valeta. ³⁹ Quando todo o povo viu isso, prostrou-se e exclamou: “O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!” ⁴⁰ Então Elias ordenou-lhes: “Prendam os profetas de Baal. Não deixem escapar nenhum”. E eles os prenderam, e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.
4.2. Moisés disse: “Ofereceram sacrifícios aos demônios, não a Deus; sacrificaram a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, diante dos quais os seus pais não tremeram” (Dt 32:17). Paulo acrescentou: “As coisas que eles sacrificam são sacrificadas a demônios e não a Deus; e eu não quero que vocês estejam em comunhão com os demônios” (1Co 10:20).
4.2.1. • Deuteronômio 32:17 (NVI):
4.2.1.1. ¹⁷ Eles ofereceram sacrifícios aos demônios, que não são Deus, a deuses que não conheciam, a deuses novos, que surgiram há pouco, diante dos quais os seus pais não tremeram.
4.2.2. • 1 Coríntios 10:20 (NVI):
4.2.2.1. ²⁰ Não, mas que as coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus; e não quero que vocês tenham comunhão com os demônios.
4.3. Por trás dos falsos “deuses” das nações, existiam, na verdade, demônios disfarçados. Isso significa, portanto, que todos os textos bíblicos que se referem à idolatria e aos deuses estrangeiros tratam do conflito cósmico.
4.4. Assim, podemos compreender melhor o tema do grande conflito. Além disso, essa verdade tem profundas implicações para entender melhor a natureza desse conflito e como ele lança luz sobre o problema do mal.
5. Domingo Um anjo atrasado
5.1. Os falsos “deuses” das nações eram demônios disfarçados. Textos bíblicos apresentam evidências de que os poderes demoníacos às vezes estão por trás dos poderes terrestres. Mesmo os anjos de Deus podem enfrentar a oposição das forças do inimigo.
5.2. 1. Leia Daniel 10:1-14, com atenção especial aos versículos 12 e 13. O que essa passagem ensina que é mais relevante para o conflito cósmico? Por que o anjo enviado por Deus foi “resistido” durante 21 dias?
5.2.1. • Daniel 10:1-14 (NVI):
5.2.1.1. ¹ No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, Daniel, que tinha o nome de Beltessazar, recebeu uma revelação. A mensagem era verdadeira e falava de uma grande guerra. Ele entendeu a mensagem e teve visão daquilo que se referia. ² Naquela ocasião, eu, Daniel, estava pranteando por três semanas. ³ Não comi nada saboroso; carne e vinho não entraram na minha boca; e não usei nenhuma fragrância, até que se passaram as três semanas. ⁴ No dia vinte e quatro do primeiro mês, eu estava à margem do grande rio, o Tigre. ⁵ Levantei os olhos e olhei, e diante de mim estava um homem vestido de linho, com um cinturão de ouro puro de Ufaz em volta da cintura. ⁶ Seu corpo era como o berilo, seu rosto reluzia como um relâmpago, seus olhos eram como tochas acesas, seus braços e pernas brilhavam como bronze polido, e sua voz era como o som de uma multidão. ⁷ Só eu, Daniel, vi a visão; os homens que estavam comigo não a viram, mas um grande terror caiu sobre eles, e eles fugiram para se esconder. ⁸ Fiquei sozinho, contemplando essa grande visão. Não me restou força alguma; o meu rosto empalideceu, e eu estava sem forças. ⁹ Então ouvi o som das suas palavras. Quando as ouvi, caí prostrado, rosto em terra, num sono profundo. ¹⁰ Uma mão me tocou e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos. ¹¹ Ele me disse: “Daniel, você é muito amado. Entenda as palavras que vou lhe dizer e levante-se, pois agora fui enviado a você”. Quando ele me disse isso, eu me levantei, tremendo. ¹² Então ele me disse: “Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, as suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas. ¹³ Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias. Então Miguel, um dos príncipes supremos, veio para me ajudar, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. ¹⁴ Agora vim explicar a você o que acontecerá ao seu povo nos últimos dias, pois a visão se refere a um tempo futuro.”
5.2.2. 1. A realidade do conflito cósmico
5.2.2.1. Daniel 10:12-13 revela que há uma batalha espiritual ocorrendo nos bastidores da história humana. O anjo enviado por Deus foi resistido por “o príncipe do reino da Pérsia”, uma referência a uma força espiritual maligna que se opunha aos propósitos divinos.
5.2.2.2. Isso mostra que o conflito entre o bem e o mal não se limita ao mundo físico, mas envolve forças espirituais que influenciam reinos e nações.
5.2.3. 2. A resistência ao anjo:
5.2.3.1. O anjo foi resistido por 21 dias porque forças espirituais malignas, lideradas por “o príncipe do reino da Pérsia”, se opuseram à sua missão. Isso destaca a intensidade da batalha espiritual e a oposição que os mensageiros de Deus enfrentam.
5.2.3.2. A intervenção de Miguel, “um dos príncipes supremos”, mostra que Deus mobiliza Seus anjos para garantir a vitória de Seus propósitos.
5.2.4. 3. A importância da oração e da perseverança:
5.2.4.1. Daniel 10:12 enfatiza que as orações de Daniel foram ouvidas desde o primeiro dia, mas a resposta foi atrasada devido ao conflito espiritual. Isso ensina que a oração é uma arma poderosa no conflito cósmico e que devemos perseverar, mesmo quando as respostas parecem demorar.
5.2.5. O que essa passagem ensina que é mais relevante para o conflito cósmico?
5.2.5.1. Essa passagem nos lembra de que o conflito cósmico é real.
5.2.5.2. Deus está no controle e trabalha para cumprir Seus propósitos, mesmo diante da oposição espiritual.
5.3. Como um anjo enviado de Deus foi “resistido” por três semanas? Sendo todo-poderoso, Deus tinha o poder de responder a Daniel imediatamente – isto é, se Ele quisesse. Caso o Senhor exercesse Seu poder para fazer isso, Ele poderia fazer com que um anjo aparecesse a Daniel naquele instante. Contudo, o “príncipe do reino da Pérsia” “resistiu” ao anjo de Deus durante três semanas (Dn 10:13). O que aconteceu?
5.3.1. • Daniel 10:13 (NVI):
5.3.1.1. ¹³ Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias. Então Miguel, um dos príncipes supremos, veio para me ajudar, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.
5.4. “Durante três semanas, Gabriel se empenhou na luta com os poderes das trevas, procurando conter as influências que estavam agindo na mente de Ciro. [...] Tudo o que o Céu podia fazer em favor do povo de Deus foi feito. A vitória foi finalmente ganha. As forças do inimigo foram contidas durante toda a vida de Ciro e de seu filho Cambises” (Ellen G. White, Profetas e Reis [CPB, 2021], p. 332).
5.5. Para que o conflito cósmico possa acontecer, Deus não deve exercer todo o Seu poder. O inimigo precisa receber alguma liberdade e poder autênticos, que não podem ser removidos de maneira arbitrária, mas restringidos por alguns parâmetros conhecidos por ambas as partes (cujos detalhes não nos são revelados). Parece que, dentro do conflito cósmico, existem alguns parâmetros aos quais até os anjos de Deus se submetem e que podemos chamar de “regras de engajamento”.
5.6. Em certo sentido, não é difícil compreender esses limites de atuação, pois o Senhor trabalha apenas por meio do amor, e o amor, e não a imposição, é o fundamento de Seu governo. Deus age unicamente por meio dos princípios que se originam do amor. Esse conceito nos ajuda a entender melhor o grande conflito.
5.7. Você já experimentou as limitações de agir unicamente por meio dos princípios do amor, e não da imposição? Que lições você aprendeu sobre os limites do poder?
6. Segunda-feira O dragão do Apocalipse
6.1. O livro do Apocalipse nos apresenta uma visão mais ampla de como os poderes celestiais atuam no conflito cósmico. O diabo é descrito como o “grande dragão” que se opõe a Deus e seduz “todo o mundo” (Ap 12:9).
6.1.1. • Apocalipse 12:9 (NVI):
6.1.1.1. ⁹ O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançados à terra.
6.2. 2. O que Apocalipse 13:1-8 revela sobre os limites de atuação do inimigo?
6.2.1. • Apocalipse 13:1-8 (NVI):
6.2.1.1. ¹ O dragão estava de pé, à beira-mar. Então vi uma besta que saía do mar. Ela tinha dez chifres e sete cabeças, com dez coroas sobre os chifres, e sobre cada cabeça um nome de blasfêmia. ² A besta que vi era semelhante a um leopardo, mas tinha pés como os de um urso e boca como a de um leão. O dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade. ³ Uma das cabeças da besta parecia ter sofrido um ferimento mortal, mas o ferimento mortal foi curado. O mundo inteiro ficou maravilhado e seguiu a besta. ⁴ Adoraram o dragão porque ele tinha dado autoridade à besta, e também adoraram a besta, dizendo: “Quem é como a besta? Quem pode guerrear contra ela?” ⁵ À besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas, e lhe foi dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses. ⁶ Ela abriu a boca para blasfemar contra Deus, para difamar o seu nome e o seu tabernáculo, os que habitam no céu. ⁷ Foi-lhe dado poder para guerrear contra os santos e vencê-los. E foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. ⁸ Todos os habitantes da terra adorarão a besta, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo.
6.2.2. Autoridade limitada:
6.2.2.1. A besta recebe poder, trono e autoridade do dragão (Satanás), mas essa autoridade é concedida por um período específico: 42 meses (v. 5). Isso mostra que o poder do inimigo não é ilimitado, mas está sob o controle soberano de Deus.
6.2.3. Propósito divino:
6.2.3.1. A besta só pode agir dentro dos limites permitidos por Deus. Mesmo que pareça poderosa e engane muitas pessoas (v. 3-4), ela não pode ultrapassar os propósitos divinos.
6.2.4. Vitória garantida dos santos:
6.2.4.1. Embora a besta tenha permissão para guerrear contra os santos e vencê-los (v. 7), isso não significa uma vitória definitiva. Aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro (v. 8) estão seguros em Cristo e participarão da vitória final.
6.2.5. Engano global, mas não universal:
6.2.5.1. A besta engana “todos os habitantes da terra” (v. 8), mas isso se refere àqueles que não têm seus nomes no livro da vida. Os fiéis a Deus não serão enganados, pois estão protegidos por Ele.
6.2.6. Essa passagem nos ensina que, embora o inimigo pareça poderoso e influente, ele está sob o controle de Deus e só pode agir dentro dos limites estabelecidos por Ele. A vitória final pertence a Cristo e aos Seus seguidores.
6.3. O dragão (Satanás) não apenas trava uma guerra contra o Senhor (Ap 12:7-9) e Seus servos (Ap 12:1-6), mas também é descrito como o líder que está por trás dos reinos terrenos que perseguem o povo de Deus ao longo dos séculos.
6.3.1. • Apocalipse 12:7-9 (NVI):
6.3.1.1. ⁷ Houve então uma guerra nos céus. Miguel e os seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram. ⁸ Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o seu lugar nos céus. ⁹ O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançados à terra.
6.3.2. • Apocalipse 12:1-6 (NVI):
6.3.2.1. ¹ Apareceu no céu um sinal extraordinário: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. ² Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz. ³ Então apareceu no céu outro sinal: um enorme dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e sobre as cabeças sete coroas. ⁴ A sua cauda arrastava consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as sobre a terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse. ⁵ Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro. Mas o seu filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. ⁶ A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar para ser sustentada durante mil duzentos e sessenta dias.
6.4. O dragão “deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Ap 13:2, 5; 17:13, 14). A besta do mar recebeu uma “boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e foi-lhe dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses” (Ap 13:5).
6.4.1. • Apocalipse 13:2, 5 (NVI):
6.4.1.1. ² A besta que vi era semelhante a um leopardo, mas tinha pés como os de um urso e boca como a de um leão. O dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade. ⁵ À besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas, e lhe foi dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses.
6.4.2. • Apocalipse 17:13, 14 (NVI):
6.4.2.1. ¹³ Estes têm um só propósito: entregar o seu poder e autoridade à besta. ¹⁴ Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis.
6.5. Assim, o dragão (Satanás) concede poder e autoridade à primeira besta (que simboliza um poder político-religioso terrestre). Esse poder é exercido para usurpar a adoração que é exclusiva de Deus. A besta profere blasfêmias contra o nome do Senhor. Além disso, trava guerra e chega a vencer os santos de Deus, pelo menos por um período de tempo. Essa autoridade e poder de atuação mundial lhe são dadas pelo dragão, o príncipe usurpador deste mundo.
6.6. No entanto, também existem limites claros para Satanás e seus agentes, incluindo limites de tempo. “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vocês, cheio de fúria, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12).
6.6.1. • Apocalipse 12:12 (NVI)
6.6.1.1. ¹²Portanto, celebrem, ó céus, e vocês, que neles habitam! Mas ai da terra e do mar, pois o Diabo desceu até vocês! Ele está cheio de fúria, pois sabe que lhe resta pouco tempo. 1
6.7. Satanás sabe que “pouco tempo lhe resta”, e os acontecimentos descritos no Apocalipse ocorrem dentro de cronogramas proféticos, que apresentam limites específicos para o domínio das forças do mal (veja Ap 12:14; 13:5).
6.7.1. • Apocalipse 12:14 (NVI)
6.7.1.1. ¹⁴A mulher recebeu as duas asas da grande águia, para que pudesse voar para o lugar que lhe havia sido preparado no deserto, onde seria sustentada por três anos e meio, longe da serpente.
6.7.2. • Apocalipse 13:5 (NVI)
6.7.2.1. ⁵Foi-lhe dado poder para fazer declarações arrogantes e blasfemas, e exercer sua autoridade durante quarenta e dois meses.
6.8. No fim, o Senhor triunfará. Ele “lhes enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:4).
6.8.1. • Apocalipse 21:4 (NVI)
6.8.1.1. ⁴Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já 1 passou.
6.9. Mesmo que seja difícil ver isso agora, no fim o bem triunfará para sempre sobre o mal. Por que é tão importante que nunca nos esqueçamos dessa promessa maravilhosa?
7. Terça-feira O caso de Jó
7.1. No livro de Jó, encontramos alguns vislumbres fascinantes sobre a realidade do grande conflito.
7.2. 3. Que princípios do grande conflito são revelados em Jó 1:1-12; 2:1-7?
7.2.1. • Jó 1:1-12 (NVI)
7.2.1.1. ¹Havia um homem na terra de Uz chamado Jó; era íntegro e justo, temia a Deus e evitava o mal. ²Tinha ele sete filhos e três filhas, ³e possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas, e era o homem mais rico do Oriente. ⁴Seus filhos costumavam reunir-se e fazer banquetes em suas casas, cada um por sua vez, e mandavam convidar suas três irmãs para comerem e beberem com eles. ⁵Terminados os dias de banquetes, Jó mandava chamá-los e realizava a cerimônia de purificação. Oferecia holocaustos de acordo com o número de todos eles, pois pensava: "Talvez os meus filhos tenham pecado e amaldiçoado a Deus em seu coração". Assim fazia Jó continuamente. ⁶Num certo dia os anjos vieram apresentar-se ao Senhor, e Satanás também veio entre eles. ⁷O Senhor disse a Satanás: "De onde você veio?" Satanás respondeu ao Senhor: "De andar perambulando pela terra e de percorrê-la". ⁸Disse então o Senhor a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, íntegro e justo, que teme a Deus e evita o mal". ⁹"Jó teme a Deus por nada?", respondeu Satanás. ¹⁰"Não puseste uma cerca protetora em volta dele, de sua família e de tudo o que ele possui? Tu tens abençoado tudo o que ele faz, de forma que os seus rebanhos transbordam por toda a terra. ¹¹Mas estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e ele certamente te amaldiçoará na tua face". ¹²O Senhor disse a Satanás: "Muito bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele". Então Satanás saiu da presença do Senhor.
7.2.2. • Jó 2:1-7 (NVI)
7.2.2.1. ¹Num outro dia os anjos vieram apresentar-se ao Senhor, e Satanás também veio com eles apresentar-se ao Senhor. ²O Senhor disse a Satanás: "De onde você veio?" Satanás respondeu ao Senhor: "De andar perambulando pela terra e de percorrê-la". ³Disse então o Senhor a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, íntegro e justo, que teme a Deus e evita o mal. Ele se mantém íntegro, apesar de você me ter instigado contra ele para arruiná-lo sem motivo". ⁴"Pele por pele!", respondeu Satanás. "Um homem dará tudo o que tem para salvar a sua própria vida. ⁵Mas estende a tua mão e fere o seu osso e a sua pele, e ele certamente te amaldiçoará na tua face". ⁶O Senhor disse a Satanás: "Muito bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele". ⁷Então Satanás saiu da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis da sola dos pés ao alto da cabeça.
7.2.3. 1. Existem regras que regem as ações dos dois lados dentro do Grande Conflito
7.2.4. 2. Deus limita suas ações dentro a perspectiva do amor
7.3. Jó apresenta várias verdades: (1) Houve um concílio celestial, não apenas um diálogo entre Deus e Satanás, já que outros seres celestiais estão envolvidos.
7.4. (2) Existe alguma disputa, assinalada pelo fato de Deus perguntar se Satanás havia reparado em Jó. Por que reparar em Jó? Essa pergunta faz bastante sentido no contexto de uma disputa mais ampla e que já existia antes.
7.5. (3) Enquanto o Senhor diz que Jó era íntegro, reto e temente a Deus, Satanás afirma que Jó temia a Deus apenas porque Ele o protegia. Essa era uma acusação contra o caráter de Jó e contra o caráter de Deus (veja Ap 12:10; Zc 3).
7.5.1. • Apocalipse 12:10 (NVI)
7.5.1.1. ¹⁰Então ouvi uma forte voz nos céus, que dizia: "Agora veio a salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, pois foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, que os acusa diante de nosso Deus, dia e noite.
7.5.2. • Zacarias 3 (NVI)
7.5.2.1. ¹Então ele me mostrou o sumo sacerdote Josué, que estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à sua direita para acusá-lo. ²O Anjo do Senhor disse a Satanás: "O Senhor o repreenda, Satanás! O Senhor, que escolheu Jerusalém, o repreenda! Este homem não é um tição tirado do fogo?" ³Ora, Josué, vestido de roupas impuras, estava em pé diante do Anjo. ⁴O Anjo disse aos que estavam diante dele: "Tirem as roupas impuras dele". Depois disse a Josué: "Veja, tirei de você o seu pecado, e o vestirei com roupas nobres". ⁵Então eu disse: "Ponham um turbante puro na cabeça dele". Puseram um turbante puro na cabeça dele e o vestiram, enquanto o Anjo do Senhor observava. ⁶O Anjo do Senhor deu esta advertência a Josué: ⁷"Assim diz o Senhor dos Exércitos: 'Se você andar nos meus caminhos e obedecer aos meus mandamentos, você governará a minha casa e cuidará dos meus pátios, e eu lhe darei lugar entre os que estão aqui. ⁸" 'Ouçam, sumo sacerdote Josué e seus companheiros sentados diante de você, vocês que são homens que simbolizam coisas que virão: Trarei o meu servo, o Renovo. ⁹Vejam a pedra que coloquei na frente de Josué! Nela há sete olhos, e eu gravarei nela uma inscrição', declara o Senhor dos Exércitos, 'e num único dia removerei o pecado desta terra. 10" 'Naquele dia', declara o Senhor dos Exércitos, 'cada um de vocês convidará seu vizinho para assentar-se debaixo da sua videira e da sua figueira' ".
7.6. (4) Satanás alegava ser injusto que Deus protegesse Jó com uma “cerca” (Jó 1:10), pois isso tornava impossível que ele provasse suas afirmações. Isso mostra que Satanás tinha limites (regras de engajamento) e que ele queria prejudicar Jó.
7.6.1. • Jó 1:10 (NVI)
7.6.1.1. ¹⁰Não puseste uma cerca protetora em volta dele, de sua família e de tudo o que ele possui? Tu tens abençoado tudo o que ele faz, de forma que os seus rebanhos transbordam por toda a terra.
7.7. Deus respondeu às acusações de Satanás permitindo que o inimigo testasse a sua teoria, mas com limites. Primeiro Deus concedeu a Satanás poder sobre “tudo” o que Jó tinha, mas proibiu que infligisse danos pessoais a ele (Jó 1:12). Depois, Satanás afirmou que Jó só se preocupava consigo mesmo. Deus permitiu que Satanás atingisse Jó pessoalmente, mas ordenou que sua vida fosse poupada (Jó 2:3-6).
7.7.1. • Jó 1:12 (NVI)
7.7.1.1. ¹²O Senhor disse a Satanás: "Muito bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele". Então Satanás saiu da presença do Senhor.
7.7.2. • Jó 2:3-6 (NVI)
7.7.2.1. ³Disse então o Senhor a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, íntegro e justo, que teme a Deus e evita o mal. Ele se mantém íntegro, apesar de você me ter instigado contra ele para arruiná-lo sem motivo". ⁴"Pele por pele!", respondeu Satanás. "Um homem dará tudo o que tem para salvar a sua própria vida. ⁵Mas estende a tua mão e fere o seu osso e a sua pele, e ele certamente te amaldiçoará na tua face". ⁶O Senhor disse a Satanás: "Muito bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele".
7.8. Satanás trouxe calamidades contra a família de Jó, mas o patriarca continuou a bendizer o Senhor (Jó 1:20-22; 2:9, 10), mostrando que as acusações eram falsas.
7.8.1. • Jó 1:20-22 (NVI)
7.8.1.1. ²⁰Então Jó levantou-se, rasgou o seu manto e rapou a cabeça. Depois caiu ao chão em adoração, ²¹e disse: "Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor". ²²Em tudo isso Jó não pecou nem culpou a Deus de ter agido mal.
7.8.2. • Jó 2:9, 10 (NVI)
7.8.2.1. ⁹Sua mulher lhe disse: "Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus e morra!" ¹⁰Ele respondeu: "Você fala como uma insensata. Que? Receberemos de Deus o bem, mas não receberemos o mal?" Em tudo isso Jó não pecou com os lábios.
7.9. A história de Jó ensina várias coisas: (1) Existem regras de engajamento no conflito; (2) Existem parâmetros na corte celestial pelos quais as acusações contra o Senhor são respondidas, sem que Ele viole os princípios do amor, o fundamento do governo de Deus e Sua maneira de dirigir o Universo e as criaturas inteligentes.
7.10. As cenas celestiais descritas no livro de Jó nos oferecem uma visão fascinante da realidade do grande conflito e de como ele se desenrola aqui na Terra.
8. Lição 10 Regras de Engajamento
8.1. Verso para Memorizar
8.1.1. “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto Se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1Jo 3:8).